Declaração Missiológica

Por Marcos Marins | 25/03/2008 | Religião

Falar em declaração Missiológica é falar em Jesus e o reinado de Deus. Sem dúvida o reinado de Deus está no centro de todo o ministério de Jesus. Quando falo em minha declaração missiológica tenho que direcionar a minha opinião para Jesus Cristo e mais nada. Antes de falarmos da vida de Jesus, gostaria de colocar alguns pontos fundamentais para chegarmos a este ponto.

A fé cristã é intrinsecamente missionária. Todas as gerações da terra como objetivos da vontade salvífica e do plano de salvação de Deus, ou, em termos neotestamentários, considera o "reinado de Deus" que veio em Jesus Cristo como destinado a "toda a humanidade". Esta dimensão da fé cristã não é um extra opcional: o cristianismo é missionário por sua própria natureza, ou nega sua própria razão do ser.

A missiologia como um ramo da teologia cristã, não é um empreendimento desinteressado ou neutro; ela procura, antes, olhar o mundo a partir da perspectiva do compromisso com a fé cristã. Tal abordagem não sugere uma ausência de exame crítico, na verdade, precisamente por causa da missão cristã, será necessário submeter toda definição e toda manifestação da missão cristã a uma análise e avaliação rigorosa. Nunca podemos arrogar-nos delinear a missão, com excessiva nitidez e autoconfiança. Em última análise, a missão permanece indefinível; ela nunca deveria ser encarcerada nos limites estreitos de nossas próprias predileções. O máximo que podemos esperar é formular algumas aproximações do que a missão significa.

A missão cristã dá expressão ao relacionamento dinâmico entre Deus e o mundo. Toda a existência cristã deve ser caracterizada como existência missionária. A igreja começa a ser missionária não através de sua proclamação universal do evangelho, mas através da universalidade do evangelho que ela proclama.

Teologicamente falando, "missões no exterior" não é uma entidade separada. A natureza missionária da igreja não depende simplesmente da situação na qual ela se encontra em dado momento, mas está baseada no próprio evangelho.

Temos distinguir entre missão e missões. O primeiro conceito designa primordialmente a missão Dei (missão de Deus), isto é, a auto-revelação de Deus como Aquele que ama o mundo, o envolvimento de Deus no e com o mundo, a natureza e atividade de Deus, que compreende tanto a igreja quanto o mundo, e das qual a igreja tem o privilégio de participar.

A missão inclui a evangelização como uma das dimensões essenciais. Evangelização é a proclamação da salvação em Cristo às pessoas que não crêem nele, chamando-as ao arrependimento e à conversão, anunciando o perdão do pecado e convidando-as a tornarem-se membros vivos da comunidade terrena de Cristo e a começar uma vida de serviço aos outros no poder do Espírito Santo.

Missão também é o "não" de Deus ao mundo. O "não" de Deus no mundo, entretanto, não significa qualquer dualismo, assim como o "sim" de Deus não implica uma continuidade inquebrantada entre este mundo e o reinado de Deus.

Como podemos ver anteriormente a declaração missiologica, não pode desviar deste contexto, pois faz parte de sua base.

Em minha opinião além de concordar com o que foi falado anteriormente, e de buscarmos uma proposta de uma sociedade universal de indivíduos livres e capazes de desenvolver relações fraternas, num contexto de bem estar coletivo, segundo os princípios da dignidade, do respeito mútuo, inspirados no exemplo por excelência da vida de Jesus de Cristo.

Marcos Marins