Destinação da Terra

Por SILNEY DE SOUZA | 30/08/2010 | Religião

Diariamente nos deparamos com as notícias mais aterrorizantes. Basta abrir os jornais, ligar a TV, acessar a internet, ouvir o rádio que quase imediatamente nos deparamos com as mais abomináveis barbáries.

É a guerra, devastando povos, destruindo todas as estruturas; é a fome que atinge a bilhões de seres neste planeta, são as injustiças sociais, os crimes, a corrupção, a violência, enfim a falta de paz que afeta todo o planeta.

Poderíamos deprender dessa análise que a raça humana é uma "coisa" deveras triste, caracterizada principalmente pelo erro e pela falta de racionalidade e de amor junto aos semelhantes.

Esta conclusão porém é inexata e limita-se ao pouco conhecimento que a ciência ainda detém sobre a extensão total da raça humana.

Como nos explica a Doutrina Espírita, necessário se faz compreender que apenas uma ínfima parte, uma parcela insignificante da raça humana está de alguma forma ligada ao planeta Terra.

Livros espíritas apontam um número de 40 bilhões de seres ligados a este planeta. Destes, temos apenas 6 bilhões de encarnados, resultando portanto em 34 bilhões de seres na erraticidade (que poderia ser entendido como o espaço em que estamos no Plano Espiritual nos preparando para uma nova encarnação).

Essa população total ligada a esse planeta Terra de tantas provas e expiações corresponde portanto a bem menos do que a população de uma vila de moradores, quando comparada à totalidade de habitantes do correspondente país.

O estágio moral da Terra não tem nada que espante, quando entendemos claramente a natureza dos seres que aqui habitam, bem como a destinação de planeta.

Em outras palavras tiraríamos uma conclusão totalmente equivocada se comparacemos o estágio evolutivo da vila de moradores, se não pudéssemos conhecer o perfil moral e intelectual de todo o país a que pertencem.

Enquanto planeta de provas e expiações a Terra pode ser comparada a uma grande escola em algumas situações e em outras a um enorme hospital. E convenhamos que escolas e hospitais não necessariamente se constituem em locais de "delícias".

É aqui que o Pai Maior vai nos provendo os ensinamentos (nem sempre tão fáceis de serem assimilados) e os remédios (muitas vezes amargos) que vão lenta e gradualmente nos curando das nossas chagas oriundas dos pais de todos os nossos males, quais sejam o orgulho e o egoísmo.

Note-se que da mesma forma que um aluno se habilita a mudar de série quando o aprendizado está consolidado e que o doente recebe alta quando sua doença está curada, o mesmo acontecerá com cada um de nós que fruto do nosso esforço em busca do nosso aprendizado e da nossa evolução intelectual e moral nos habilitaremos a deixar a Terra, obtendo a autorização para habitarmos mundos mais felizes, tão logo estejamos preparados para tal.

Por hora, nos cabe seguir com determinação, lembrando sempre que, por pior que seja a situação que estejamos vivenciando, o Pai Maior não desampara nenhum de seus filhos e mais, com a convicção que Deus é amor infinito e só quer o bem das suas criaturas.

Sigamos com fé!