De Gole em Gole

Por Rengaf Sezenem | 11/05/2011 | Literatura

De gole em gole vejo tudo que quero ver, esqueço minhas dividas minhas pendências, imperfeições.
De gole em gole perco a vergonha transformo-me em outro homem, ou melhor, realmente me torno o que sou, sei ética alguma ou moral um verdadeiro homem.
De gole em gole vejo tudo diferente vejo o que não via e o que via não vê mais.
De gole em gole mato minha sede de matar meu chefe aquele filho da puta que me usa todos os dias que me mato para não morre de fome ou loucura, mas louco é permanece nessa vida de falso herói se matando por alguém todos os dias em troco de pão, sim o pão que me faz levantar todos os dias para o meu mausoléu com o Caronte como meu guia. Pense num guia felá da puta.
De gole em gole começo a perde os sentidos e me sento em uma cadeira olho para o lado vejo tantos bêbados sentados olhando para eu, opa esquece, eram espelhos só tinha dois bêbados no bar naquela noite eu e o barman ela estava reclamando pois precisava sair para trepa com uma nova prostituta do pedaço.
De gole e gole vejo o copo secando e isso me parte o coração por que uma das coisas que aprendi na vida, não interessa quem perde ou vence uma guerra todos querem cerveja e mulher no final. Umas das coisas que aprendi com o Bukowski se você que se torna um grande escritor, "sempre tenha em mãos uma cerveja" "e aprenda a vencer, qualquer idiota pode ser um perdedor".