Desenvolvimento da Psicanálise de Freud.
Por Edjar Dias de Vasconcelos | 08/09/2012 | PsicologiaPsicanálise de Freud.
Quando era criança disse uma vez Freud, a única coisa que desejava saber era o conhecimento filosófico. Posteriormente interessei-me por medicina e por último pela psicanálise.
A sua grande obra a interpretação dos sonhos, ele escreveu vários livros sendo o mais importante, O futuro de uma ilusão.
Sempre muito estudioso tentou desvendar o mecanismo do funcionamento do inconsciente, como mundo censurado, o que era proibido pela moral social do seu tempo. Referiu especificamente a moral ligada à vida sexual.
No desenvolvimento do seu trabalho desenvolveu dois conceitos básicos, para entender o comportamento humano, o mais fundamental deles.
Defendeu a seguinte teoria, algumas experiências da primeira infância, aquilo que é proibido pelo mundo moral vai para o inconsciente. O mundo da censura é controlado pelo ego, o que significa consciência.
Aquilo que fica no inconsciente como proibição, pelo ego, o que é denominado de censura, impossibilita vir ao mundo real. Essas experiências são ligadas a vida sexual da criança, o que está também relacionado com os pais.
O segundo elemento da sua teoria diz a respeito da afirmação empírica que as lembranças recalcadas são futuras causas de rupturas fisiológicas que provocam doenças nervosas, desenvolvendo, com efeito, o mundo de conflito o que pode e o que não pode ser a proibição pela moral.
Freud define a psicanálise como procedimentos para tratamentos de doentes em termos médicos. A tomada da consciência, o conhecimento do mundo da censura, a explicação da proibição, verificar o que tem sentindo ou não, nesse mundo em específico.
Tudo que acontece entre o médico e o paciente é apenas uma boa conversa na descoberta das causas de uma determinada doença psicológica, fazer a referida vir à consciência e entender as verdadeiras causas.
O tratamento funciona pelo mecanismo através do qual leva ao paciente recordar aquilo que foi proibido, por meio da interpretação dos sonhos.
Essa interpretação será sempre desenvolvida pelo psicanalista, mas o paciente terá que entendê-la, o porquê vive certas contradições do momento, relacionadas com o mundo do passado, suas proibições eminentes.
Seu método de interpretação, nos últimos anos está sendo muito criticado por cientistas de diversas áreas. Karl Popper um deles, afirma categoricamente que a psicanálise não desenvolve procedimentos científicos.
Pelos seguintes motivos: em primeiro lugar não trabalha com conceitos empíricos, no tratamento da pessoa, a descoberta dos problemas psicológicos apenas por meio do dialogo, metodologia usada à interpretação, não tem fundamento.
Outro ponto questionável a interpretação do médico não é objetiva, muito menos testável é tão somente ideológica, sem fundamento empírico, é uma questão cultural apenas.
Além do mais é uma sondagem confidencial, entre o médico e o paciente, com caráter essencialmente subjetivo, sem meios para atingir a objetividade, afirmou certa vez Popper.
Não tem como medir práticas psicanalíticas, a verdade é apenas uma intuição não lógica, aquilo que interpreta, a ideologia é do sujeito interpretador, a interpretação pode resultar do puro equivoco.
Apesar das preocupações filosóficas ligadas ao mundo da empiria, não se pode negar certo sucesso desenvolvido pela psicanálise, motivo que deve ser relatado.
É lógico que a personalidade de conflito pode naturalmente ser entendida por certas condições ligadas a uma mente inconsciente mecanizada ao mundo de censura.
Relato de experiências infantis e não apenas ao que refere ao mundo da criança, a proibição é um mundo psicológico extremamente complexo, que podem desencadear problemas psicológicos sérios no futuro, isso é perfeitamente adequado à psicanálise.
