DESTINO: O INFINITO
Por Aida Susete pietzarka | 02/08/2013 | Crônicas
DESTINO: O INFINITO
Amadureci, enfim amadureci.
Incrível essa sensação de constatar que o cordão umbilical que te unia a imaturidade se rompeu.
Enfim, consegui quebrar as algemas invisíveis, que fazemos real, com nossos medos e inseguranças.
Você vai acatando ordens, deixando-se levar pelas outras pessoas e esquece da sua própria identidade. Suas digitais, ficam borradas, não te identificam.
Que liberdade, que segurança você passa a sentir, quando rompe o último elo das correntes que arrastava, quando deixa de lado as bengalas, às quais se agarrou a vida toda.
As ordens nos foram todas dadas, as lições estão todas "na ponta da língua", agora você é o senhor de seus passos, você cria as regras, você está no comando.
E as amarras se desfazem, o barco desliza tranqüilo e você pode gritar, com a força que puder, cantar o canto que quiser, escolher qual a roupa usar e a que hora dormir, qual será a cor de seu cabelo e a marca de seu creme dental.
Você sabe que amadureceu quando a solidão não mais te assusta, quando se torna sua melhor companhia, quando se basta!
Você não precisa mais de algazarras, o silêncio é o teu som favorito.
Tua felicidade não depende de nada externo, tudo que te faz bem, está dentro de ti.
Acordei tarde?
Sim, muito tarde...
Mas acordei.
Rompi o lacre e emergi. A gaiola ficou pequena para mim.
Não dá mais para rastejar, só quero alçar voo,
e não terei mais limite de altura,
O infinito me espera!
Aida