DELEGADA MARIA ELISA  (PARTE CVI):  “SOL A PICO NO 'FRENTE À FRENTE'!. O ‘SER’ OU O ‘PENSAR’ DE FORMA QUÂNTICA PARA ALIVIAR TENSÕES HUMANAS?

Por Felipe Genovez | 24/04/2019 | História

O SOL E O FRENTE À FRENTE : 

No dia 09.10.2007, às  treze horas e quinze minutos, já tinha combinado com o Investigador “Zico” que ele nos apanharia por volta das quatorze horas em frente a Assembléia Legislativa (SC), em cujo local me encontrava na companhia da Delegada Marilisa, isso depois de um almoço com o Deputado Darci de Matos. Tive que esperar alguns instantes porque Marilisa tinha ido até o banheiro passar um “batton”... Como “Zico” não havia chegado fiquei aguardando em frente ao prédio e ao mesmo tempo fiquei imaginando que  caminhar até a Corregedoria naquele sol seria uma tremenda “barra”. Logo que Marilisa chegou perguntei se  queria pegar um táxi e ela comentou que iríamos  a pé, externando  sua satisfação em meio a sorrisos por essa alternativa, além de proferir frases soltas e cantaroladas. Após iniciarmos nossa caminhada  passamos a fazer uma retrospectiva a respeito do nosso contato com Deputado Darci de Matos. Marilisa confirmou  que o parlamentar estava  estimulando que saísse candidata à vereança em Joinville e que por isso teria que fazer uma reflexão para ver o que seria melhor para sua vida. Concordei, relembrando as conversas que tivemos na última viagem quando cogitamos sobre essa possibilidade.  Marilisa, enquanto caminhávamos, pareceu se expandir e verberou que adorava andar sob o sol. Procurei ser cauteloso, pois não queria solapar aquele “mantra” presente no fundo da minha mente (“sem sofrimento, sem dor, sem sol, saí sol!!!), já que ela parecia estar em estado de graça, se apresentava solta e turbinada pelos efeitos daquele  nosso momento tão intenso, as perspectivas futuras, a autoestima em alta, além de aparentar muita energizada irradiante. Procurei respirar fundo para poder sentir o peso da sua presença naqueles fragmentos temporais que logo se findariam com a luz ao cair do final da tarde, como se ainda fosse possível estarmos juntos. Pude reparar mais uma vez que Marilisa tinha o dom de caminhar e exalar vida aos quatro ventos, claro que era eu que permitia tudo isso pois precisava dessa energia bem dentro de mim. Sim, ela conseguia trazer essência a  tudo que estava próximo, era capaz de colorir o ambiente, fazendo as coisas renascerem e se revigorarem a cada lance próximo. A  sua beleza interior, o seu sorriso e a sua sensualidade natural tinha o poder de sublevação espiritual, em cujo ápice ela conseguia extrair picos de beleza, carisma e sedução amigável. Não que fazia isso dentro de uma estratégia ou um propósito, agora que lhe conhecia melhor conseguia perceber isso como se fosse uma “senha” capaz de abrir portas, corações, soluções..., ao mesmo tempo que havia o revés que lhe cobrava um preço alto. Era como se ela reunisse a cada momento condições transcendentais, construídas de forma urdida, porém, sem perder o acaso, o que fazia com que passasse a ter seus impulsos que a deixava mais solta e feliz, com seus desejos espirais contidos por meio de sorrisos, gingados embalados por dois corpos alados. Tudo corria ao sabor do vento, sob o pico de raios impiedosos, com direito a acessos e recessos, delírios e colírios, em cujo compaço conseguíamos nos reinventar e eu aproveitava para observar Marilisa bem de perto, como seu corpo se transformava em harmonia com sua mente, uma forma de se presentear com o seu melhor. Era uma sensação incrível sentir toda aquela sua energia o que me projetava a perceber o todo com transparência, resultado de uma encenação que transitava entre os universos da política, da polícia e, também, da amizade pura, simples e verdadeira, porém, permeada por gestos e roupagens típicas de atividades cênicas, utopias e ficcionais. Era imperativo que eu a sentisse assim, pois do contrário poderíamos nos distanciar irremediavelmente, e para o bem da “história” isso não  poderia estar programado.  Era muito bom caminhar ao seu lado, evitando tomar o rumo do centro da cidade, já que tinha planejado passarmos pelo Mercado Público para tomarmos um café, considerando que ela havia externado que esse era o seu desejo. Não pude deixar de lembrar daquela daquela música que teimava ouvir no meu CD (Those Eyes), o servia de combustível e consumia meus pensamentos  direcionados ao nosso principal. Já próximo a nossa parada (Mercado Público) Marilisa reclamou que havia estado de plantão na CPP/Joinville e teve que ficar de molho na segunda-feira, o que me fez lembrar dos relatos dos policiais "Zico" e Patrícia Angélica. Propus que não falássemos de serviço e que ela tratasse de aprender a pensar e criar “poesias”, aliás, ver a vida de uma forma diferente. Marilisa comentou  que tinha pensado em mim, principalmente à noite, nas coisas que eu lhe falava e como aquilo estava fazendo sentido na sua vida. Ela lembrou que eu tinha comentado que sua mente estava viciada, pois nos processos de formação das suas emoções queria sentir tudo rapidamente, como a distância entre dois pontos, e que eu havia comentado que nosso cérebro não trabalhava assim, era preciso haver todo um processo de conquista, expectações, sonhos, desejos..., o que seria uma atividade neural muito complexa, mas fundamentalmente necessária para que pudéssemos gerar momentos bons e verdadeiros durante nossas vidas e, também, para o aprendizado na lida com as adversidades . Ela lembrou que aquilo que lhe disse era muito verdadeiro e fez uma reflexão sobre o imediatismo de suas vontades, realmente, na sua "vidinha"  que levava tudo tinha que ser rápido, ligeiro, programado e automático, cujo processo realmente “matava” o cérebro, enfraquecia suas redes neurais e o resultado eram cada vez mais limitações para perceber o mundo, uma vida sem cores, sem brilho, sem emoções mais profundas... Depois de ouvir Marilisa externar seus pensamentos me senti mais à vontade e realizado para comentar:

