DESMOTIVAÇÃO LEVA CRIANÇA AO FRACASSO ESCOLAR
Por otemal eva de arruda silva | 27/11/2009 | EducaçãoDESMOTIVAÇÃO LEVA CRIANÇA AO FRACASSO ESCOLAR
Autora: Otemal Eva de Arruda Silva
RESUMO: Este artigo relata que a falta de motivação do aluno a passar de ano e ter uma boa nota, porém ao final do ano letivo aproximadamente sete milhões de estudantes são reprovados na escola, rotulados de incapazes e obrigados a freqüentar novamente a série que acabaram de concluir revendo os mesmos conteúdos inclusive os já assimilados.
Para muitos professores e especialistas da educação a continuidade da postura tradicional, onde o ensino enxerga o conhecimento como algo pronto e acabado e a criança como um armário cheio de gavetas vazias que precisam ser preenchidos. Em conseqüência desta visão, as opções deixadas aos estudantes são pobres e tristes, muitos deles não suportando as pressões ou o cotidiano cinzentos das salas de aula acabam por abandonar a escola. “Da realidade os alunos não abandonam, mas são expulsos pelo sistema escolar”.
PALAVRAS-CHAVE: Dificuldades, Aprendizagem, Realidade, Motivação.
A partir da década de 30 o médico Arthur Ramos atribuiu o fracasso escolar ao desajustes familiares. O aluno com dificuldade de aprender passa a ser taxado de criança problemática e seguindo orientação médica ele deverá educar-se longe de casa, em instituições fechadas em sua maioria mantidas pelo Estado que seguiam o regime fechado e profissionalizante.
As causas do fracasso escolar na década de 60 são atribuídas somente a fatores orgânicos e psicológicos, onde quem tem dificuldades de aprendizagem contínua a ser encaminhado ao médico e ao psicólogo.
A partir da década de 70 estudos realizados por profissionais americanos, constataram que as dificuldades de aprendizagem advêm das péssimas condições de vida da criança. Criou-se a teoria da posição cultural, surgindo à tendência de questionar a responsabilidade da escola perante os meios, métodos e técnicas de alfabetização.
Nas décadas de 80 e 90 com profundos estudos realizados, pesquisas, trabalhos em todo o mundo, concluiu-se que o erro não está na criança, mas na escola e nos professores que despreparado para lidar com a realidade de seus alunos apoiavam-se no sistema educacional, na precariedade do ensino público, para explicar o absurdo aumento na taxa de repetência e evasão escolar.
Estes estudos conduziram a práticas pedagógicas criticas da modernidade e contradizendo as pedagogias tradicionais que reprimem, impõe, constrangem, oprimem muitas vezes da maneira perversa promovem à integração das culturas de crianças das classes dominadas a cultura da elite, produzindo um trabalhador adaptado às necessidades do mercado de trabalho adequando sua personalidade aos padrões culturais e econômicos legitimados.
A educação moderna tende a conduzir as pedagogias progressistas na formação de crianças, homens e mulheres conscientes, livres, critica emancipadas, desalienados, autônomos e tornar o educador radicalmente questionador modesto, cuidadoso com suas práticas pedagógicas e atentas às suas conseqüências culturais e subjetivas.
O ensino globalizado (concepção do inicio do século), respalda a racionalidade da aplicação de uma prática psicopedagógica primeiramente sistematizada por Herbart no principio da concentração unitária descendente das idéias de Rousseau, Comenius, Locke e que Decroly vai buscar em Dewey e Kil Patrick a inspiração para introduzir o método com o Taylorismo e Fordismo que pregam formas de ensinar cumulativas, compartimentadas repetitivas, descontextualizadas, fragmentadas e memorísticas, partindo para uma escola ativa no ensino globalizado e transformador social no espaço global para um mundo racional iluminista, humanizador, livre fraterno e igualitário.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGUINO, JULIO GRAPPA. Erro e Fracasso na Escola Alternativa Teóricas e Práticas – SUMMUS Editorial – 1.996;
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BARBOSA, JOSÉ JUVÊNCIO – Alfabetização e Leitura. Editora Cortez;
CAGLIARI, LUIZ CARLOS – Pensamento e Ação no Magistério – Alfabetização e Lingüística – 1.993;