DELEGADA MARIA ELISA (PARTE XXI): ENCONTRO COM A DELEGADA JANE CLAUDETE PÍCOLLI. A VISÃO DA LUZ: PASSAGENS PELO “PORTAL DAS ESTRELAS” E OS “NEURÔNIOS ESPELHOS” (APLICADOS NO PLANO POLICIAL)
Por Felipe Genovez | 19/02/2019 | HistóriaUm encontro com a Delegada Jane Pícolli:
Dia 20.06.07, por volta das nove e trinta horas estava na Delegacia Regional de Blumenau para ouvir a Delegada Jane Pícolli. Primeiro bati um papo preliminar na cozinha, onde tomamos um café e jogamos conversa fora. Acabei conversando sobre minha proposta de “Emenda Constitucional”, repetindo o relato que fiz ao Delegado Klock na DPCo/Indaial. Depois de colher seu depoimento na sindicância, resolvi imprimir a proposta de “Emenda” e Jane fez uma leitura dinâmica. Perguntei se ela havia entendido o texto, pois leu muito rápido que quase não deu tempo de se respirar. Ela respondeu que não havia entendido nada. Acabei fazendo um breve relatório da proposta, só que fui mais sintético, porque Jane parecia uma pessoa “autista”, fumante inveterada, fora da realidade, fora do mundo, certo grau de “excentrismo”... Jane me confidenciou que possuía um “pit bull” que dormia no seu quarto. Sabia que há anos ela se separou do marido (ex-policial Picolli que passou a advogar na cidade) e parece que de lá para cá não ficou muito centrada, perdeu o chão. Jane contou que era natural de Capinzal, descendente de polaco e italianos. Em momento algum teceu comentários a respeito da proposta de “Emenda” que lhe repassei, apenas disse que tomou conhecimento que uma “Pec” que previa a carreira de Delegado como sendo de natureza jurídica. Argumentei que desconhecia o fato e que com a presidente Sonéa na Associação dos Delegados corríamos o risco de ficarmos mais quatro anos “empurrando com a barriga”.
A necessidade de um “Portais das Estrelas” e “Neorônios Espelhos”:
Por volta das dezessete horas, encontrava-me de saída da Delegacia Regional de Balneário Camboriú e resolvi dar uma ligada para Marilisa, pois ainda não havia processado bem nosso “desencontro”. Não tinha muitas expectativas, mas era fascinante a energia que ela conseguia me repassar, algo que há muito não sentia. Era como se fosse uma “divindade”, algo superior, nada de parte dela no plano físico, mas sim o que conseguiu fazer ascender em termos de despertar meus neurônios espelhos. Nosso contato era necessário também para que pudesse conhecer e aprofundar mais ainda aquela energia, compreender de onde vinha aquilo tudo, a sua fonte vital... Disquei o seu número de celular (99740836) e do outro lado ela atendeu, com a voz um tanto formal, cheia de lamentos com sua condição. Num primeiro momento me pareceu que não era mais aquela Marilisa feliz em me ouvir como das outras vezes. Sim, era verdade que me atendeu de maneira gentil. Fui perguntando se ela estava melhorzinha e ela respondeu que ainda estava à base de sopinhas (e provavelmente de remédios tarja preta...). Procurei melhorar o nível da conversa, entretanto, sem conduzi-la ou levá-la a um nível muito “down”. Procurei ser firme e ao mesmo tempo alegre, sem deixar transparecer muito a minha saudade e necessidade de nosso contato pessoal. Sabia que um “homem” fraco poderia acabar ativando na mulher um quê de pena, compaixão... em detrimento do “mistério”, “curiosidade”, “poder”, “mito”... E não era assim, tinha plenas condições de viver vários planos emocionais, conseqüência da minha experiência de vida, percepção holística, resultante de princípios quânticos... Marilisa foi se soltando, em especial, quando entendeu que eu não estava cobrando absolutamente nada. Me senti forte e agradeci silenciosamente (enquanto conversava) por ter lidado para ela de maneira tranqüila, por ter improvisado uma conversa descontraída... Marilisa relatou que estava com uma dúvida se representava acerca da prisão