Dependência
Por Nara Junqueira | 23/05/2009 | PoesiasDependência
Minha alma sente frio excessivamente quando você não está aqui.
Meus olhos enxergam apenas as cores mortas com que se orna a paisagem outonal.
Como se estivesse numa câmara fria, meu pensamento vaga com vontade de dormir.
Minha mão se nega a escrever versos para brindar a vida que brinca lá fora.
¿Qué sucedió, después de todo, mi amor?
Aos poucos vou tomando consciência dessa minha dependência!
Já não sou eu a criatura que liberta caminhou tantas estradas.
Já não sou como a ave solta nas matas que cochicham com o vento.
Vivo uma longa espera sem saber se novamente o terei aqui.
¿Qué sucedió, después de todo, mi amor?
Minha alma sente frio excessivamente quando tudo é silêncio!
Meus olhos se fecham imaginando o teu corpo junto ao meu.
Tua voz sussurra aos meus ouvidos as nossas imoralidades mais secretas.
Minha boca sorri teu nome em vários tons e minha mão silenciosamente apaga a luz.
¿Qué sucedió, después de todo, mi amor?