DESAFIO DAS FINANÇAS PESSOAIS

Por Rita de Cássia Mormito | 01/10/2009 | Adm

Manter hábitos de finanças pessoais não é tarefa fácil. Para cuidar bem das finanças é necessário aprender a fazer um orçamento e controlar o desejo de gastar.
Na grande maioria dos casos, as pessoas acham desnecessário fazer um orçamento por acharem que têm poucas despesas.
Aprender a fazer um orçamento e controlar as despesas leva tempo e requer esforço próprio. É necessário entender melhor os hábitos de consumo e aprender a administrar o dinheiro; e isso deverá ser a meta para a vida inteira. No início é um desafio enorme, mas não se deve desistir.
 Atualmente, um desafio para a maioria das pessoas é fazer um controle financeiro pessoal, pois, por mais que se apliquem os conceitos nas empresas, quando falamos do nosso próprio dinheiro começamos a complicar as coisas.
Muitas pessoas não sabem quanto gastam, sendo assim é difícil sair de uma situação de endividamento. Nestes casos é necessário tomar algumas medidas e ter uma boa dose de disciplina.
As pessoas perdem o controle financeiro porque não sabem de que forma o dinheiro entra e sai do bolso. De forma geral tem uma noção de valores de forma isolada, mas não sabe qual será o impacto de uma decisão na sua vida financeira. Precisam entender que a situação financeira é um conjunto de fatores e decisões de ganhos e gastos, numa linha temporal.  É importante prever a situação financeira, para não ter surpresa por conta de eventos inesperados.
A preocupação de quem quer atingir objetivos financeiros deve ser sem dúvida, a organização, o planejamento e a simulação de cenário a ser atingido. Nestes casos, o orçamento financeiro é a ferramenta que pode dar sustentabilidade a este planejamento.
Um orçamento é um plano para gastos e poupança. Quando você começa a definir seu orçamento pessoal, precisa escolher um período de duração (mensal, anual), estimar valores e equilibrar despesas e renda. Este orçamento permite a monitoração da situação financeira, cria um quadro visual de gastos, evita os gastos por impulso, possibilita saber como é gasto o dinheiro, e ajuda a se prevenir para eventos imprevistos.
Gitmann define Finanças “como a arte e a ciência de administrar fundos. Praticamente todos os indivíduos e organizações obtêm receitas ou levantam fundos, gastam ou investem”.
Sendo assim é interessante entender que a organização e o planejamento financeiro são dois processos consecutivos e contínuos, não conseguimos planejar sem nos organizarmos.
Primeiramente precisamos saber qual é a nossa real situação financeira, para ter consciência dos nossos objetivos e a partir daí estabelecer um planejamento. Se partirmos de um planejamento desorganizado não será possível atingir nossos objetivos, não se pode aproveitar situações de oportunidades financeiras sem conhecer a real situação.
Muitos fogem do planejamento porque não conseguem identificar os seus benefícios de uma forma rápida, observando somente o trabalho que terão. Inclusive nos casos onde a renda é restrita, esse planejamento significa privações em grande parte das vezes e por muitos anos, necessitando de muita disciplina e nesses casos as pessoas se desestimulam.
Quando conhecemos o que temos, o quanto gastamos e o quanto devemos, adquirimos um controle sobre a nossa vida, essa organização financeira traz o maior beneficio que é o ganho do poder, tirando aquele mito de que a organização financeira é só pra pagar as contas em dia, como pensam muitas pessoas.
Organizar e planejar as finanças pessoais é entender o que podemos gastar hoje sem comprometer o futuro do nosso padrão de vida.  Fazer escolhas no presente sem comprometer o futuro ou vice versa. O controle eficaz do dinheiro começa com o estabelecimento de metas de curto, médio e longo prazo, e criando um orçamento pessoal.
Neste processo de definição de metas, ocorre a transformação de suas necessidades em metas, que nada mais é que um resultado bem específico que se pretende alcançar. Nestas metas os prazos podem ser desde horas, dias até para a vida toda e em todos os aspectos da vida: pessoal, educacional, social ou financeiro. Após isso é só colocar no orçamento mensal, para começar a torná-las realidade.
Quando falamos de metas devemos ter em mente que elas têm algumas características básicas: são específicas (pra que guardar o dinheiro), mensuráveis (quanto falta para atingir a meta), atingíveis (ser razoável e possível), relevantes ( ter bom senso na escolha) e previsíveis (data alvo definida).
Segundo o livro Dinheiro: os segredos de quem tem, existem 5 passos para a conquista da independência financeira: dedicar tempo a construção do plano seja ele em papel ou planilha eletrônica,  relacionar todas as fontes de recursos financeiros e todos os gastos mensais; identificar as possibilidades de redução dos gastos e o estabelecimento de limites para gastos não programados; otimizar os gastos e identificar de forma precisa o preço da sobrevivência, quanto gasta-se por mês; e calcular quanto sobra mensalmente para possíveis investimentos mensais. (JUNHO/08)