CONTRIBUIÇÕES DAS DIVERSAS ÁREAS DO CONHECIMENTO PARA A FORMAÇÃO E ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

5 A INTERLOCULAÇÃO DA  ADMINISTRAÇÃO  COM   A  CONTABILIDADE: ÊNFASE EM GESTÃO EMPRESARIAL........................................................................ 13

1 INTRODUÇÃO

Este trabalho consiste na fase inicial de um estudo maior que é a questão da interdisciplinaridade. Foi desenvolvido por alunos do 2º período de Contabilidade e abarcou as seguintes matérias: Contabilidade Básica, Direito do Trabalho e Previdenciário, Estatística, Macroeconomia, Filosofia e Administração Geral. A partir dos objetivos estabelecidos elegeram-se técnicas para pesquisa e coleta de informações, como também método empregado no desenvolvimento do trabalho. 

Com base nos dados coletados, nas abordagens dos professores, nos estudos desenvolvidos em sala de aula, e nas teorias de estudiosos buscou-se fundamentar sobre os seguintes assuntos. 

Na disciplina de Contabilidade Básica será enfatizada a importância para o profissional contábil de se manter atualizado, não somente no que diz respeito à sua área de atuação, mais em todos as áreas do conhecimento que se ligam a contabilidade, diretamente e indiretamente.

 Na disciplina de Estatística a abordagem será sobre a importância do estudo das amostragens, tidas como ferramenta crucial para se chegar a soluções de problemas do cotidiano. Através da coleta de dados feita em entrevistas realizadas, chegamos a conclusões a cerca de questões do cotidiano empresarial.

Na disciplina do Direito do Trabalho e Previdenciário, destacaremos, resumidamente, como se torna fundamental para o contador dominar normas presentes na Constituição e na CLT. Para isso, usamos como argumentos situações relacionadas as rotinas de pessoal, tributações obrigatórias, folha de pagamento dentre outros.

Quanto a matéria de Administração Geral, focaremos na relação que se faz entre contabilidade e administração. O objetivo é de se mostrar a importância dessa união para a Gestão Empresarial.

Em Macroeconomia, procuramos mostrar como se percebe a relação entre as informações contábeis produzidas no âmbito empresarial e os agregados macroeconômicos.

Por fim, em Filosofia, distinguimos a diferença existente entre conhecimento e informação, mostrando também a necessidade do método para a produção do conhecimento contábil. 

Todas estas questões serão devidamente ponderadas ao longo deste estudo, levantando dúvidas sobre como esta interdisciplinaridade agrega valor à Contabilidade. 

2 CONTABILIDADE

            É importante a pratica da interdisciplinaridade das varias áreas de conhecimento com a contabilidade, para que sejam conciliadas as rotinas desempenhadas por um contador no exercício da sua profissão com conhecimentos adquiridos durante a graduação de um futuro contador, para que este seja um ser pensante e crítico, capaz de relacionar a prática contábil com outros ramos do conhecimento.

               Há áreas de conhecimento que serão decisivas, além da Contabilidade, em seu sucesso profissional: métodos quantitativos (Matemática e Estatística), disciplinas afins (Administração e Economia), Legislação (Direito) etc. (MARION, 2009, p. 23).

Nas várias áreas do conhecimento, temos a Contabilidade como um instrumento de análise, gerência e decisão, utilizando-se de suas demonstrações para o gerenciamento e planejamento estratégico, informando aos administradores, economistas e estatísticos a real situação econômico-financeira da empresa, de modo a auxiliar na tomada de decisões. Esses subsídios são imprescindíveis para que estes profissionais atuem com competência na execução das atividades operacionais.

Hoje em dia, estamos vendo com frequência a incansável luta das empresas para manter-se no cenário socioeconômico, temos um mercado altamente competitivo. Nesse sentido, as empresas deverão estar voltadas para o controle de seu patrimônio e principalmente de seus custos, dando uma atenção especial à contabilidade e as informações por ela fornecidas, pois, as decisões gerenciais são tomadas a partir de informações contábeis.

A Contabilidade está inserida em todas as áreas, pois, atua diretamente na Administração Contábil-Financeira da organização, é de responsabilidade dela calcular os tributos, respeitando sempre as leis e tendo como base o direito tributário, orientar na administração do pessoal (DP), lembrando que, as relações trabalhistas são abrangidas pela Consolidação das Leis do Trabalho “CLT”. (Informação verbal)³.

Sendo assim, a importância dos Direitos Tributário, Trabalhista e Previdenciário, para a contabilidade.

