CRIATIVIDADE MÓRBIDA
Por Jorge André Irion jobim | 07/06/2009 | AmbientalEu sempre li que a Grande Depressão, também chamada por vezes de Crise de 1929, iniciada nos Estados Unidos da América e que persistiu ao longo da década de 1930, só terminou definitivamente com o início da Segunda Guerra Mundial em 1939. Com o advento dessa guerra que se prolongou até 1945, o pior e o mais longo período de recessão econômica do século XX teve o seu fim decretado. Era a indústria da morte movimentando a roda da economia, terminando com qualquer remanescente da crise que havia abalado o mundo nos dez anos anteriores. Teria sido um acaso?
Pois bem. Onde eu estou querendo chegar? É que hoje estamos vivendo uma crise que alguns economistas afirmam ter a mesma dimensão daquela gerada com a Grande Depressão. Eis que no seu auge, oportuna e convenientemente, surge de repente uma Pandemia que logo é trazida à tona pela mídia internacional, obtendo o sucesso de audiência que costumam ter as notícias que nos causam terror. Iniciada no México, a Gripe Suína logo se alastrou para o mundo e, após o anúncio de algumas mortes, as autoridades mundiais se movimentaram, tomando iniciativas drásticas com o fito de conter a epidemia.
Tudo bem, é o mínimo que se espera dos órgãos governamentais diante de um fato grave como esse. È que em meio a tudo isso, descobrimos que, se existe uma crise mundial, para um determinado e famoso laboratório multinacional, ela passará ao largo. Sim, porque ele comercializa 90% do remédio indicado para o tratamento da doença a que estamos nos referindo e cuja patente foi adquirida em 1996 pela Gilead Sciences Inc. empresa que vendeu este ano a patente aos laboratórios Roche e cujo presidente era o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld (apelidado por alguns como o Senhor das Guerras), que até hoje continua um dos principais acionistas da empresa.
O mais interessante é que, pesquisando sobre o tal medicamento denominado Tamiflu, descobrimos que ele apenas alivia alguns sintomas, tendo a sua eficácia perante a gripe questionada por grande parte da comunidade científica. Afirmam alguns que este fármaco não cura nem a gripe comum e mais, que o vírus em questão não afeta o homem em condições normais.
Será que estou sendo vítima de mais uma teoria da conspiração? Pelo sim, pelo não, devemos ficar atentos, pois a criatividade, às vezes mórbida, de alguns setores da economia, é a melhor forma encontrada por eles para fugirem das crises, ainda que às custas do medo da população.