DAMA DA NOITE
Por ROGÉRIO RAMOS | 10/02/2009 | PoesiasFlor bela e perfumada
que somente uma noite aparece;
com seu visual que encanta
na manhã seguinte desaparece.
Tú és a Dama da Noite,
tens teu brilho por algum instante;
é como um doloroso açoite
que insiste em ser constante.
Que destino ingrato é o teu,
de nascer e horas depois morrer;
é como o destino de tantos
que não têm o direito de viver.
O NORDESTE, DAMA DA NOITE,
tem vivido uma noite cruél,
desamparado por BRASÍLIA,
bebendo seu intragável fél.
Os meninos de rua
que durante a noite se drogam,
são na realidade infelizes,
que carentes por socorro imploram.
Eu sinto o teu choro, DAMA DA NOITE,
vejo tuas lágrimas cairem ao chão;
o teu desejo é de continuar vivendo
e não na manhã seguinte ter nascido em vão.
A vida é mesmo assim,
o destino nem sempre é bom;
tudo tem que ter um fim,
nenhuma música tem o mesmo tom.