Cué-Cué Marabitanas: O Arco Indigenista se Fecha Sobre a Amazônia
Por Félix Maier | 08/10/2008 | SociedadeO livro A Farsa Ianomâmi, escrito pelo coronel do Exército
Carlos Alberto Lima Menna Barreto (*), põe a nu, ao provar com inúmeros
documentos, a farsa do século passado, que foi a criação da Terra
Indígena Ianomâmi (TI Ianomâmi). Na verdade, o blefe monumental foi
arquitetado por uma fotógrafa belga, Cláudia Andujar, que reuniu
algumas tribos, que não tinham nenhuma relação entre si, e criou a
"nação imemorial dos ianomâmis", com o total apoio dos caciques brancos
de Brasília.
O livro de Menna Barreto tem a apresentação feita pelo general-de-divisão Carlos de Meira Mattos, que assim inicia seu escrito:
"A
questão ianomâmi, como é apresentada pelos interesses alienígenas,
clama contra a lógica e o bom senso. Como reivindicar o controle
político de um território brasileiro da extensão de 94.1991 km2
(semelhante à área de Santa Catarina e três vezes a superfície da
Bélgica), para uma tribo que o habita, de 5.000 índios, no máximo, e
que vive, até hoje, no mais baixo estágio da ignorância e primitivismo?
Estes próprios índios ignoram as reivindicações que são feitas em seu
nome, por organizações internacionais mascaradas com intenções
científicas (ecologia, ambientalismo, antropologia) e que fazem uma
pressão crescente no sentido de entregar a soberania dessa área aos
seus habitantes" (pg. 11).
Em 1973, em noticiário
bombástico, Cláudia Andujar se referiu pela primeira vez aos índios
ianomâmis, os quais, no entanto, nunca haviam sido identificados pelos
exploradores que passaram pela região. E olha que foram muitos, tanto
do Brasil, quanto do exterior. No capítulo 3, A Ianomamização dos Índios, diz Menna Barreto: "Manoel
da Gama Lobo D'Almada, Alexandre Rodrigues Ferreira, os irmãos Richard
e Robert Schomburgk, Philip von Martius, Alexander von Humboldt, João
Barbosa Rodrigues, Henri Coudreau, Jahn Chaffanjon, Francisco Xavier de
Araújo, Walter Brett, Theodor Koch-Grünberg, Hamilton Rice, Jacques
Ourique, Cândido Rondon e milhares de exploradores anônimos cruzaram,
antes disso, os vales do Uraricoera e do Orenoco, jamais identificaram
quaisquer índios com esse nome" (pg. 29). Com a autoridade de quem
foi o primeiro comandante do 2º Batalhão Especial de Fronteira e do
Comando de Fronteira de Roraima, diz Menna Barreto: "É preciso
ficar claro antes de tudo que os índios supostamente encontrados por
Cláudio Andujar são os mesmos de quando estive lá, em 1969, 1970 e
1971. (...) eles continuam a ser os xirianás, os uaicás, os macus e os
maiongongues de sempre, ficando essa história de 'ianomâmis' só para
brasileiros e venezuelanos" (pg. 33).
