De que vale
Por Rodrigo Eimantas | 07/02/2011 | PoesiasDe que vale a benção de um novo dia
Se tuas perspectivas remetem a frustração do ontem
De que vale o sol, mesmo que encoberto
Se não estás aberto para o presente, um tanto quanto ausente
De que vale a lua, sendo nova ou cheia
Se a esperança é mais minguante que crescente
De que vale um sentimento, mesmo que verdadeiro
Se guardado por inteiro
De que vale uma palavra, mesmo que bela
Se não dita quando espera
De que vale um sorriso, até o mais bonito
Se não tens nos olhos o brilho
De que vale ser forte, mais que o bastante
Se não sabes o fim do próximo instante
De que vale escrever, assim desta maneira
Se a solução vagueia, esperando ação
Nem que seja um ponto final.