               Para analisar a forma com que é desempenhada a função de um contador, realizou-se uma entrevista com Oliveira¹, contador, dono de um escritório de contabilidade, que cuida da parte fiscal, tributaria e contábil de cerca de trinta empresas de médio porte e com dois outros contadores, Lima² e Carvalho³. 

               “As principais rotinas desempenhadas por contadores são, o calculo de impostos, elaboração de relatórios contábeis, declarações Federais, Estaduais e Municipais, folhas de pagamento, escriturações de livros fiscais e contabilidade em geral.” (Informação verbal)².

               Dentre as diversas rotinas praticadas por um contador, é necessário o conhecimento em todas as áreas envolvidas na contabilidade. “Não é possível ressaltar um conhecimento mais importante, por exemplo, o conhecimento nas áreas do direito é necessário para a pratica das rotinas trabalhistas, já para a tomada de decisões é necessário levantar informações da empresa e fornece-las aos administradores, a economia assim como a estatística é necessária para fazer mensurações no patrimônio.” (Informação verbal)¹

O objetivo da Contabilidade é fornecer aos usuários, um conjunto básico de informações que, presumivelmente, deveria atender igualmente bem a todos os tipos de usuários, independente de sua natureza.

Temos como usuários internos as “Diretorias, que atendem aos departamentos financeiro, comercial/administrativo, técnico e para a própria contabilidade.” (Informação verbal)¹,

Sendo assim, internamente, a contabilidade deve ser mantida para os sócios que querem acompanhar o desenvolvimento da organização, aos administradores para a tomada de decisões e a própria contabilidade para analisarem previsões.

Analisando os usuários externos, temos “Investidores, fornecedores, bancos, governo e clientes.” (Informação verbal)².

Por fim, externamente, investidores, estão interessados basicamente em obter lucro, por isso se utilizam dos relatórios contábeis, analisando se a empresa é rentável. Fornecedores querem saber se a empresa tem condições de pagar suas dividas. Bancos emprestam dinheiro desde que a empresa tenha condições de pagamento. O Governo quer saber o quanto de impostos recolher. E outros querem conhecer melhor a empresa.

___________________

¹  Entrevista realizada com o contador Eduardo Henrique de Oliveira, 01 outubro, 2012.

² Entrevista realizada com o contador Mauro Nascimento Lima, 02 outubro. 2012.

³ Entrevista realizada com o contador Renato Darc de Carvalho, em 02 outubro. 2012.

3 AS RELAÇÕES DO CONTADOR COM AS VÁRIAS ÁREAS DO DIREITO

O Contador ou profissional contábil, como os demais profissionais, devem e praticar seu trabalho combinando ética com competência. Além de uma formação ética, o contador devera conhecer o CFC (Conselho Federal de Contabilidade). Em tanto é necessário o contador ter conhecimento e domínio dos diversos ramos do Direito, estes são:

Direito tributário, que envolve à apuração e recolhimento dos tributos e impostos, municipais, estaduais e federais.

Direito do trabalho, aplicado em leis e normas jurídicas tratadas nas relações de trabalho.

Direito ambiental, normas a serem seguidas voltada para a preservação do ambiente.

3.1 Direito do trabalho e direito previdenciário

Para Nascimento (2004) Direito do Trabalho e Previdenciário é: “... O ramo da ciência do direito que tem por objeto de estudo as normas, as instituições jurídicas e os princípios que disciplinam as relações de trabalho. Determinam os seus sujeitos e as organizações destinadas à proteção desse trabalho em sua estrutura e atividade”.

Regulamento interno: Segundo Martins (2012, p. 199), o regulamento da empresa é um instrumento normativo construído pelo empregador com ou sem a participação de seus empregados, com o intuito de se manter uma ordem técnica ou disciplinar no âmbito empresarial.

O regulamento interno é facultativo para as empresas. No caso te possuírem regulamento interno, todo empregado contratado pela empresa deverá obrigatoriamente cumpri-lo, desde que ciente de sua existência (NASCIMENTO, 2004, p. 23).

Planejamento salarial: Para se realizar um bom planejamento salarial, além do salário, vários outros custos devem ser calculados ou estimados de modo que se conheça a real dimensão do custo da mão de obra.

Administrativamente, os gastos com pessoal podem ser classificados da seguinte forma:

1. Obrigações legais e contratuais, garantidas pela Constituição Federal, pela CLT e legislação trabalhista e previdenciária;
2. obrigações firmadas por meio de acordos, convenções ou dissídios coletivos;
3. liberalidades da empresa, pois, parcela significativa dos gastos com pessoal está compreendida entre as verbas e encargos sociais que transitam pela folha de pagamento de salários.