- “Puxa vida, então você pensa um pouquinho nas coisas que eu te digo, lembra um pouquinho de mim, isso já é um bom começo, lembra aquela máxima que água mole...”.

Marilisa sorriu e deu o retorno:

- “Claro que eu penso muito em ti”.

Fiquei preocupado e pensei em dizer-lhe que a tinha como uma “grande amiga”, uma pessoa querida, muito embora tivesse a certeza que meu “feedback” tinha mais haver em decorrência das circunstâncias, das nossas habilidades, na construção da nossa interlocução e de como estava desenhando nossa história e seu contexto. E, como sabia disso tudo, também, lembrei que precisava conhecer cada vez mais a sua essência linda, dar o devido grau de relevância em  minha vida, mas teria que levar as coisas meio que ao acaso, da forma mais natural o possível, sendo verdadeiro, sem me preocupar com o passado, meio que passante, como naquela canção com um fundo de verdade e que dizia que “nada sei” e que cansamos de ouvir nas viagens (Paula Toller).

Marilisa reiterou que estava preocupada com a audiência às quatorze horas, olhando o relógio parecendo meio que tensa com o cumprimento de nossas obrigações. Procurei dissuadi-la daquela preocupação, sentindo até um “ar” de “peninha” porque via o quanto estressada ela era com essas coisas do cotidiano formalse comparado aquele nosso momento mágico, e como aquilo poderia trazer reflexos ruins para a sua saúde. Nesses momentos, considerando a grandeza da ocasião e a sua tensão com coisas tão pequenas se comparadas a "nós", me senti impotente, meio que a reboque do que desse e viesse, sem chance de contribuir para prosseguir em nossa conversa e no seu crescimento interior. 

