Crise ou postura?

Por Jean Dunkl Neto | 28/04/2015 | Adm

Diante dos eventos de 2014 não podemos dizer que o país não tenha passado por momentos difíceis, além disso, o mundo e seus especialistas não vêm nossa economia com bons olhos, porem seria um exagero dizer que o mercado está parado, sobretudo porque o mercado não para! O mercado não para simplesmente porque por pior que seja o cenário econômico ainda existe demanda por diversos de seus produtos. O mercado se adapta à situação, ajusta despesas, otimiza custos, inova, investe em novas tecnologias e processos, se rearranja, mas parar nunca para.

O otimismo é um estado de espírito e os empresários não podem se deixar dominar pelo pessimismo, suas empresas devem sempre estar a postos e por pior que seja o cenário a imagem de sucesso não pode ser sobreposta, caso contrario é melhor baixar as portas. Render-se, jamais!

Frequentemente empresários alegam dificuldades diante do novo cenário econômico e grande numero de concorrentes, porem ao chegar a suas lojas vemos luzes apagadas e vendedores debruçados sobre as prateleiras. Ora, se o próprio empresário e sua equipe não acreditam em seu negócio, porque um cliente deveria acreditar? Quando questionados quanto ao motivo deste cenário a resposta sempre é a mesma, estamos em contenção de despesas, como poucos clientes entram mantemos as lâmpadas apagadas, porem o que não percebem é que com as lâmpadas apagadas, fachadas desbotadas e exposição falha de seus produtos cada vez menos clientes entrarão em suas lojas. Neste caso não é o mercado e sim sua postura que está em baixa, porem a transferência da responsabilidade muitas vezes é mais cômoda.

É necessário assumir a responsabilidade, assumir o posto de vencedor, de quem quer que as coisas aconteçam. É preciso investimento constante para a manutenção do sucesso e sempre é bom ressaltar que as vendas de hoje não garantem o sucesso de amanhã e o mercado passa por mudanças constantes. Mudanças de gostos, costumes, culturas, enfim são diversos os aspectos que fazem com que os consumidores alterem seus padrões e o mercado deve estar preparado para atender esse publico e suas exigências. Velocidade e foco no futuro são palavras de ordem.

Em tempos de crise o diferencial fala mais alto e esse é o trunfo para o sucesso dos negócios. Produtos sem valor agregado estão fadados à morte, pois os clientes cada vez mais buscam soluções com o maior valor agregado possível e esse valor não precisa necessariamente ser intrínseco, podendo ser representado por experiências, emoções, sensações ou sentimentos que seus concorrentes não tenham conseguido proporcionar.

Equipes capacitadas com foco em solução de demandas podem significar um grande diferencial, alem disso foco no cliente, nas suas necessidades e, sobretudo em seus problemas pode representar sua permanecia no mercado.

E o preço? Bem, o preço não está entre as primeiras preocupações dos clientes. Estudos comprovam que os clientes pagam mais, sem peso na consciência, por produtos e serviços que lhe atendam com qualidade.

Como já disse um desses famosos marqueteiros “Em tempos de crise, uns choram e outros vendem lenços.” A pergunta que não quer calar é: De qual lado você prefere estar?