Folha de pagamento: Todas as empresas, independente de seu porte econômico deverão, por força de lei (art. 32, I, da Lei nº 8.212/1991), elaborar a folha de pagamento, sendo este documento obrigatório para efeito de fiscalização trabalhista e previdenciária.

Para sua elaboração não existe modelo oficial, podendo ser adotado o modelo que melhor atenda aos interesses de cada empresa.  (AMARAL, 2012)

Além das informações relacionadas aos empregados, a empresa também é obrigada a preparar folha de pagamento da remuneração paga ou creditada a todas as pessoas físicas que prestem serviços sem vínculo empregatício tais como trabalhador avulso, contribuinte individual (autônomo, empresário, etc.) relacionado por estabelecimento da empresa ou por obra de construção civil. (AMARAL, 2012).

Portanto, ao elaborar a folha de pagamento, o empregador deve destacar cada uma das verbas pagas aos seus empregados.

Rotinas trabalhistas: Para o bom desenvolvimento da empresa se faz necessário que exista um conhecimento sobre todo o processo das rotinas trabalhistas que são admissão, jornada de trabalho, férias, rescisão contratual.

3.2 Direito tributário

              O Planejamento Tributário é um procedimento legal ao qual qualquer contribuinte pode recorrer para apurar e conciliar a geração de tributos, com o propósito de diminuir o montante de dinheiro a ser pago ao Governo.

              Cabe ao contabilista, no exercício de suas funções, analisar as modalidades disponíveis de tributação federais, estaduais e municipais que melhor atendam à estrutura da empresa (porte, volume de negócios, situação econômica, entre outros), através de um planejamento apurado, com foco no conhecimento e competência nas áreas contábil e fiscal, para que haja menor dispêndio possível no pagamento de impostos para se obter e manter bons resultados.

              Todos pagam impostos, direta ou indiretamente a estrutura administrativa de um país é composto de forma a assegurar ao estado, seja ele federal, estadual ou municipal a arrecadação de impostos dos contribuintes. Os impostos que pagamos podem ser federais quando é destinado ao governo federal, estaduais quando é destinado ao governo estadual ou municipais quando e imposto for para o governo municipal.

              Mensalmente, a Contabilidade deve se ocupar em calcular os tributos incidentes

sobre o desempenho operacional da empresa. Ora pagando mais, ora menos, mas a contabilização deve sempre seguir o efetivo desempenho dos negócios da empresa.

Por fim, a carga tributária é alta no Brasil e o papel do profissional contábil é conscientizar os gestores e ter uma visão técnica sobre a importância do planejamento tributário, para o bem da empresa, pois representa maior capitalização do negócio, possibilidade de menores preços e ainda facilita a geração de novos empregos, através da possibilidade de novos investimentos que os recursos economizados trazem.

3.3 Direito ambiental

Atualmente, em qualquer organização pública ou privada, o Direito Ambiental significa a busca permanente pela melhoria da qualidade ambiental de serviços, produtos e ambientes de trabalho, num processo de aprimoramento que propicia o desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental globalizado e abrangente.

Somente com a consciência ambiental será possível que ocorra o desenvolvimento sem causar prejuízos irreparáveis ao meio ambiente.

4 A RELEVÂNCIA DO DOMÍNIO DOS FUNDAMENTOS ECONÔMICOS PARA

O EXERCÍCIO PROFISSIONAL DO CONTADOR

A economia é a ciência que estuda a alocação de recursos escassos, ou seja, que estuda como as sociedades dispõem dos recursos existentes, que são, evidentemente, limitados, para tornar disponíveis os bens e serviços necessários à satisfação das necessidades e desejos das pessoas. Se há escassez, se os recursos são finitos, então é preciso escolher. 

Assim os agentes econômicos envolvidos devem focar na geração desses bens e tomar suas decisões através das alternativas apresentadas para as seguintes questões:

“O que produzir?”

“Como e quando produzir?”

“Onde Produzir”

“Para quem produzir?”

Portanto à ciência econômica deve reunir um conjunto de informações, analisa-las e apresentar as alternativas para as questões mencionadas.

A Macroeconomia, segundo Garcia e Vasconcellos (2002, p. 83), “[...] estuda a economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento de grandes agregados, tais como: renda e produto nacionais, nível geral de preços, emprego e desemprego, estoque de moeda e taxas de juros, balança de pagamentos e taxa de câmbio”.