preventiva de um cidadão, dando a impressão que queria a minha opinião... Aproveitei também para comentar que ela deveria tentar perceber a energia das pessoas, passar para além do plano técnico, formal... e acabei dando exemplos que vivi noutro dia na cidade de Camboriú, sob a presidência de um procedimento disciplinar ouvindo diversas testemunhas... A conversação com Marilisa parecia um pouco complicada porque ela dava a impressão que preferia coisas mais triviais, comuns..., e uma das dúvidas que tinha era se ela continuaria no plano superficial dos sentimentos, emoções, filosofia de vida, experiências... ou se aquilo fosse uma forma de sobrevivência (corpo fechado), de levar a vida com leveza... Era fácil falar de serviço, do cotidiano, de coisas que acontecem fora da gente, que envolviam terceiros, as notícias vindas da televisão, as pessoas que procuravam a Delegacia com suas ocorrências... Mas quando era de falar do seu “eu”, de questões interiores, tudo parecia mais complicado, intransponível, “escamoetável”.., e Marilisa recorria a invocação de “Meu Deus”, ou a adjetivações ou saídas básicas... Lembrei que no ano de dois mil e quatro ela me pediu para ajudar a redigir uma portaria de instauração de sindicância e que na época havia ficado pasmo porque se tratava de um procedimento tão “cartilhoso”, banal... e me perguntei como era que uma Delegada que já foi “Regional” da maior cidade do Estado encontraria dificuldade para redigir um documento tão simples? A explicação seria seus bloqueios neurais, sua saúde fragilizada, ou... Acabei ajudando Marilisa e dei as orientações como se lavrar aquele ato pertinente a uma sindicância disciplinar que estava sob sua presidência. Depois disso nos encontramos novamente e ela fez questão de lembrar a “grande ajuda” que prestei... No meu caso se tratava de um procedimento “simplézimo”. Será que Marilisa tinha dificuldades de desenvolver teorias, externar sua visão crítica a respeito das coisas, pensar com profundidade, filosofar, meditar em alto nível?”, pensei. Sim, no contato que ainda tiver com minha doce amiga, quando estivemos sozinhos frente a frente com todo o tempo do mundo, quem sabe eu tenha as respostas, porque ela era uma pessoa que tinha uma energia maravilhosa. Bom, na conversa por telefone disse para Marilisa que no dia em que nos encontrássemos eu iria falar do “Portal das Estrelas”. Do outro lado da linha ela ficou meio perdida e eu perguntei se ela já tinha ouvido falar. Evidente que não porque eu tinha acabado de criar o termo. Na verdade “Portal das Estrelas” era uma alusão aos “neurônios espelhos”, significava a energia capaz de desprendemos quando somos capazes de “interlocutarmos” sensações, sentimentos, pensamentos e etc. com outras pessoas dotadas de uma afinidade superior e resultante da forma como isso poderia ser comutado. A questão era compreender a profundidade do tema e como isso tinha sua devida importância em nossas vidas, isto é, como poderíamos fazer para descobrirmos “neurônios espelhos” em qualquer plano, seja na amizade, no amor, no profissionalismo, no esporte, na arte... Talvez Marilisa nunca viesse a compreender esse processo, ou melhor, talvez o assunto não desperte seu interesse ou muito menos quisesse se aprofundar na matéria, isso pelo menos num nível primário. Naquele momento, meu investimento nela se dava em razão principalmente da nossa amizade e decorrente do padrão de energia que ela seria capaz de potencializar e desencadear. Aproveitei para comentar que talvez a gente nem viajasse mais juntos e ela respondeu que não iriam permitir que eu deixasse a Corregedoria por conta de choques ideológicos, perfis... Achei interessante que ela tivesse dito que ela mesma “não deixaria isso acontecer...”