DELEGADA MARIA ELISA (PARTE CLXX): “O DESABAFO DO INVESTIGADOR MARCOS CORDEIRO? UM GOSTO BIZARRO DO ‘DELEGADO TOIGO’. SERIA APENAS UMA ‘ESTORIETA’.
Por Felipe Genovez | 24/07/2019 | HistóriaDesabafos:
Data: 15.07.08. Horário: 18:00h. Conversei por telefone com o Investigador Policial “Marquinhos” (Cordeiro) da Gerência de Recursos Humanos da “SSP” e fui informado que a aposentadoria do Delegado Moacir Rachadel havia sido publicada no dia 26.06.08. Perguntei sobre a aposentadoria do Delegado Rubem Garcez e “Marquinhos”, após consultar, comentou que ele deu entrada no processo no mês de fevereiro de 2007, no entanto, até aquele dia o seu processo estava sustado. Na sequência “Marquinhos” comentou que Garcez esteve de licença médica até o início do ano, depois passou a gozar férias no mês de junho e que estaria retornando no dia 15.07.08, ou seja, naquele dia. “Marquinhos” fez um desabafo:
- “Meu Deus, que homem louco, como é que pode, andava que nem um doido atrás da aposentadoria dele e agora está aí tudo parado a pedido dele, desde o ano passado, cruzes que energia, meu Deus!”
Interrompi:
- “Sim, eu lembro, ele vivia falando em aposentadoria, que não aguentava mais, queria ir embora de qualquer jeito, e agora está segurando, sei lá, isso é o jeito dele, é muito inseguro...Claro que quando estava trabalhando aqui ele se justificava dizendo que queria se aposentar, não aguentava mais, e os procedimentos aqui na Corregedoria ‘bombando’...”.
“Marquinhos” me interrompeu:
- “Sim, claro que isso tudo é insegurança, isso é insegurança dele. Ele vinha aqui se consultar com a ‘Ely’ (policial civil) que cuidava da aposentadoria, era ela que acabava orientando ele, meu Deus, um Delegado Especial, como é que pode ser assim?”
Nilton Andrade e "aquela Delegada":
No dia 17.07.08, por volta das quatorze horas e cinquenta minutos, estava no meu gabinete e o Corregedor Nilton Andrade retornou a minha sala para conversar novamente sobre a situação da Polícia na comarca de Mafra. Nilton Andrade lamentou que teve que resolver um problema envolvendo a prisão de traficantes pela PM e que não havia autoridade policial para presidir a lavratura dos respectivos autos. Nilton Andrade chegou dizendo:
- “É, nós temos que ir embora mesmo”.
Tinha ouvido parte da conversa que ele teve com o Juiz Mena Barreto e com o Promotor de Justiça de Mafra, realmente a coisa parecia complicada o que me levou a argumentar:
- “É, na semana passada eu estava retornando de São Miguel do Oeste e resolvi passar por Porto União, quer saber a moral da história? O Wilson Silva não estava, não havia ninguém na Delegacia da Comarca... Depois passei em Canoinhas, fui na DRP e, também, não tinha Delegado, então, fui até a Delegacia da Comarca e para minha surpresa lá também não havia um Delegado. Passei por Mafra e nem parei, imagina... Em São Bento do Sul tinha passado o Sérgio Maus que ficou vinte dias lá ajudando nos inquéritos. Conversei com a Ângela que está à frente daquela Regional (Delegacia) e ela reclamou que estava estressada com tanto serviço. O Leonísio (Vereador e ‘DRP’ licenciado) está afastado...”.
Nilton Andrade:
- “Ah, mas aquela Delegada tem que trabalhar mesmo, ela tem que responder pela Regional e pela Comarca. Ela não articulou politicamente para assumir a Regional? Então, ela que responda agora pelas duas...”.
Interrompi:
- “É, mas o Toigo (Diretor de Polícia do Interior) tem que resolver isso urgente, a situação do norte do Estado está feia”.
Nilton Andrade:
- “Está tudo assim. É um problema de gerenciamento, é principalmente de gerenciamento”.
Interrompi:
- “Mas, Nilton, a PM não aprovou aqueles sete mil novos cargos?”
Nilton insistiu:
- “Tudo bem, mas o nosso maior problema é de gerenciamento. Imagina, os Delegados deveriam ser promovidos e assumirem suas lotações, mas o que fazem? Eles negociam com a cúpula e acabam sendo promovidos, só que escolhem onde querem trabalhar, assim não dá...”.
Interrompi:
- “Sim, nesse ponto eu fico frustrado porque tu sabes que eu trabalhei nessa lei que criou o sistema de entrâncias e olha no que deu, se bem que o erro não está na lei...”.
Nilton esboçou um sorriso e argumentou:
- “Sim, a lei está certa, o problema são os homens...”.
Interrompi:
- “...É, dizem que o ‘T.’ é muito namorador...”.
Nilton deu uma gargalhada e comentou:
- “Ah, mas isso é bom”.
Concordei com habilidade e Nilton Andrade fez uma revelação interessante:
- “Ele tem cada gosto. Ah, esse ‘T.’ tem cada gosto, aquela mulher lá, meu Deus, como é que pode ele ir atrás de uma mulher ‘catin...’ daquelas, viaja por aí com ela...”.
Fiquei impressionado porque se tratava de uma Delegada... e resolvi deixar passar batido, muito embora a surpresa fosse grande, e perguntei:
- “Sim, mas ela não é casada?”
Nilton respondeu:
- “Sim, é casada, mas ele viaja com ela aí pelo Estado...”.