A interpretação desses relatos pode muito bem representar certa objetividade, aquilo que de certa forma é criticado por Popper, uma forma de ver muito apegado apenas a um objeto material específico, como se objetividade fosse somente do campo empírico.
Com efeito, a interpretação representa de algum modo o campo observacional objetivado a vida real do mundo adulto resultado de conflitos não solucionados na infância.
Podemos ir além, novos conflitos produzidos por culturas diversas opostas a não similar vida adulta. O mundo transforma se em problemas quando a pessoa não é capaz de desenvolver uma compreensão simbólica das coisas no plano meramente da síntese comparativa.
O que significa isso como cura, a uma tradição não freudiana, explico com clareza, uma pedagogia educacional, em que o individuo, não tem nenhum eixo como verdade.
Porque de fato para explicação de qualquer sintoma, sobretudo, em referência ao mundo simbólico dos conflitos culturais algo que explique o real epistemologicamente, como fator determinante.
Sabendo que nada é real do ponto de vista da cultura, ao que se refere especificamente o mundo da censura, realidade aqui como valor absoluto, o mundo é apenas simbólico e como tal ideológico.
Assumir um ponto vista ideológico como fosse uma verdade absoluta, a pessoa entra em conflito, com outros pontos ideológicos, e poderá com isso desencadear problemas sérios psicológicos do ponto de vista da não verdade.
A solução para uma mente sadia é apenas o desenvolvimento de uma analise comparativa, em direção aproximação da verdade, mas não da verdade em si, porque esse conceito de certo modo não existe.
Essa forma de reflexão evita o conflito psicológico a pessoa, não deixa a mesma construir um caráter absolutista, que trará necessariamente contradições como os mesmos fatores insignificantes da realidade imaginada.
Mas Freud nunca imaginou essa perspectiva, aliás, a mesma retira todo mérito da psicanálise e devolve a Filosofia. Ele procurou desenvolver uma teoria dando responsabilidade ao ego.
Como fator fundamental na solução dos conflitos, método bastante criticado, por desconhecer outras regiões do próprio cérebro, diversidades de funções na elaboração de pensamentos opostos e modelos de procedimentos.
A grande crítica formulada por Sartre, que particularmente acho interessante e de fundamental interesse, o aspecto principal, devo dizer aqui, aquilo que referiu Sartre, vamos por parte, o principal elemento.
Primeiro o ego não é tão consciente, é outra propositura, que deve ser levada em consideração, diz Sartre, como assumir a superar os desejos inconscientes se ele mesmo é produto desse mecanismo, a consciência tem nela mesma aquilo que de denomina de inconsciente.
Com efeito, o ego não é consciente das ideias e dos desejos inconscientes, então como poderia saber quais são as ideias ou desejos que devem ser suprimidos para o bem do paciente, nesse sentido a psicanálise seria uma espécie de engodo.
Mesmo assim apesar de todas essas considerações a filosofia, certa metodologia filosófica, procurou dar os princípios teóricos a Freud, favorecendo no fundamento da psicanálise como ciência.
Desenvolvendo a seguinte argumentação, assim como Copérnico demonstrou que a terra não é o centro do universo, nem sabemos se o universo tem algum centro, tudo indica que não.
Do mesmo modo Darwin, o homem não é o mestre do reino animal, a natureza não teve nenhuma preferência na evolução do homem, tanto poderia ter acontecido como não ter evoluído.
Cada homem em específico é o resultado apenas químico, se o homem não tivesse desenvolvido a linguagem não padeceria de nenhum mal psicológico, motivo pelo qual a questão é cultural.
Do mesmo modo Freud, afirma aqui está o seu valor, que a mente consciente ou não, até porque não se define mente consciente, não é o fundamento da própria casa. Como as demais filosofias principalmente as cartesianas.
Tudo isso serve então para desenvolver uma grande reflexão no entendimento das complexidades de todas as coisas, nesses aspectos, todos esses pensadores foram fundamentais.
Edjar Dias de Vasconcelos.