. Quanto ao nosso jantar Marilisa lembrou que no início de julho iríamos viajar juntos novamente e que poderíamos jantar, conversar... Fiquei imaginando que ela estivesse querendo fugir de um encontro em Joinville por que era muito conhecida..., além do fato de possuir uma relação conjugal com uma pessoa, além da família, filhos, reputação... Ao que me pareceu ela se preocupava muito com seu conceito na sociedade joinvillense e que poderiam interpretar mal nossa amizade... “Mas será que ela não percebe que nosso contato é apenas em nível de amizade e neurônios espelhos?” pensei. Claro que uma relação nesse nível poderia não ser compreendida ou pessoal poderiam desvirtuar propositalmente... Mas seria muita pobreza de espírito, ou expectativa baixa pensar em desenvolver teorias sobre “neurônios espelhos” com uma pessoa ainda com vibração num nível aquém, apesar da sua aparente receptividade... Somente um contato de perto com ela é que poderia dar respostas, sendo isso talvez possível por meio de uma experiência quântica que poderia livrá-la de remédios, sofrimentos, depressão... Bom, o próprio seu distanciamento, seus medos eram variáveis previsíveis e sinalizam negativamente para nossa possível comutação de energia, para encontro que pudesse formar um viés que iria do plano espiritual para o plano profissional, na medida que nos trouxesse fortalecimento, unicidade e sinergia. Diante da realidade, somente o tempo poderia apresentar respostas para nossos questionamentos e dúvidas. No final da conversa, quando disse que ela possuía uma energia maravilhosa, Marilisa respondeu:
- “Mas tem horas que eu estou mal, fico mal humorada...”.
Argumentei:
- “Não tem problema, nessas horas eu te ‘rodopio’, ‘rotopio’, ‘rodonavio’... até você não se segurar mais e mais, até que possa te segurar tontinha, tolinha...”. Marilisa deixou escapar um riso no telefone e foi dizendo:
- “Você é uma pessoa justa, boa, cheia de mistérios... Mas eu já te entendo um pouco, sei que tu és simples...”.
Interrompi:
- “Marilisa, não é bem assim, ‘misterioso é?’ Não é nada disso, não!”
Acabei abreviando o final da nossa conversa deixando um beijo e desejando boas melhoras. Marilisa desejou o mesmo para mim. Nada ficou acertado de contatos, encontros... a sua maneira e ao seu jeito bem Marilisa, totalmente descomprometida, o que revelava ser um sinal de nossa constante proximidade e distância. Depois que desliguei o telefone e já seguindo viagem agradeci em silêncio pela energia cristalina que ela conseguiu desencadear nível de formação espiritual, energia..., resultado do aprofundamento de nossa relação, principalmente, decorrente da minha percepção e evolução no nosso contato. Sim, era verdade que a amo, mas um amor num plano bem diferente de tudo, não num sentido carnal, mas como um ser que merece todo o aconchego, acolhida e abraço. Posso dizer que amo muitas pessoas, cada qual dentro de sua dimensão e com Marlisa não poderia ser diferente, em grau muito mais profundo pelo que conseguia fazer ascender em nossas vidas. Tudo muito bacana e muito além do jardim. Uma outra coisa incrível era que não conseguia vê-la como mulher, como objeto de desejos carnais, apenas a a percebia com um ser superior, muito embora adorasse o frescor de sua beleza no plano feminino e saiba que isso era imanente a sua condição de mulher, mas nada determinante e exclusivo, pois o que contava no nosso caso era a busca de aproximação de nossos neurônios espelhos e como eles poderiam nos fortalecer e refletir uma existência superior, com reflexos profícuos no plano profissional, inclusive.
No final, voltei meus pensamentos à Delegada Jane Pícolli e procurei estabelecer pontos de contatos com a Delegada Marilisa, sobre o quanto que poderiam conquistar se entendessem um pouquinho sobre o "Portal das Estrelas" e os "Neorônios Espelhos". Será que teriam condições de enxergarem as "luzes"?