Diferença entre reabilitar e requalificar

Por Adnelson Tadeu | 07/02/2025 | Engenharia

INTRODUÇÃO

 

A elaboração deste relatório tem como objetivo, concessão do meu contributo científico para o desenvolvimento da obra do Senhor Jesus Cristo.

Portanto sou membro em plena comunhão desta belíssima denominação desde o ano de 2009, com o número do cartão: 2195- 4 livro, contribuinte das ofertas mensais nº 102, assim como consta na folha de registo da tesouraria de 2024, da congregação Sede do pastorado do Cassôco.

Tenho formação académica em engenharia civil, pelo Jean Piaget, Benguela; Técnico médio no curso de técnico de obra de construção civil pelo IMIB (Instituto Médio industrial de Benguela); Técnico de patologias em estruturas de Betão, pela ENAP, Brasil, fiscalização em projectos de engenharia, pela ENAP, Brasil e introdução a gestão de projectos, pela ENAP, Brasil.

Faço este preâmbulo apresentactivo, apenas para que os digníssimos leitores tenham a mínima informação do autor deste relatório técnico. Entretanto com o pouco conhecimento adquirido ao longo da minha carreira profissional e como membro da igreja apraz-me conceder o meu contributo, assim como consta no nosso estatuto no disposto artº 35 na linha d) e linha e).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ANÁLISE DO PONTO DE SITUAÇÃO

No passado dia 10 de Abril do ano em curso tomei conhecimento por meio de uma informação descrita pela nossa digníssima secretaria Rosa Capitango, isto no grupo oficial da Igreja na plataforma digital watssap. Entretanto concedida a informação a todos os membros que no dia 13 de abril (sábado) haverá consagração do início das obras de reabilitação da capela, nesta senda após um determinado período de tempo pela mesma plataforma digital, isto é no dia 14 de junho do ano em curso tomei conhecimento, de uma informação descrita pelo nosso digníssimo secretário Sacalucimba Daniel que dizia, no dia 15 (sábado) haverá acto de reinauguração da mesma edificação.

Como estava em missão de serviço em outra localidade da província, após sair da mesma localidade, aproveitei o ensejo para visitar a edificação para observar os trabalhos executados (obras), e notei que efectuamos o contrário do que perspectivamos como empreitada ou seja perspectivamos reabilitar, mas no final requalificamos.

Reabilitar: tecnicamente é dar vida aos elementos arquitectónicos que não têm vida, não alterando e mantendo as suas características físicas e arquitectónicas, entretanto o nosso REGEU (regulamento geral das edificações urbanas) denomina este tipo de obra como obras de conservação.

Requalificar: tecnicamente é alterar o que não tem vida, para este tipo de obra, características físicas e arquitectónicas podem mudar. O nosso REGEU denomina como obras de alteração.

Exemplo:

1.     Executamos o trabalho na cobertura, o nosso edifício a cobertura era revestida com telha cerâmica, mas alteramos para o revestimento da cobertura com chapas de fibrocimento ou losalite.

2.     Executamos o trabalho de revestimento do teto falso, mas o edifício nunca teve teto falso.

Estes são alguns exemplos que não reabilitamos mas requalificamos ou seja alteramos algumas características física e arquitectónicas do edifício.

 

ANÁLISE ARQUITECTÓNICA

Para edifícios antigos deve-se ter muito cuidado quando queremos fazer alguma intervenção técnica, devido o seu valor histórico e o desempenho da sua vida útil ou estrutura. Entretanto não tivemos este cuidado quando tomamos a decisão de intervir tecnicamente na nossa Capela, alteramos algumas características físicas e arquitectónicas, tais como:

·       Revestimento da cobertura com chapa de fibrocimento (antes era telha cerâmica)

·       Revestimento de teto falso, que anteriormente não havia, alterou-se a linguagem arquitectónica.

·       Revestimento do pavimento ou chão com revestimento cerâmico ou mosaico, (que anteriormente foi de cimento queimado vulgo tapioca).

Se assim continuarmos, é uma certeza que estamos a tirar o valor histórico desta edificação, porque na época da sua concepção ou elaboração algumas das características existentes, não existiam. Pois um determinado membro que esteve presente na época da concepção e decidir visitar a edificação em seu estado actual, pode não reconhecer porque as características arquitectónicas anteriores são diferentes das actuais.

Portanto quando alteramos as características arquitectónicas e físicas de um edifício com valor histórico e cultural, é o mesmo que matar a história, pois este não é o procedimento ideal, penso que o objectivo não é apenas viver do moderno mas viver da história.

 

 

 

 

CONCLUSÃO

 

Entretanto como profissional da área concedo a minha sugestão, hoje foi apenas alteração de alguns traços, mas amanhã podemos alterar as características arquitectónicas em um todo, situação que do ponto de vista arquitetónico não será saudável. Para as próximas intervenções devemos ter atenção a estes pressupostos e consultar os irmãos que são profissionais na área, penso que com o conhecimento que cada profissional tem, podemos fazer coisas excelentes e contribuir satisfatoriamente para expansão do evangelho de Cristo, por meio das nossas estruturas ou edificações.

Para as próximas intervenções de arquitectura ou engenharia civil sugiro que a Direção da Igreja entra em contacto com os irmãos que são profissionais excelentes nestas áreas do saber, passo a mencionar alguns:

·       Isidro Capamba (mano Dinho), engenheiro Civil.

·       Gaspar Calungulungo (irmão Sami), Arquitecto.

·       Elma da Conceição, engenheira civil.

·       Emilda Daniel, desenhadora projectista e estudante de arquitectura.

·       Daniel Gamba (irmão Pedrito), arquitecto.

·       Armindo Paulo arquitecto.

Estes são apenas alguns profissionais que conheço e que podem emprestar o seu saber para a efectivação dos procedimentos técnicos indubitáveis (certos), a fim de adquirirmos boas idiossincrasias (características) para as nossas infraestruturas.

Sem outro assunto de momento, reitero sentimentos de elevada estima e consideração, espero ter ajudado com o pouco conhecimento que tenho. Tudo para Cristo e sua Igreja”

 

BENGUELAS AOS 13 DE NOVEMBRO DE 2024

 

O membro em plena comunhão

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Adnelson Mateia Tadeu

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