DA AGONIA NASCE O DESEJO
Por Cilas Emilio de Oliveira | 17/03/2016 | PoesiasNão pôde safar-se dos paralelos. Rios, águas, árvores, flores e pequenos seres, todos os elementos que fazem o conteúdo extenuante na alma do suposto viajor. Da abelha o beijar das flores, como o beijo dado na amada de outrora. Do colibri o embrenhar-se em em jardins desconhecidos, tal e qual sua busca da fonte do perpétuo amor. Não, não pode mais ir em frente em suas lembranças! Não resta outro afazer senão deixar o jardim florido, que se tranforma em seu martírio natural. So resta o querer, o desejar, almejando estar além, voar como pássaros a um mundo distante. Bem longe de onde sua existência o trouxe a um mundo de contrastes, tendo somente a natureza como alento às suas ambições de viajante do tempo. Um dia este ser irá também ver concretizadas suas aspirações em demanda a novos horizontes, onde o florir dos ramos, o cantar das aves e sugar das abelhas e o correr das águas, não sejam seu martírio, assim com a vivência de um poeta.