Di Cavalcanti
Por Marcelo Cardoso | 04/01/2008 | LiteraturaEmiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, o famoso Pintor conhecido internacionalmente como Di Cavalcanti , nasceu em 1897, no Rio de Janeiro, na casa de José do Patrocínio, que era casado com uma tia sua.
Iniciou as suas atividades profissionais em 1914, fazendo ilustrações para a revista "Fon-Fon" e em 1917 vamos encontrá-lo em São Paulo, na faculdade de Direito do Largo de São Francisco, mas continua fazendo ilustrações e começa a pintar, frequentando o atelier do impressionista George Elpons, época em que também se torna amigo de Mario e de Oswald de Andrade.
Em 1921 casa-se com Maria, filha de um primo-irmão de seu pai e em 1922 idealiza e organiza a Semana de Arte Moderna no Teatro Municipal de São Paulo.
Em 1923 faz a sua primeira viagem para a Europa e permanece em Paris até 1925, onde conhece Picasso, Léger, Matisse, Eric Satie, Jean Cocteau e outros intelectuais franceses.
Retorna ao Brasil em 1926, ano em que ingressa no Partido Comunista e cria os painéis de decoração do Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro.
Os anos 30 encontram um Di Cavalcanti imerso em dúvidas quanto à sua liberdade como homem, como artista e também em relação aos dogmas partidários com que se defrontae é nessa época que dá início às suas participações em exposições nacionais e internacionais, como a Internacional Art Center em Nova Iorque.
Em 1932 funda em São Paulo, com Flávio de Carvalho, Antonio Gomide e Carlos Prado, o Clube dos Artistas Modernos e nesse mesmo ano sofre a sua primeira prisão durante a Revolução Paulista e também se casa com a pintora Noêmia Mourão.
Em 1936 esconde-se na Ilha de Paquetá, numa das casas da conhecida "Vila da Eliziária", entre a Rua Domingos Olímpio e a antiga Praça São Jerônimo ( atual Praça Mestre Altinho) e lá é preso com Noêmia. São dessa época todos os seus quadros sôbre Paquetá.
Após sua libertação, segue para Paris e lá permanece até 1940.
Em 1953 é laureado como o melhor Pintor nacional da Bienal de São Paulo e em 1956 participa da bienal de Veneza e recebe o I Prêmio da Mostra Internacional de Arte Sacra de Trieste.
Em 1960 ganha Sala especial na Bienal Interamericana do México, recebendo Medalha de Ouro.
Em 1971 o Museu de Arte Moderna de São Paulo organiza retrospectiva da sua obra e recebe prêmio da Associação Brasileira de Arte.
Falece no Rio de Janeiro em 26 de outubro de 1976.