De Batalhas se Vence a Guerra
Por Sergio Sant'Anna | 14/01/2009 | CrônicasEste ano ainda não tinha digitado uma letra nesse essencial meio de comunicação chamado de computador. Ensaiei durante semanas, mas não era por falta de inspiração, pois essa se frutificou ao final do ano que passou e início deste que ainda dá os seus primeiros passos. Dei margens à preguiça, essa se instalou e tornou-se sólida em meio à fraqueza de um corpo cansado fisicamente. Estava desacostumado em andar por longos metros com minhas pernas. Ajudava-me com os ônibus ou um táxis já que não dirijo.
Aqui em Taquaritinga aproveito para passear com a minha família aos sábados, algumas vezes ao final da tarde, até porque aqui na cidade o ar é mais limpo, o sol brilha com mais intensidade, mas a saudade dos ares marítimos porto-alegrenses ainda perambula por essas artérias vitais. Confesso que continuo a prestar atenção nas pessoas que pela rua trafegam. Seus passos, suas conversas são escutadas por esse escriba que se inspira nesses fatos do cotidiano para compor seus escritos. Salões de cabeleireiros são ótimos para as fofocas, mas para inspiração não dá. Teria que montar um programa vespertino, desses que exalam seu fedor pela televisão brasileira, para poder expor o que é dito nesses estabelecimentos comerciais. Mas o desabafo acontece. Às vezes uma palavra amiga pode aliviar aquele corpo cansado que não foi até lá para fazer alguns ajustes na peruca, mas para ter com quem dialogar. Sócrates exercitava seu poder de diálogo com sua esposa, quando essa insistia em discutir a relação – hoje abreviada como DR.
É na praça que vejo uma cena que me chama a atenção: um senhor dormindo, vítima da bebida, num dos bancos encoberto pela sombra das árvores, acompanhado pelo seu fiel companheiro – o cão. Dormem sossegados: homem e seu fiel companheiro. Desse momento do cotidiano sairia várias linhas, mas preferi me abster e não escrever.
Desses dias de trabalho confesso que é uma responsabilidade enorme coordenar um corpo docente formado por professores consagrados, meus ex-professores em uma Instituição Educacional de renome. O trabalho precisa ser bem feito. Isso sempre realizei. Não saio da chuva enquanto não me queimo, ou seja, a batalha para mim é apenas uma das etapas desse longo confronto. Quero é vencer a guerra. E dessa vez as coisas não serão diferentes. Confesso um pouco de medo, mas sem ele não consigo saber até onde vai o meu poder. É tanto que tenho que limitá-lo. Não quero prosseguir com muita sede ao pote, por isso procuro tomar água aos poucos.
Volto ao meu Estado de origem, na cidade onde nasci, onde construí um nome e procurarei mantê-lo, vivo. E Educação é tudo para mim, é minha vida, minha paixão, meu amor. Construir caminhos que possam ajudar aos meus semelhantes sempre foi o meu desejo e dessa vez estou ajudando meus colegas profissionais a realizarem esse sonho. Voltei a escrever depois do recesso!