Por volta das treze horas e quarenta minutos, entramos no Mercado Público e Marilisa se admirou com o preço dos frutos do mar que estavam expostos nos balcões, em especial os camarões. Olhamos quase todas as bancas e ela exclamou:

- “Acho que vou ter que vir aqui comprar camarões, olha como estão baratos, hummm, que delícia fazer ao bafo...”.

Acabamos sentados numa mesa em frente ao “Box 32”, onde pedimos duas médias com leite. Olhamos para os lados e e nos demos conta que havia muitas pessoas à nossa volta. Marilisa estava afetada pela energia do local e por toda a vibração que nos envolvia naquele exato momento, aliás, dava para perceber isso no seu olhar, nos seus gestos,  pois ela conseguia ser espontânea, havia brilho no seu olhar, vibração nas suas palavras, tudo parecia mágico e ela parecia se sentir muito bem na minha companhia. Era uma “situação fugidia”, muito embora eu estivesse vivendo momentos presente, não queria perder os nuances, cada fragmento, tampouco, perder as ocorrências transcendentes que decorriam do nosso contato. Enquanto o café não aportava na nossa mesa, aproveitei para comentar que fiquei contente que ela havia lembrado um pouco dos meus conselhos para superar seus problemas de saúde. Marilisa com um sutil regalo confirmou que sempre se lembrava disso. Revelei que dois dias atrás estava em Joinville e quase liguei para ela por volta das vinte e duas horas. Marilisa replicou por que eu não havia ligado porque estava em casa. Argumentei  que achava que já era tarde demais e que não queria lhe incomodar. Marilisa contou que realmente naquele horário já estava debaixo da coberta. Logo que chegou o café ela olhou no relógio e chamou a atenção novamente para o compromisso às quatorze horas. Argumentei que quem deveria estar se preocupando com isso não era ela e sim eu. Também, comentei  que se eu fosse como ela, considerando as minhas responsabilidades, ficaria louco, já estaria muito estressado. Marilisa retrucou que eu era um Delegado Especial, um Corregedor e que ninguém mexeria comigo, mas no caso dela a situação era bem diferente. Concordei, porém, reiterei que ela deveria pensar mais em poesia e que esse era um ponto de refúgio.  Marilisa olhou detidamente nos meus olhos e em sinal de anuência foi dizendo:

- “Eu sei, tu tens razão, eu tenho que pensar mais no mar, em música, em coisas boas da vida, no que eu posso tocar...”.

Interrompi:

- “Quando eu falo ‘poesia’ eu quero dizer que tu tens que ter um novo olhar para as coisas, ver os acontecimentos de uma ou forma, perceber a vida dentro de outras dimensões, o sentir com o coração..”.

Marilisa interrompeu:

- “Sim, foi aquilo que tu dissestes, eu quero as coisas rápidas demais. Antigamente eu era mais feliz, hoje não consigo. A minha mãe é a mesma coisa, ela diz que antigamente era mais feliz, mas hoje ela não é, não consegue, comigo está acontecendo a mesma coisa, o que eu faço?”

Senti que ela estava sendo real e eu sabia que a resposta seria muito difícil, razão porque tentei dar uma explicação:

- “Bom, lembra que outro dia eu disse  para você se ver com cinqüenta e três, sessenta e três, setenta e três, lembra? Olha para a tua mãe, depois para a tua avó, e perceba que tu serás parecida como elas quando chegares aquelas idades. O cérebro humano também é assim. Quando tu tinhas a idade da tua filha o teu cérebro era de um jeito, novinho, cheio de conexões, tudo fluía naturalmente, vivia paixões, novidades, descobertas, experiências. Ocorre que morremos a cada dia, lembra do ‘poder do agora?’ Pois é, este agora nosso daqui alguns instantes não significará mais nada, já se foi. Isso é muito triste, mas na verdade é assim que as coisas funcionam. O teu cérebro agora não vai ser mais o mesmo que daqui a segundos, que o de amanhã e imagina com o passar dos anos, ele vai mudando a nossa forma de perceber o mundo. As pessoas acabam se perdendo nas religiões, nos fanatismos, nas ideologias, eu até entendo, mas tu sabes que eu por exemplo  não acredito em religiões”.

