Desenvolvimento do período clássico da Filosofia Grega.
Por Edjar Dias de Vasconcelos | 16/02/2013 | FilosofiaDesenvolvimento do período clássico da Filosofia Grega.
Os séculos V e IV antes da era cristã a Grécia Antiga sofre uma grande revolução cultural com cunho científico a qual foi definitiva para constituição do pensamento posterior.
Naturalmente que a referida revolução se deve ao desenvolvimento econômico que se deu particularmente a cidade de Atenas.
A primeira grande mudança foi antes de tudo em ao seu sistema político democrático, construindo a democracia o caminho natural para a formulação do pensamento filosófico.
Foi exatamente a referida que possibilitou o surgimento dos sofistas, a formulação da mesma como sistema das contradições, como também do grande filósofo Sócrates.
Os sofistas tinham um ideário político, uma ideologia diferenciada das classes conservadoras, o que foi muito importante para o revigoramento da construção do pensamento e da Filosofia.
Entre eles podemos citar grandes filósofos, Górgias, Leontinos e Abdera, a elaboração de uma reflexão filosófica voltada naturalmente para o desenvolvimento da polis, contrários a uma política de Estado conservadora.
A Filosofia como fundamento da educação, sendo o objetivo principal seria a formação do cidadão pleno, objetivo prepara-lo para atuar politicamente na polis.
Visando o bem estar da sociedade, particularmente da cidade, então o novo momento da Filosofia exigia uma sociedade crítica e essencialmente política.
Na perspectiva dessa ideologia pedagógica, a Filosofia tinha papel preponderante, os jovens eram instrumentalizados na arte da retórica, forma de conhecer e manifestar na demonstração que o pensamento conservador das elites além do contraditório, refere ao pensamento político, defendia interesses políticos próprios e não da polis.
Sócrates em especial começa a pensar e refletir no interior de uma complexidade maior, a respeito do homem e da natureza das coisas particularmente do mundo.
Ele procurava entender sistematicamente a lógica o funcionamento do Universo no caminho diretivo da concepção científica, definitivamente a mentalidade mitológica começar desaparecer da realidade cultural da cidade.
A Filosofia volta a uma reflexão cuja verdade fundamental está essencialmente ligada aos procedimentos morais do ser humano.
Lamentavelmente ele não escreveu nada, tudo que ensinou foi por meio da fala no uso da reflexão filosófica. Podemos conhecer sua epistemologia por meio de relatos deixados por Platão.
Platão foi o seu principal discípulo fazia uma defesa interessante que as ideias no seu conjunto, isso em referência obviamente aos sistemas de pensamentos determinavam o grande núcleo do conhecimento sintético.
São as ideias responsáveis pelo desenvolvimento objetivo do conhecimento intelectual. Qual o grande ideal de um homem culto, ou seja, de um filósofo, compreender a realidade do mundo, separando o mundo das aparências a respeito daquilo que é real.
Outro grande gênio desse momento histórico foi exatamente Aristóteles, que procurou desenvolver os estudos de Platão e Sócrates, superando ambos em diversos aspectos.
Ele foi o principal teórico desse tempo, grande filósofo e cientista, formulou estudos em áreas diversas e complexas, criando as bases para sustentação do pensamento medieval, o que denominaria, Filosofia tomista aristotélica.
O grande feito dele foi Aristóteles quem elaborou a lógica formal dedutiva clássica, como forma de chegar ao conhecimento científico para que qualquer sistematização representasse a verdade.
Então como já foi explicado, algo só poderia ser científico ou real se seu entendimento, não contrariasse os raciocínios explicativos formativos na identificação da identidade. A eliminação dos fundamentos da contradição no entendimento dos fatos.
O que permanece aos nossos dias, a sistematização e os métodos precisam ser elaborados para se chegar objetivamente aos conhecimentos sugeridos, orientados sempre a partir de conceitos gerais e universais para os específicos.
Método dedutivo, diferentemente da nova Ciência método indutivo, a observação e verificação do aspecto particular de um objeto em análise. O que se aplica essencialmente ao método do estudo das Ciências naturais.
Edjar Dias de Vasconcelos.