Cultivo de Flores

Por Alice Sousa | 20/11/2008 | Ambiental

Os plantios estão localizados na região da Zona da Mata sergipana, muito propícia para o cultivo de flores tropicais, principalmente nos municípios de Estância, Boquim, Lagarto, Umbaúba, Salgado e Itabaiana. Por enquanto, a produção de helicônicas, musas, gengibres, alpínias, antúrias e folhagens é comercializada no próprio estado. Mas, com o aumento da área plantada, a meta é começar a vender também para outros estados e países.

"Cultivar flores tropicais tornou-se uma ótima oportunidade de investimento", afirma Zezinho Guimarães, superintendente do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) em Sergipe.

No final de novembro último, o Sebrae promoveu um curso sobre Cultivo de Flores Tropicais, no qual foram abordados os aspectos gerais da floricultura no Brasil e no mundo, o panorama atual da floricultura tropical, a colheita e pós-colheita das principais espécies, a logística da comercialização e o cultivo.

Retorno garantido

A adesão dos produtores ao novo negócio está ligada ao trabalho que vem sendo desenvolvido pela Sergiflora, em parceria com o Sebrae e a Secretaria da Agricultura do Estado de Sergipe. O foco da associação é fortalecer a produção e a comercialização de flores tropicais e plantas ornamentais, com a capacitação dos produtores e da mão-de-obra e o desenvolvimento da cadeia produtiva.

Para isso, a entidade vem desenvolvendo uma série de atividades de fomento e capacitação, como viagens técnicas para os estados de Alagoas, Pernambuco, Bahia e Ceará, onde há pólos consolidados. "A floricultura dá retorno, mas não é imediato", avisa a empresária Vera Soares, uma das alunas dos cursos do Sebrae. Ela começou cultivando um hectare. Hoje planta flores e folhagens em seis.

Para desenvolver o setor, a Sergiflora firmou um protocolo com diversas entidades - a Secretaria da Agricultura, o Sebrae, a Emdagro (Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe), a Universidade Federal de Sergipe, a Universidade Tiradentes, a Embrapa, o Banco do Brasil, o Banco do Nordeste e o Banese (Banco do Estado de Sergipe).

Em 2003 foi criada a Cooperativa de Produtores de Flores Tropicais para alavancar a comercialização dos produtos. No momento a entidade passa por processo de reestruturação.

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