Deposição
Por Edjar Dias de Vasconcelos | 03/01/2013 | PoesiasDeposição.
Um sintoma.
Dois sintomas.
Três.
A deposição de uma ideologia.
Política talvez.
Qual ideologia não é política.
Aristóteles disse que tudo é política.
Quem não gosta da política.
É sempre vítima dela.
O homem é um ser.
Socialmente político.
A política é uma pedra.
Atravessada.
Ao meio do caminho.
Uma enorme pedra.
Que o proletariado.
Tem que carrega-la.
Se não coloca-la nas costas.
Ela desce montanha abaixo.
Derruba a casa do proletário.
Mas ele costuma não gostar.
A burguesia encanta com a política.
É o meio que se tem.
Para conseguir concentração de renda.
O proletário não entende isso.
Pensa que política é apenas.
Um objeto chato.
Desconhece que seu uso.
Poderá deixar a pobreza.
Mas se não percebe.
Os sinais dos sintomas.
Então a política continua sendo pedra.
Eternamente.
Mergulha o proletário.
A um mundo de ilusões.
Como se a vida econômica.
Fosse perfeitamente normal.
A burguesia.
Adora.
Alienação do proletário.
Eternamente cego.
A burguesia.
Sorrindo de felicidade.
Porque o proletário.
Detesta política.
Não consegue, com efeito.
Libertar da caverna de Platão.
Edjar Dias de Vasconcelos.