Destino
Por Nara Junqueira | 22/06/2008 | PoesiasAcordei pensando que a vida ia começar!
E sorrindo pus meu barquinho na corredeira que buscava o mar.
Velas ao vento lá vou eu! Nasci para lutar.
Abri os braços para encontrar a luz que a manhã anuncia.
Fez-se a noite que me quer consumir!
O fundo do poço escuro me chama. Resisto!
Meu destino é a linha ao longe que desenha sonhos.
Respiro fundo, puxo o ar que me escapa.
Abaixo, salto, me escondo e dou voltas.
Nasci para não ver as pedras que me calejam os pés.
Nasci para esquecer punhais e facas e amores que vivi.
E quando tudo silencia desperta em mim a louca da rua.
Danço canto, giro e bato palmas.
E abro minhas asas sobre a cidade nua de homens e mulheres tristes.
Recolho estrelas no céu que desenhei.