Currículo

Por Luciana Cristina de Araújo Evangelista | 06/04/2012 | Educação

CURRÍCULO   Luciana Cristina Evangelista da Mota

Resenhando...

Os pressupostos teóricos dos estudos sobre a questão curricular nas relações tanto histórica como epistemológicas e políticas nos anos 20, nos Estados Unidos, o currículo, acredita-se que provavelmente aparece pela primeira vez como objeto específico de estudo e pesquisa em conexão com o processo de industrialização e os movimentos imigratórios que intensificam a massificação da escolarização nos Estados Unidos. Quando houve um impulso significativo, por parte de pessoas ligadas, sobretudo à administração, desenvolvimento e testagem de currículos. As ideias desses grupos encontram sua máxima expressão no livro de Bobbtt, The Curriculum (1918). Se fizermos a leitura dos princípios históricos de todos os caminhos desenhados para o currículo podemos perceber que em dias atuais existem sem sombra de dúvidas resto vividos de uma visão arcaica sobre o currículo, e ao fazermos uma re-leitura podemos nos apropriar da história não simples, ente para narrar fato e sim fazer uma análise da qual faremos outra história sob novo olhar de construção permanente. Pois a evolução do homem é permanente.

Diz o pesquisador doutor Roberto Sidnei Macedo em seu livro Currículo campo, conceito e pesquisa “nunca se constatou na história da educação uma tamanha importância atribuída às políticas e propostas curriculares, diria mesmo, um tamanho empoderamento do currículo enquanto definidor dos processos formativos e suas concepções.” Que pela urgência de compreensão e interferência político-pedagógico o mesmo nos revelar que” bem como a necessidade do argumento competente sobre o instituído e o instituinte desse campo, não mais legitimam reduções, pulverizações e concepções acríticas” (curriculares).

A compreensão de currículo em seus diversos sentidos podemos partir por Bobbitt iniciando pela sua palavra-chave: eficiência. Para ele o currículo se transforma numa questão de preparação unicamente mecânica. Sendo uma atividade rotineira e burocrática. Como tal na indústria deve ser na educação. Seu modelo de currículo iria encontrar sua consolidação definitivamente em escritos de Ralph Tyler.

A ideia de organização e desenvolvimento de compreensão seria o currículo meramente uma questão técnica. Tyler faz sua acepção a esse sentido.

John Dewey sua percepção é da escola democrática (escola para todos). Centrado nas crianças “atacava” o currículo clássico por seu distanciamento dos interesses e das experiências das crianças e dos jovens.

 O educador e professor tem papel importante no desenvolvimento escolar. Pautado nos valores éticos cada profissional tem capacidade para contribuir no desenvolvimento da construção de uma educação democrática “a escola para todos.”, pois todos e tudo estão ligados e, se faz necessário também estarem conectados.

 O currículo por sua vez pode também ser indutor, quando passa a ideologia da classe dominante provocando conflitos entre diversas classes sociais.

Através do campo de investigação e experiências são comprovadas que escolas autoritárias e burocráticas influenciam no ato de ensinar e aprender. Construir o conhecimento tem por base que todos os seres humanos têm inteligências, assim é importante a consideração ao direito de liberdade individual, a denúncia de qualquer tipo de coação. Diante dessa concepção é que a educação deve ser compreendida não como um ato meramente mecânico, desvinculando-se das relações do poder para a realidade histórica como forma aplicável na transformação. Não existe um conhecimento mais importante do que o outro. O que há de importante nos conhecimentos é a sua multiplicação.

 

Sugestão de leitura:         Currículo Campo, conceito e pesquisa... Do autor Roberto Sidnei Macedo