CORRA DEVAGAR, AMOR
Por sander dantas cavalcante | 15/10/2009 | CrônicasCorra devagar, amor
Não apresse os seus passos
Sem apertar bem os cadarços
Pois você pode cair
E não adianta sorrir
Sorriso amarelo é triste
Vê se não insiste
Em correr tanto assim
Vá devagar ao pote
Não deixe o pote virar
A água do pote é doce
Mas o pote pode quebrar
Mate devagar a sede
A água não vai acabar
E mesmo que a água acabe
Mais água vem pro lugar
Corra devagar, amor
E me faça um favor
Pise leve na ladeira
Nunca saia da cadeira
Sem querer se levantar
Não precisa brigar
Também não pode fugir
Sempre que for sair
Se olhe bem no espelho
Um lindo batom vermelho
Vai apenas realçar
Os seus lábios que são belos
Seus cabelos amarelos
Não precisa amarrar
Deixe-os soltos ao vento
Vá curtir esse momento
Você é livre pra voar
Voe nas nuvens, amor
Sem tirar os pés do chão
Voe mais alto que a serra
Mas com os pés sempre na terra
Pois você pode cair
Mesmo assim
Se a turbulência lhe trair
E seu voo despencar
Alce voo novamente
Olhar firme, para frente
Você não pode parar
Mas lembre-se, amor
Só você pode dosar
O pedaço da razão
Que se prende ao coração
Na hora de amar