O foco da macroeconomia é preocupar-se com o efeito agregado dessas ações isoladas. Os seus estudos procuram examinar uma vasta quantidade de informações estatísticas em nível agregado de uma nação, para poder compreender padrões de comportamento e levantar hipóteses sobre prováveis tendências. Na sua base de informações mais importantes estão presentes nas contas nacionais, que registram o nível agregado de produção, renda, consumo, poupança, investimento, exportação, importação e gastos do governo.

A ECONOMIA NO COTIDIANO DE UM PROFISIONAL CONTABIL

A forma com que a economia afeta no dia a dia de um profissional contábil foi avaliada por dois contadores, Oliveira¹ e Eler², ambos destacaram a importância da economia não só em uma empresa, mas no dia a dia de qualquer pessoa, pois a partir de dados econômicos e estudos econômicos que se tomam decisões que afetam o País como um todo.

Destacaram que a economia é de grande relevância para contadores de grandes empresas, pois é a partir de taxas e índices fornecidos por indicadores econômicos, que são feitas mensurações no patrimônio da empresa, a partir dessas taxas é possível analisar futuros lucros e também prejuízos que a empresa sofrerá. (Informação verbal)¹

Ressaltam a grande importância dos índices de importação e exportação analisados a partir da economia para empresas que buscam recursos fora do País ou aquelas que fazem exportações. (Informação verbal)²

Ambos contadores têm conhecimentos sobre a taxa de juros de cambio e inflação, sobre carga tributária atual, e a influencia destas na sustentabilidade das organizações das quais são responsáveis.

Oliveira citou a importância da contabilidade para a economia, pois a partir de levantamentos como a variação do patrimônio de determinada empresa é possível avaliar o crescimento econômico da empresa e a diferença que o mesmo fara em um futuro próximo para ela, alguns levantamentos feitos por contadores também são de grande utilidade em analises feitas na macroeconomia e na microeconomia. (Informação verba)¹

_______________________

[1] Entrevista realizada com o bacharel em Ciências Contábeis Eduardo Henrique de Oliveira dono do escritório de contabilidade Concisa e Souza Reis Ltda. que cuida da parte, fiscal, tributaria, contábil de cerca de trinta empresas de médio porte localizado em Contagem (MG), em 05 outubro.

² Entrevista realizada com o bacharel em Ciências Contábeis responsável pelo setor de tesouraria da empresa Denso Maquinas Rotantes Ltda. localizada em Betim (MG), em 05 outubro.

5 A INTERLOCULAÇÃO DA  ADMINISTRAÇÃO  COM   A  CONTABILIDADE: ÊNFASE EM GESTÃO EMPRESARIAL

Nas organizações as decisões ocorrem a todo o momento, com diferentes tipos de complexidade e relevância. O processo decisório tem como objetivo promover a organização.

Um administrador deve estar preparado para interpretar as informações, a fim de tirar conclusões úteis para facilitar as tomadas de decisões.

A contabilidade é o canal que fornece o máximo de informações úteis para a tomada de decisões dentre e fora das organizações.

A Teoria Comportamental compreende a organização como um sistema de decisões, cada pessoa participa consciente, escolhendo e tomando decisões individuais. Na Teoria Comportamental todas as pessoas da organização tomam as decisões, e não somente o administrador.

De acordo com CHIAVENATO (2004), a organização decisória é um sistema que cada pessoa participa, escolhendo e decidindo entre alternativas apresentadas de acordo com sua personalidade, motivações e atitudes.

          A teoria das decisões é um processo de análise e escolha segundo CHIAVENATO (2004), entre as alternativas disponíveis de ação que a pessoa deverá seguir. Toda decisão envolve seis elementos:

1. O tomador de decisões, pessoa pela qual faz a escolha entre várias alternativas futuras de ação;
2. Os objetivos pelo qual o tomador de decisões pretende para alcançar com suas ações;
3. As preferências para o tomador de decisão fazer sua escolha;
4. A estratégia pela qual o tomador de decisão escolhe para atingir seus objetivos;
5. Os aspectos do ambiente ao redor do tomador decisão, alguns fora do seu controle ou compreensão e que afetam a escolha;
6. O resultado é a consequência resultante de uma dada estratégia.

            O processo decisório envolve sete etapas abaixo, e uma etapa influência as outras em todo o processo:

1.  Percepção que envolve algum problema;

2.  Análise e definição dos objetivos;

1. Definição dos objetivos;
2. Procura de alternativas de solução ou de cursos de ação;
3. Escolha da alternativa mais adequada ao alcance dos objetivos;
4. Avaliação e comparação das alternativas;
5. Implementação da alternativa escolhida.