Marilisa me interrompeu:

- “Sei, sei, tu já dissesses que não acreditas em religião. Tu dissesses que és ‘quântico’. Outro dia eu estava conversando com a Katllin lá na Delegacia da Mulher e ela disse que estava lendo um livro lá sobre ‘energia quântica’, é sobre um filme que tem um título ‘como é que somos nós, algo assim...”.

Procurei argumentar   que ler sobre energia quântica era uma coisa, se dizer “quântico” era outra coisa bem diferente, um diferencial modernista, talvez até um recurso vazio para tentar se explicar o que se ignorava e optei por deixar o assunto na superfície, pois não era uma questão de ser ou não ser quântico, mas de se pensar de forma “quântica” para se aliviar  tensões do mundo caótico imanente  aos seres humanos.  Na sequência continuei:

- “Sei, o nome do filme é ‘Quem somos nós?’”

Marilisa confirmou que esse era o título do livro e, a seguir, completei:

- “Pois é, lembra que eu disse para ti não veres o filme? O filme na verdade tem que ser filtrado. Eu disse para você não ver o filme, só depois que a gente tivesse conversado sobre o assunto, lembra?”

Marilisa confirmou, declinando  que conversou com a policial Katllin e disse que sobre “energia quântica” ela tinha era que conversar comigo. Comentei com Marilisa que essa tema era muito complexo e que tinha que ser aprofundado. Marilisa voltou a consultar o seu relógio, deu uma olhada para os lados enquanto aproveitei dizer para que ela relaxasse que a audiência esperaria, pois  a nossa conversa  era bem mais importante. Aproveitei para perguntar:

- “Tu lembras a primeira vez que eu segurei a tua mão demoradamente?”

Ela me olhou, e sem pensar muito respondeu:

- “Claro, foi lá na pizzaria”.

Pensei: “Puxa, não é que ela é boa de memória”! Argumentei:

- “Então, tu sabes qual foi o meu objetivo ao segurar a tua mão naquela noite?”

Marilisa balançou um pouco a cabeça e disse:

- “Sim, foi para mostrar uma energia boa!”

Interrompi:

- “Foi para mostrar para ti mesma que você possui uma energia interior, que pode sentir as coisas, se concentrar, meditar, fazer novas descobertas”.

Marilisa ficou pensativa e eu continuei:

- “Quando eu segurei a tua mão você sentiu um calor, sentiu meu contato, minha força. Na verdade o que foi  importante naquele momento foi o ‘sentir’, a tua capacidade de concentração. Nada a tua volta tinha importância e todas as pessoas acabaram ‘desaparecendo’, restaram só eu e você, aquele nosso contato simples, mas poderoso e que permaneceu até os dias de hoje. Se você conseguiu penetrar nessa dimensão pôde sentir a importância de olhar para dentro de si e fazer as tuas descobertas...”.

Marilisa interrompeu para comentar:

- “Ah, entendi...”.

Continuei:

- “Durante todo esse tempo que a gente se conhece eu noto que você se preocupa demais em controlar as coisas a tua volta, inventa um monte de coisas para se importar e que consomem o teu tempo, isso te cria obrigações, fixa teus horários, estabelece compromissos, só que na hora de olhar para dentro de ti, de sentir o teu interior querendo se expandir, tu foges...”.

Marilisa pareceu introspectiva e me interrompeu para dizer:

- “Sei, tu dizes que eu fujo de mim...”.

