Da Janela

Por Paulo José Lima | 15/07/2010 | Poesias

Nem amanheceu e o galo canta no poleiro
O joão de barro faz a festa com seu canto
Os Bem-ti-vis avisam que já vem o dia
E o sol desponta derramando todo o encanto

Eu da janela fico olhando a natureza
Quanta beleza, quanto amor, quanta ternura
As maritacas chegam em bandos matraqueiras
E os canárinhos já estão trocando juras

São feito noivas as flores dos cafézais
Feito diamantes os orvalho nas ramadas
O leite ferve, cheiram as broas de fubá
Biscoitos fritos, pão de queijo nas torradas

Eu da janela fico olhando a natureza
Quanta beleza, quanto amor, quanta ternura
Tenho comigo uma bela companheira
De cama em mesa uma linda criatura

Queria tanto ver minha gente ser feliz
A desfrutar o amor, a paz e as primaveras
E igual a mim sentira a vida como eu sinto
Ficar olhando a natureza das janelas