Crimes e seus pesos sociais

Por henrique barsali | 02/03/2017 | Sociedade

Quando eu era criança, minha mãe nunca deixou eu brincar com revolver de brinquedo, policia e ladrão, nem pensar, filmes/novelas que tinham conotação de armas ou ser bandido. Minha mãe afastava de mim, zelava pela minha índole, morando em área pobre e sendo pobre, minha mãe fez um bom trabalho.

Mas eu cresci e vi que a justiça em si vai nos levando ao crime, é como estar na praia e deixar a onda puxar, posso salientar que assim que me sinto, quando vejo o quanto a justiça beneficia um bom bandido, não aquele que bate carteira e que rouba marmitas etc, etc e tal. Não tenho intimidades para poder chamar pelo alcunha que é mencionada na mídia, a ex mulher do ganhador da Mega Sena, Adriana que foi acusada de mandar matar o mesmo, que todos acusam, provas,  está em liberdade por decisão que nem sabemos como ela consegue ficar solta, mandante de assassinato qualificado, formação de quadrilha, por que organizou uma turma para poder executar e consegue ficar livre.

O caso que ainda mexe comigo e me assombra é de Pimenta Neves, que matou ex namorada e ficou soltou, responde até hoje. Um juiz solta outro condena. Sempre sonho que o Pimenta Neves me dá um tiro e continua solto. É cabuloso, bizarro, surreal, inacreditável a gestão desse caso. 17 anos depois o mesmo continua solto e família presa a uma lembrança que nunca se apaga. Tivemos o caso ex Governador Garotinho aqui do RJ, mandato de prisão. Foi para um hospital, fez uma cena digamos, Clint Eastwood no filme Gran Torino, aquela cara meio cebosa, foi anulada/revogada e foi mandado para casa novamente. Não posso deixar de destacar o prefeito eleito de Embu das Artes, que estava sendo procurado , mas estava viajando e quando voltou, foi preso e alguns minutos foi solto e já assumiu a cadeira.

Começo a pensar que o crime de colarinho branco, é tão compensatório que cada vez mais, a sensação de impunidade é tão latente que para dar um calaboca, chamam dois juízes, um prende e outro revoga.