Sim, é isso, parece que tu tens medo de te olhar num espelho interior, enfrentar a tua vida e de te descobrires. E nisso tu perdes muito, quanto tu poderias crescer espiritualmente, se transformar numa pessoa melhor. As pessoas falam da felicidade, mas afinal o que é a felicidade? Tudo são simbolismos, é convencionado. Felicidade, amar, gostar, estar bem, querer, desejar, falar, sonhar... tudo isso são impulsos que ocorrem em nossas redes neurais. Se você for questionar a “felicidade” cada pessoa pensa de um jeito, existem várias explicações para que isso possa ocorrer, mas no fundo, tudo se traduz em impulsos que geram as nossas emoções, sensações...”.

Marilisa fez uma pausa, já estava um pouco diferente  se comparada a nossa “caminhada” anterior, até que sentamos naquela mesa, porém, dizendo que entendia minha explicação, pois tudo era uma questão de linguagem para definir sentimentos. Perguntei se ela já tinha ouvido falar em “salto quântico” e ela respondeu negativamente. Pedi que reservasse o assunto, pois numa outra oportunidade falaríamos sobre esse processo. Falei um pouco de Schopenhauer e tentei explicar que uma das premissas do filósofo que influenciou tanta gente para ensinar às pessoas como serem menos infelizes neste nosso mundo. Mas como Schopenhauer era uma figura contraditória, paradoxal, também pedi que ela reservasse que numa outra oportunidade nós poderíamos aprofundar um café filosófico sobre o assunto. Marilisa interrompeu:

- “Tu falas alemão, né?” Respondi que não falava alemão, apenas conhecia alguma coisa da língua.  Em seguida perguntei  se ela já tinha ouvido a palavra “mantra” e ela respondeu afirmativamente, entretanto, desconhecendo o seu significado. Aproveitei para explicar:

- “As pessoas vivem 'fragmentos temporais' em que podem ocorrer frações de  felicidade. Tu, por exemplo, não dissestes que antigamente tinhas mais momentos de felicidades e que agora estão ficando cada vez mais raros? Então, pois é, poderia ser descrito como um  ‘mantra’, esse estado de graça, esse pico de alegria que ocorre quando nos defrontamos com uma coisa  boa, mas que é fugaz porque não satisfaz para o sempre, entendeu agora?”

Marilisa sorriu e confirmou que agora ficou mais simples. Resolvi perguntar as horas e ela disse que já eram quatorze horas e sete minutos. Paguei a conta depois de tomar um suco de laranja com morango, reclamei da conta (doze reais e vinte centavos por duas médias com leite e um suco), chamei o dono do estabelecimento de “ladrão” e em seguida elogiei a qualidade dos seus produtos, dizendo que ali se podia comer frituras, pois era utilizado azeite de oliva extra-virgem. Marilisa se impressionou e concordamos que fritura era uma coisa muito boa porque dava sabor aos alimentos, porém, deveria ser evitada. Seguimos a pé até a Corregedoria da Polícia Civil e no caminho Marilisa aproveitou para relatar que sua mãe estava com osteoporose adiantada e que também teria que se cuidar porque estava no mesmo caminho. Lembrei que o cigarro era um grande vilão, recomendei que tomasse bastante cálcio e que fizesse reposição hormonal.  Marilisa reclamou dos seus problemas na coluna e que também teria que marcar consulta  para tratar disso e que quando ela tivesse que chegar no seu médico seria uma briga feia. Olhei para seu corpo, vendo-a caminhar num sapado de salto alto, outro veneno, porém, que no seu caso lhe deixava mais mulher, atraente, alta... Marilisa ainda revelou que sua mãe teve câncer no seio o que me fez recomendar que  ficasse vigilante, pois se voltasse... Procurei ouvir aquelas confidências, tentando interpretá-las ao pé da letra, pois parecia existir alguma coisa que ela estava tentando me dizer, dividir, sei lá, talvez um desabafo, um ombro amigo, porém, não rolou... e assim, fomos para nosso destino.