Curso de inglês e alguns mitos

Sempre quando se inicia um curso de inglês, várias afirmações surgem de amigos para aconselhar o outro. Entre essas afirmações, algumas não são verdadeiras e podem confundir e até desestimular o aluno.

 A principal afirmação é a de que para realmente aprender um segundo idioma, no caso o inglês, é necessário viajar para um país que tenha o inglês como língua nativa. Mas, como prova de que é verdade, a maioria das pessoas que aprendem o idioma, simplesmente mudando de país, aprendem o inglês de forma errada e, consequentemente, falam muito errado. Prova disso são os estrangeiros que vivem no Brasil, mesmo com anos de residência fixa no país não se perde o sotaque e muitas palavras são ditas erradas. Isso se deve pela falta de acompanhamento de um profissional. Os nativos ouvem, acham engraçado, mas entendem, não havendo correção e os erros passam como acertos e podem-se tornar um vício.

 E o professor, ele deve ser nativo? Esse é outro grande mito, achar que o professor que tem como língua materna a aprendida irá ensinar melhor que outro. Na verdade, o professor brasileiro irá compreender suas dúvidas e ensinar da maneira que o brasileiro irá entender melhor. O professor brasileiro também poderá lhe alertar sobre pegadinhas da língua que, provavelmente, o professor estrangeiro não saberia. O professor nativo tem suas vantagens também, assim como o brasileiro, porém, ambos devem estar preparados. Afinal, não é porque é nativo que ele está credenciado para ensinar sua língua.

 Já alguns preferem afirmar que não se matriculam em um curso de inglês, por exemplo, pois é muito difícil aprender um segundo idioma, ou por que não tem o dom. Todos têm o dom para aprender, inclusive um segundo idioma. Independente da idade, o que leva a pessoa aprender é o interesse e empenho, o que não tem nada a ver com dom. Claro, alguns têm mais facilidade que outros, o que não impede, por exemplo, na Europa ser comum a pessoa bilíngüe.

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