Em 1985, quando
Menna Barreto era Secretário de Segurança de Roraima, a população de
Boa Vista ficou admirada com tantos aviões da FAB fazendo evoluções nos
céus: dois aviões de transporte Búfalo, uma esquadrilha de jatos e
alguns helicópteros. As aeronaves não eram para compor a Base Aérea de
Boa Vista, recém-inaugurada. Eram para transportar agentes federais,
que desceram no Garimpo de Santa Rosa, para aplicar castigos aos
trabalhadores, como escreveu Menna Barreto: "Após retirarem as
pessoas de suas choupanas ao lado da pista, as teriam obrigado a se
despirem, submetendo-as a vexames, ofensas e agressões, enquanto outras
equipes procediam à destruição dos equipamentos e mantimentos
existentes nas imediações" (Pg. 59 e 60). Menna Barreto soube, por integrantes da FAB, que a ordem de Brasília era, em um prazo de 4 semanas, "esvaziar
os garimpos a oeste dos 62º e as áreas reivindicadas por macuxis,
ingaricós e taulipangues nos Rios Suapi, Quinô, Cotingo e Maú, na
região montanhosa, ao norte do Território" (pg. 60). Finaliza Menna Barreto seu capítulo 7, A Vingança da Gringa: "Tempos
depois - por informações vazadas da FUNAI - soube-se que a autoridade
misteriosa não era outra senão a belga Cláudia Andujar. Com singular
prestígio nas altas rodas de Brasília, intimidou órgãos do Governo com
um protesto pela existência de brasileiros a oeste do meridiano 62º, no
Garimpo Santa Rosa. A solução encontrada foi desencadear uma operação
secreta de espancamento de garimpeiros, de modo a contentá-la, sem que
mais ninguém neste país ficasse sabendo..." (pg. 62 e 63)
Raposa Serra do Sol teve sua origem em blefe semelhante à geração espontânea dos ianomâmis. Diz Menna Barreto: "E
muito menos se pode chamar de ideal a conspiração criminosa de alguns
'padres' com os índios transviados, para arrancar outro pedaço de
Roraima, com a criação pretendida da reserva indígena Raposa - Serra do
Sol, em uma parte do estado povoada, há dois séculos, por brasileiros" (pg. 155).
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Não se pode esquecer o modus operandi desses patifes, muitos travestidos de padres e pastores evangélicos. Diz Menna Barreto: "Agem
pela violência, seguindo a conhecida receita da guerrilha: intimidar
para subjugar. E nem sabem mais por quê. O terrorismo, a violência
deixou de ser o processo para ser o objetivo. E violência não pode ser
ideal de ninguém. Bandido não pode ser herói. Bandido é bandido mesmo" (pg. 155).
Depois
das Nações Ianomâmi e Raposa Serra do Sol, vem aí uma nova nação, que
está sendo engendrada pelos morubixabas da Funai, pelo CIMI e por
sociólogos e antropólogos de diversas partes do mundo, para arrancar
mais um naco do mapa do Brasil: a Nação Cué-Cué Marabitanas.
Guarde bem este nome: Cué-Cué Marabitanas.
Logo irá aparecer nos noticiários. No momento é a TI Cué-Cué
Marabitanas, que, juntamente com outras TI, existe apenas nos mapas da
FUNAI, do CIMI e das ONGs. Fica no Estado do Amazonas, município de São
Gabriel da Cachoeira e tinha 1.645 indígenas, em 1996, segundo fonte do
Instituo Socioambiental (ISA). Na extremidade sul da TI Cué-Cué
Marabitanas fica a cidade de São Gabriel da Cachoeira. Esta TI dos cués
fica entre a TI Balaio, a leste (que faz fronteira com a TI Ianomâmi),
a TI Alto Rio Negro, a oeste, a TI Médio Rio Negro I, ao sul, e a
Venezuela, ao norte. Abaixo da TI Alto Rio Negro, existe ainda a TI Rio
Apapóris (próximo à Vila Bittencourt). E a leste da TI Médio Rio Negro
existem as TI Médio Rio Negro II e TI Rio Tea. Abaixo da TI Médio Rio
Negro I - depois de uma faixa de terra ainda não pleiteada pela Funai
para os indígenas - existe a TI Uneiuxi. Todas estas TI ficam no
Amazonas. Com as demarcações de Balaio e Cué-Cué Marabitanas, o
município de São Gabriel da Cachoeira terá 90% de suas terras
destinadas aos índios! Convém lembrar que no Amazonas existe, ainda, a
TI Rio Cuieras, na região de Manaus e Nova Airrão.
