DEPRESSÃO NA VISÃO DO AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL.

Por CLÁUDIO DE OLIVEIRA LIMA | 01/06/2011 | Psicologia

DEPRESSÃO NA VISÃO DO AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL.

A vida é demasiadamente curta para perdemos tempos preciosos, aprisionando-nos a quadros depressivos. Pare de se pré/ocupar em acusar o outro pela vida que está levando.Cuide-se !


INTRODUÇÃO:

Depressão é entendida como aqueles momentos em que temos a sensação de que a vida parou. Ficamos tão cansados e desmotivados que julgamos não sermos capazes de agir, ou o que é pior, de que não vale a pena viver. Já não temos forças para lutar por novos objetivos. Paira em nossas almas a sensação de que nada tem sentido, de que tudo se repete indefinidamente, não há o que esperar do futuro.
Mesmo que haja um feixe de consciência de que temos que fazer algo para sair dessa situação de desânimo, continuamos inertes à espera de um milagre ou de um salvador.
Temos a sensação de que estamos sem energia e por causa disso não conseguimos superar tal situação. E todo ato, para acontecer e se manter, precisa de energia. Só que, na depressão, usamos a nossa energia para manter esse estado psicológico e assim temos a falsa impressão de que estamos sem energia. Por isso, caímos numa inércia que nos impede de resolver os nossos problemas.
Quando chegamos a esse ponto, o máximo que fazemos por nós mesmos é levar os nossos corpos para que o médico os examine e este, tendo como base as nossas queixas, dê o seu diagnóstico: DEPRESSÃO.


DESENVOLVIMENTO:

Depressão, na visão do autogerenciamento vivencial, é mais uma forma de a pessoa expressar o que está acontecendo no seu mundo psicossocial e fisiológico. Inicialmente, deve ser visto como um quadro depressivo. Isto é, como um conjunto de sinais e sintomas que, respectivamente, o corpo apresenta e/ou a pessoa manifesta .
Na literatura médica, sintoma é qualquer alteração da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não expressar um indício de doença. Sintomas são, freqüentemente, confundidos com sinais, que são alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente, por um profissional de saúde. A diferença entre sintoma e sinal é que o sinal pode ser percebido por outra pessoa, sem o relato ou comunicação do paciente; o sintoma é a queixa relatada pelo paciente, mas que só ele consegue perceber.
Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação do próprio paciente. A descrição dos sintomas varia enormemente em função da cultura do paciente, assim como em decorrência da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.

Na visão do autogerenciamento vivencial, existem três fatores causadores do quadro depressivo:
 
 - Orgânico
 - Químico
 - Vivencial


ORGÂNICO

Desequilíbrio na produção de enzimas e hormônios, por parte de um órgão adoecido, ou, então, por perda de sua função, devido ao envelhecimento, produz no organismo alterações psíquicas tais como quadro de depressão, de fobias etc. Estes quadros interferem no pensamento, comportamento e no aprendizado. Com tratamento medicamentoso é possível reorganizar o organismo e a pessoa volta, por sua vez, à sua vida normal.
Os quadros depressivos, em tal situação, caracterizam sinais e sintomas de uma doença orgânica e não de uma doença psíquica. Quanto mais cedo for iniciado o tratamento medicamentoso, mais rapidamente os sintomas depressivos desaparecerão.


QUÍMICO

Contato ou ingestão de substâncias químicas (álcool, cocaína, remédios, etc.) também produz quadro de depressão e fobias. Em alguns casos, com a suspensão ou eliminação da substância causadora do mal, o organismo reencontra o seu equilíbrio e os sinais e sintomas depressivos manifestados desaparecem e a vida da pessoa se normaliza.
Nesse caso, os quadros depressivos caracterizam uma intoxicação química e não uma doença psíquica. Quanto mais rapidamente a pessoa for tratada, mais cedo os sinais e sintomas depressivos desaparecerão.


VIVENCIAL

Nesse caso, o quadro depressivo (sinais e sintomas) é resultado de um conflito vivencial. O episódio vivencial gera o quadro depressivo.
O quadro depressivo vivencial acontece, quando não percebemos a tempo os malefícios provocados pela nossa maneira de reagir às frustrações, decepções, etc. Na realidade, nós é que somos os gestores dos nossos estados depressivos vivenciais. Eles se desenvolvem de acordo com as dificuldades vivenciais de cada pessoa. Servem para evitar ou fugir de situações que nos incomodam ou que não gostamos, nos restringindo a uma forma imatura de reagir aos imprevistos da vida.
O fato de algumas pessoas não quererem assumir a responsabilidade pelo seu quadro depressivo, transferindo a causa para terceiros ou para as doenças de modo geral, além de não amenizar a responsabilidade pelo que lhes estão acontecendo, não lhes trazem nenhum benefício vivencial. Cuidado com essa fórmula mágica de gerenciar as frustrações, decepções, etc, pois, o modo como interpretamos os episódios vivenciais é que conduz a nossa reação.

De modo algum, devemos ficar buscando culpados e nem passivos, aguardando que algo externo nos cure. A nossa participação é decisiva na própria superação. Os outros apenas ajudam. O tratamento medicamentoso é válido até certo ponto, mas, sem uma atitude mental positiva, não há condições de superação.
À medida que ficamos nessa problemática, corremos o risco de nos incorporarmos à imagem que vamos idealizando, não conseguindo, com o tempo, reconhecer mais a nossa real identidade. Por isso, precisamos estar atentos a nós mesmos.O autoquestionamento é fundamental, porque nos permite ver a diferença entre a imagem real e a idealizada.
Para o autogerenciamento vivencial, o único momento em que um quadro depressivo pode evoluir para uma doença é quando a pessoa o incorpora, fazendo-o parte de si. Ela idealiza uma imagem que, aos poucos, vai se apossando do seu ser. E, ao ocorrer a fusão da pessoa à imagem idealizada, ela vai deixando de ter dúvidas a respeito das próprias atitudes, dos próprios comportamentos e pensamentos, dificultando ou impedindo assim o tratamento.
Ocorrendo os primeiros quadros depressivos ou de fobias, passa a ser fundamental, no processo de recuperação, que o profissional saiba escolher o procedimento adequado a cada paciente, para evitar a integração pessoa/imagem, uma vez que, com a referida fusão, a imagem idealizada passará a dirigir os atos futuros da pessoa.
Assim, na visão do autogerenciamento vivencial, é extremamente importante que a pessoa tenha a consciência de que, nesses casos, o adoecimento ou cura está nela mesma.

Sonhar com um amanhã diferente fazendo as mesmas coisas, é coisa de.......................................

Ao trancar a porta da sua vida, cuidado para não ficar do lado de fora.


Drº Cláudio de Oliveira Lima ? psicólogo
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