CRENÇA

Por JOSÉ NELSON MULLER | 27/12/2012 | Crônicas

CRENÇA

Vejo na citação de Mahatma Gandhi, quando diz que, “ACREDITAR EM ALGO E NÃO O VIVER É DESONESTO”. Se você acredita em mitologias e não as vive, então você esta sendo desonesto, pois TODO MUNDO PODE TER A OPINIÃO QUE QUISER, TODO MUNDO PODE EXPRESSAR A OPINIÃO QUE QUISER isto, partindo do pressuposto que  simplesmente emitiu sua opinião. Se você prega, que acredita em uma divindade de amor, de sabedoria, de tolerância e você não ama, não busca a razão na sabedoria e pior não TOLERA QUEM NÃO COMPARTILHA COM SEUS PENSAMENTOS, então você esta sendo DESONESTO.

Muitas vezes eu penso, por que as pessoas acreditam em coisas sem nexo? Fico estarrecido com a capacidade crédula de acreditar nas coisas mais estapafúrdias que tem por aí religiões, correntes, superstições, mandingas, boatos diversos, shows de mágica, promessas de políticos entre tantas mentiras. Afinal, por causa de que as pessoas acreditam nessas sandices todas?

Vejamos uma mensagem supersticiosa na sua caixa de mensagem, ou então a mais nova, FIM DO MUNDO DIA 21/12/2012. Aquele lixo eletrônico em sua caixa, você pensa “vou repassar por via das dúvidas”. Via das dúvidas? Não, meu caro. Você repassou porque se defecou de medo da mensagem. E o fim do mundo, quantos foram nos templos subornar DEUS com dízimos para em troca conseguirem um lugar no céu.

Desde sempre as pessoas tiveram a necessidade de acreditar em algo.

Tudo bem que as pessoas sempre tiveram muitas dúvidas a respeito de tudo. Mas, uma crença não nasce do nada. Ela normalmente é passada de pessoa a pessoa, pois "A vontade de alcançar a verdade e a certeza nasce da crença que a incerteza produz." (Nietzsche). Quando não encontramos uma explicação cientifica (ou não queremos), depositamos em favor de uma divindade. Logo, a crença veio na tentativa de dar uma explicação a um fato ou de uma necessidade, onde a pessoa estando acamada aceita qualquer coisa que lhe dêem, tais como figas, galhos de arruda, imagem de santo, ferraduras, pastores orando, etc. Claro que essa pessoa vai ao médico e faz um tratamento com remédios, porem acredita que quem fez o MILAGRE, foi a crendice e passa então a acreditar em algo que não tem prova concreta, porem, tudo abstrato. Vem daí a capacidade da mente de esperar que os acontecimentos se dêem de uma maneira; tal expectativa é a crença. “Todas as nossas idéias derivam de uma ou de outra fonte. Parece-me que o entendimento não tem o menor vislumbre de quaisquer idéias se não as receber de uma das duas fontes. Os objetos externos suprem a mente com as idéias das qualidades sensíveis, que são todas as diferentes percepções produzidas em nós”. (HUME).

O meu direito de acreditar ou não em uma crença, me da essa idéia de que NÃO VIVO DESONESTO, buscando ilusões improváveis a priori.

Prof. Nelson