Controle da Qualidade da Água do Córrego Suiazinho
Por Jakeline Modesta Almeida Fachin | 18/11/2008 | ArteINTRODUÇÃO
A água é utilizada em todo o mundo para diversas finalidades, como o abastecimento de cidades e usos domésticos, a geração de energia, a irrigação.
A água da chuva é quase pura ao atingir o solo e o seu grande poder de dissolver e carregar substancias altera suas propriedades. A qualidade da água dos córregos e rios depende muito do caminho que ela segue. De modo geral, córregos e rios abastecidos com água subterranea são limpos, enquanto córregos e rios abastecidos com águas que escorre pela superfície do solo são sujos, e as vezes contaminados.
O córrego Suizinho no município de Ribeirão cascalheira esta localizado na bacia hidrográfica do rio Xingu e apresenta grande importância para a população deste município.
Com o objetivo de analisar a qualidade da água desse córrego e detectar as substancias que são carregadas pela água da chuva e que alteram suas propriedades utilizamos o ECOKIT que é um kit educativo composto por frascos, reagentes e outros materiais necessários para realização de análises físico-químicas dos parâmetros da qualidade das águas.
O ECOKIT traz a oportunidade para novas discussões sobre a questão da água potável, da necessidade do seu controle e da preservação das áreas de mananciais, fundamentais ao mundo em que vivemos.
Objetivo Geral:
Analisar a qualidade da água do córrego Suiazinho, identificando substancias que podem ser carregadas por ela e que podem alterar suas propriedades.
Objetivos específicos:
- Medir a temperatura da água
- Identificar a presença de cloreto e fosfato presentes na água, que estão presentes em água de esgoto;
- Analisar a dureza total da água, ou seja, a presença de cálcio e magnésio;
- Analisar a quantidade de oxigênio dissolvido na água;
- Identificar a presença de amônia, que, indica a possibilidade de contaminação recente microbiológica ou química;
- Analisar a presença de ferro;
- Analisar o PH (índice de concentração de hidrogênio) da água, que é usado para determinar se uma água é acida, básica ou neutra.
- Analisar a turbidez (transparência) da água, usada para descrever a presença de partículas insolúveis, como argila, areia fina, material mineral, resíduos orgânicos, entre outros;
- Identificar a presença de cloriforme fecal, total e salmonela.
- Entrevistar os moradores próximos do córrego.
Método
As coletas das amostras da água para análise foram realizadas mensalmente durante o período de um ano (12 meses) durante novembro de 2007 a outubro de 2008, no 4º dia de cada mês as 10:30 horas, coletados e analisados pela professora e alunos da 2ª fase do 3º vespertino da Escola Estadual Coronel O. R. Lima. Os resultados e demais dados foram disponibilizados em fichas de acompanhamento de coleta.
A entrevista com os moradores foi realizada com o objetivo de conhecer a utilidade da água do córrego para os moradores.
Resultados
Responsável/Escola: Jakeline M. A. Fachin /Escola Estadual |
Bacia Hidrográfica: Xingú |
Cidade/UF: Ribeirão Cascalheria/Mato Grosso |
Lat/Long: |
Fones: |
Descrição do local de coleta, referencias, impactos observados, etc. |
MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA.
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OD. |
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N. |
Data |
Hora |
Turbidez |
OD1 |
OD2 |
DBO |
Amônia |
pH |
Fosfato |
Ferro |
Cloreto |
Temp. |
dureza |
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(NTU) |
Mg/l |
Mg/l |
OD1-OD2 |
Mg/l-N |
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Mg/l |
Mg/l |
Mg/l |
ºC |
Mg/l |
|
01
|
04/11/07 |
10:30 |
80cm |
50 |
7,0 |
6,0 |
1,0 |
0,25 |
5,5 |
0,0 |
0,50 |
10 |
24 |
0,0 |
02
|
04/12/07 |
10:30 |
83cm |
50 |
6,0 |
5,0 |
1,0 |
0,00 |
5,0 |
0,0 |
0,25 |
10 |
25 |
0,0 |
03
|
04/01/08 |
10:30 |
98cm |
50 |
6,0 |
5,0 |
1,0 |
0,10 |
5,5 |
0,0 |
0,50 |
10 |
25 |
0,0 |
04
|
04/02/08 |
10:30 |
96cm |
50 |
6,0 |
5,0 |
1,0 |
0,10 |
5,5 |
0,0 |
0,50 |
10 |
25 |
0,0 |
05
|
04/03/08 |
10:30 |
99cm |
50 |
6,0 |
5,0 |
1,0 |
0,00 |
5,5 |
0,0 |
0,50 |
10 |
24 |
0,0 |
06
|
04/04/08 |
10:30 |
97cm |
50 |
7,0 |
6,0 |
1,0 |
0,00 |
5,0 |
0,0 |
0,25 |
10 |
24 |
0,0 |
07
|
04/05/08 |
10:30 |
01m |
50 |
7,0 |
6,0 |
1,0 |
0,10 |
5,0 |
0,0 |
0,25 |
10 |
23 |
0,0 |
08
|
04/06/08 |
10:30 |
01m |
50 |
6,0 |
5,0 |
1,0 |
0,10 |
5,5 |
0,0 |
0,25 |
10 |
23 |
0,0 |
09
|
04/07/08 |
10:30 |
01m |
50 |
6,0 |
5,0 |
1,0 |
0,10 |
5,5 |
0,0 |
0,25 |
10 |
24 |
0,0 |
10
|
04/08 |
10:30 |
01m |
50 |
7,0 |
6,0 |
1,0 |
0,10 |
5,0 |
0,0 |
0,25 |
10 |
24 |
0,0 |
11
|
04/09 |
10:30 |
01m |
50 |
7,0 |
6,0 |
1,0 |
0,10 |
5,0 |
0,0 |
0,25 |
10 |
24 |
0,0 |
12
|
04/10 |
10:30 |
01m |
50 |
7,0 |
6,0 |
1,0 |
0,10 |
5,0 |
0,0 |
0,25 |
10 |
24 |
0,0 |
OD1: Oxigênio dissolvido, 1ª. Análise: OD2: oxigênio dissolvido, 5 dias após(manter frasco de coleta no escuro e em temperatura ambiente).
DBO: diferença dos valores obtidos entre OD e OD2. Contato: skorupa@cnpma.embrapa.br (Ladislau) umpozzobom@yahoo.com.br (Ully).
Tel.: 19-3867-8759; 66-9642-5501.
Conclusão
Com base nos resultados obtidos neste trabalho, pode-se concluir que a integração da comunidade no monitoramento da qualidade da água foi positiva, gerando dados que representam a qualidade da água ao longo de um ano, além de gerar uma consciência ambiental nas pessoas envolvidas, despertando-as para importância da manutenção dos recursos hídricos a elas disponíveis.