A Portaria da FUNAI nº 1.131, de 23 de novembro de 2007 (Cfr. http://ccr6.pgr.mpf.gov.br/
Pesquisando na Internet, descobri algo espantoso,
que não vem sendo divulgado pela mídia, para que os vendilhões de nossa
Pátria possam trabalhar mais à vontade. No Blog do antropólogo e
ex-presidente da Funai, Mércio Pereira Gomes (http://merciogomes.
"...A
ilusão messiânica também tem configurações laicas. Veja, por exemplo, a
proposta do ISA de forçar a Funai a demarcar a Terra Indígena Cue Cue
Marabitanas em tal dimensão que junte em uma única área as terras
indígenas Yanomami (9,9 milhões de hectares) e Alto Rio Negro (10,5
milhões de hectares), as quais, junto com a demarcação de mais duas
terras contíguas ao Sul, totalizariam cerca de 23 milhões de hectares e
fechariam uma fronteira contínua de 2.500 km com a Venezuela e a
Colômbia".
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O que se pode depreender das
investidas do ISA, com pleno apoio da Funai e do CIMI, e de milhares de
ONGs, tanto nacionais quanto estrangeiras, o problema indígena no norte
de Roraima e Amazonas é muito mais grave do que imaginávamos, depois
que foram criadas e homologadas pelo Governo Federal as TI Ianomâmi e
Raposa Serra do Sol. Ou seja, o movimento indigenista, de caráter
entreguista (entre os brasileiros que apóiam tal patifaria) e de
propósito gatuneiro(entre os espertalhões estrangeiros, que querem
preservar para si, no futuro, a colossal riqueza do subsolo, de
minerais raros), quer transformar uma área igual a três vezes o solo de
Portugal em uma mega nação indígena, ao unir ''nações indígenas" de
Roraima à Vila Bitencourt, AM, passando pela Cabeça do Cachorro, em um
arco de 3.000 km de extensão - com a agravante de fazer fronteira com
tropas das FARC escondidas nas florestas colombianas. Existe pressão de
expandir ainda mais esse imenso território amazônico, se o avanço
indigenista se estender também ao Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Sem
falar que a TI Raposa Serra do Sol, que também faz divisa com a
Venezuela, ao norte, e a Guiana, a leste, tem uma área superior a 1,7
milhão de hectares.
Espertamente, brasileiros apátridas, sob as
ordens de ONG estrangeiras, pretendem que o Governo Federal primeiro
homologue a TI dos cués, um território menor, para então darem o golpe
final, monumental, definitivo, que é a criação e homologação da TI Alto
Rio Negro, que tem uma área superior ao território ianomâmi. Com isso,
terão conseguido o diabólico intento, que irá mais do que triplicar as
terras contínuas dos territórios indígenas junto à fronteira com a
Venezuela e a Colômbia, para mais fácil criar uma gigantesca e
riquíssima Nação Indígena.
E por que aquela enorme região foi
escolhida para comportar tão poucos índios? Uma visita ao endereço do
site de Rebecca Santoro (Imortais Guerreiros) nos dá uma valiosa e
decisiva pista, em seu texto "O misterioso, rico e estratégico corredor
que passa por Roraima" (Cfr. http://www.imortaisguerreiros.
O
que se pode prever é que, em futuro não muito distante, será criada a
Grande Nação Ianomâmi, ou algum outro nome bombástico que venha a ter,
como Cué-Cué Marabitanas, que é o sonho milenarista dos novos beatos da
atualidade. Será a efetivação da balcanização de toda a Amazônia,
dilapidando as extensas terras que um dia pertenceram ao Brasil, país
que, daí em diante, será conhecido mundialmente como Brasilistão - uma
mistura de Brasil com Afeganistão. Outras extensas áreas indígenas do
País terão o mesmo destino no futuro, a persistirem o entreguismo
estatal e a inércia dos cidadãos brasileiros.
Convém lembrar, que, além dos indígenas, outros bantustões segregacionistas (Cfr. http://www.webartigosos.com/
(*) MENNA BARRETO, Carlos Alberto Lima. A Farsa Ianomâmi, Biblioteca do Exército Editora, Rio de Janeiro, 1995.