Cosmos Irakitan
Por Paulo Milhomens | 30/05/2009 | CrônicasÍndios Tremembé, Tapuia, Apinayé... Ianomâmi, deixam seus mundos impregnados de outros mundos. A caixa de “maribondos” abriu-se e a noite se libertou. Os vaga-lumes são as estrelas. No alto Monte Pacaraima (Roraima) descança insólito numa montanha o indivisível Makunaima, senhor milenar dos povos daquela região. São os quatro, cinco cantos do país. Nos brasis não se repousa a mão do vento! Se corre contra o tempo... Disse certo Oswald: o Brasil é uma república cheia de árvores e gente dizendo adeus... Para onde foram todas as mães Tupinambás presentes em mim? Fui ao xamã, mas não disseram. Hoje haverá dança para celebrar o fogo. Os espíritos maus se foram, vieram os “caraíbas”... Gulosos pela índia tapanhumas que pariu uma criança feia de preguiça e liberdade... Exatamente dissera Andrade. Ontem éramos canibais, hoje somos antropófagos. Imalaia, imeneu, inca, maia e pigmeu... Minha tribo me perdeu... Este homem não sou eu: foi o Chico que disse. Só queria lembrar dos olhos de contemplação. Não, não toque
Povos lindos, todos habitam, agora, suas florestas no alto céu... Povos, todos, habitam em mim!