Depois do baile

Por Jorge Morais | 18/08/2010 | Poesias

Está na cara
Que é o fim da festa
E pouca coisa
Pra te resta
Nada mais que um brinquedo
Pra te tirar o tédio
Por alguns segundos
Ou algumas noites
Serei o teu remédio
E novamente abusaras de mim
O imperador dos sonhos
Gigante sem nome
Te faz sonhar
Mas depois das doze
O relógio toca e a luz acende
E do castelo só resta a sombra
O calabouço
A escuridão do abandono, como sempre
Outra vez
Te traz de volta ao meu abrigo
Ao meu abraço. Meu amor amigo
Será por que sempre te deixo ir?
Será pra ver o quanto é lúdico fora daqui?
Será pra saber o quanto é inútil está sem mim?
A nenhum ponto chegaras
Numa cama ao meio dia
Num deserto ditaras
Amará quem não te ama
Reclamará; quem não reclama?
Talvez por que nunca te fecho a porta
É por que só será rainha
Se eu for rei
É pra você saber o que eu já sei
Só damos certo se andarmos juntos
Meu caminho é o mesmo que o seu
E o seu brilho só reflete o meu