DIDÁTICA E PRÁTICA DE ENSINO DE HISTÓRIA
Por FRANCISCO CARLOS DE OLIVEIRA | 23/01/2015 | HistóriaRESENHA: DIDATICA E PRATICA DE ENSINO DE HISTÓRIA
Por: Prof. Francisco Carlos
INTRODUÇÃO
Nossa base de pesquisa é o livro Didática e Prática de Ensino de História da Doutora na Área de História Selva Guimarães Fonseca nos capítulos um e seis da parte I e capítulo três da parte II, que tratam sobre políticas públicas que nortearam o ensino de História e Geografia e outras disciplinas afim, no período pós revolução de 1964, da um enfoque amplo a discussão dos currículos que foram implantados com o intuito de firmar a ideologia do então Governo Militar, e principalmente eliminar qualquer forma de questionamento e critica ao regime recém instituído, por meio do controle ideológico e político dos então pensadores da realidade educacional do período. Num segundo momento a discussão assume um cunho social, que mostra a necessidade de uma política educacional voltada para o individuo, privilegiando as ciências sociais em detrimento de um direcionamento voltado a produção e perpetuação de um modelo autoritário de políticas públicas.
Contexto Político
O contexto onde foram idealizadas as propostas pedagógicas do ensino de História e Geografia e disciplinas afins, segundo nos diz Guimarães (2003, p.16) estão diretamente relacionados ao período pós 1964, ou seja, após o Ato Institucional cinco. Neste prisma toda a produção acadêmica assume um viés político, conxtetualizando um período histórico. A constante desta normatização retira do Estado em partes à tutela do ensino, o que abre um leque para a iniciativa privada, principalmente no Ensino Médio e Superior, e com este pensamento só estava reforçando a lógica capitalista implantada no sistema educacional nas décadas de vinte e trinta, capitaneadas pelos EUA no sentido mostrar ao mundo sua hegemonia e supremacia nas Américas, bem como em outras partes do mundo.
Agora, já a produção acadêmica do século XXI, tem uma conotação delineada a preparação para o mercado de trabalho, estruturalmente os objetivos são distintos. Com base na nova pratica doutrinaria do Estado, que prima pelo controle ideológico sobre o principal ator deste processo, o professor o Estado investe na “desqualificação e na requalificação dos profissionais da educação, segundo nos diz Guimarães (2003, p.19). Neste contexto são criados cursos de curta duração para preparação de profissionais dentro das especificações que regime necessitava, sem as ciências sociais e com um cunho em disciplinas como EMC e OSPB e Historia Geral.
Sabemos que em meados dos anos oitenta, a democratização por intermédio de movimentos sociais organizados, que por conseqüência culminaram em eleições diretas. Sistematicamente a redemocratização aponta outro caminho dentro do contexto educacional, todo o questionamento ideológico, cede espaço a um pensamento onde a pessoa precisa assumir seu luar de direito na sociedade, muito embora saibamos que foi um processo lento e gradual. A disposição dos currículos do ensino de historia e geografia e disciplinas afins têm um direcionamento que aponta para projetos contínuos se levarmos em consideração o estudo de uma historia digamos européia, é pratica estudar os fatos relacionados a historia mundial, em detrimento as realidades cotidianas, e isso continuou, mas dentro deste contexto o que se procura e humanizar o currículo, de forma a permitir a discussão em torno de uma realidade cotidiana que pode levar o individuo a obter um senso critico, que possibilitara uma história digamos mais próxima da realidade.
CONCLUSÃO
Pelo que entendemos, todo o sistema idéias, dos temas e conceitos guardam entre si uma relação de proximidade, muito embora parte da proposta seja a utilização de projetos de pesquisa no universo do ensino regular, neste contexto podemos arrazoar que existem sérios entraves que precisam ser trabalhados para que os alunos possam ser atingidos, pois é um fato a forma de pesquisa que esta colocada nas instituições de ensino regular, as pesquisas não tem um cunho acadêmico, na maior parte é copiar a colar da internet, e sabemos que o processo de ensino-aprendizagem exige muito mais que isso, ou seja, a leitura de livros é um instrumento indispensável para composição deste processo.
Para um direcionamento neste sentido o projeto precisa englobar áreas, não somente Historia ou Geografia, mas sistematizar áreas afins que irão dar suporte pedagógico. Posto que passassem este outro entrave, podemos sim trabalhar a questão histórica ou geográfica de um projeto que tem um envolvimento das mais diversas áreas do saber em prol de um objetivo único. Se conseguir no eixo do ensino regular transpor estas barreiras, pode sim conseguir programar um projeto amplo e em longo prazo que irá surtir efeitos benéficos nos anos vindouros dos egressos.
BIBLIOGRAFIA
Fonseca, Selva Guimarães
Didática e prática de ensino de história: Experiências, reflexões e
Aprendizados/Selva Guimarães Fonseca. – Campinas, SP; Papirus,
2003. – (Coleção Magistério: Formação e Trabalho Pedagógico)