PROCESSOS ADMINISTRATIVOS

Planejar é uma forma de estruturar e definir caminhos a serem seguidos pela organização. No planejamento estratégico analisa-se o ambiente interno da empresa e o ambiente externo (conjuntura econômica, ações governamentais, etc.), definem-se objetivos a alcançar e elabora-se o plano de estratégia, que mostrará uma visão clara e objetiva de onde a empresa está e para onde ela deseja ir.

      Em administração, a palavra organização pode ser usada em dois sentidos. Primeiro, para representar uma unidade social, que é a combinação de esforços individuais que tem por finalidade realizar propósitos coletivos, ou pra designar a função administrativa que constitui o ato de integrar recursos e órgãos. Nesta função o administrador deve listar o trabalho, dividir o trabalho em tarefas, ajustar tarefas por unidades organizacionais e criar mecanismos de integração.   A estrutura organizacional tem como objetivo determinar a relação de tarefas e agrupamento de cada individuo, constituindo as unidades organizacionais.

Para que as funções administrativas de planejar, controlar e organizar se efetuem é necessário que outra função lhes dê o suporte para sua realização. Assim surge o papel da direção como função que guia as atividades dos membros da organização nos rumos adequados para o alcance dos objetivos organizacionais e pessoais de seus membros (CHIAVENATO, 2004).

Função administrativa na qual a organização avalia suas realizações contidas no planejamento com o objetivo de mensurar, monitorar e acompanhar o sucesso ou fracasso de suas atividades.

Citado por CHIAVENATO (2004), a Administração é um processo relativo no qual não existem princípios universais validos para todas as situações. A administração nunca é igual em todas as organizações e pode assumir feições diferentes dependendo de condições internas e externas.

          A falta de informações que auxiliam no processo de gestão é um grande problema que ameaça a continuidade dos negócios de muitas empresas, impedindo que as mesmas alcancem seu sucesso.  As informações geradas pela contabilidade podem auxiliar os gestores a melhorar a qualidade das operações, reduzindo custos operacionais e aumentando as operações necessárias da entidade. Os dados contábeis são informações que devem ser tratados para que gerem informações útil de forma a alcançar o sucesso da entidade.

  Podemos dizer que o contador e o administrador, fazem parte de um trabalho em conjunto, onde, o trabalho do administrador depende do trabalho do contador, pois o contador gera todas as informações necessárias para o planejamento da empresa, visando à melhoria continua de seus resultados e negócios.

6 A IMPORTANCIA DO CONHECIMENTO FILOSÓFICO PARA A CONTABILIDADE

 Informação e Conhecimento

            A contabilidade é uma ciência que exige informação e o conhecimento. O conhecimento é a ação, uma crença verdadeira justificada, já a informação é um fluxo de mensagens, um meio necessário ou material para extrair e construir o conhecimento.

 Método filosófico e a contabilidade

            A ciência contábil que sempre acompanhou o homem no correto uso da riqueza dos empreendimentos, merece uma abordagem filosófica, que busca o valor do método de estudos e argumentações lógicas de sua estrutura cientifica teórica, que se formou no passar dos séculos e milênios.

A filosofia busca as razões, os critérios, os fundamentos de  uma ciência especifica;  como a contabilidade é uma ciência, ela poderá ser abordada filosoficamente, quando contextualizamos o inicio da contabilidade partindo do simples registro de fatos, com o objetivo de guardar memória sobre o acontecido. 

Portanto, a filosofia na contabilidade não é uma visão inerente e estranha, mas sim uma visão interpretativa da essência de nosso conhecimento, uma visão critica de suas argumentações, conceitos, teoremas, teorias e hipótese.  De acordo com Masi (Apud Sá - 1997) o objetivo da filosofia contábil seria:  “Analisar as perdas do conhecimento, repor posições inadequadas, esclarecer sobre pensamentos errôneos, submeter ao senso critico as várias doutrinas, oferecer a pesquisa sadia da ciência o mundo dos fenômenos, não aqueles dos instrumentos de que se utiliza, de reivindicar territórios próprios da contabilidade ocupados ou sacrificados por outras ciências...” 

A partir dessas analises que os pensadores desenvolveram os métodos, as doutrinas  da contabilidade que são: os contistas que expressavam o patrimônio na conta, os materialistas atribuíram à riqueza patrimonial o aspecto de estudos, os controlistas pregavam o controle patrimonial, os reditualistas estudavam o lucro do patrimônio, os aziendalistas abordavam sobre a célula social que envolve o patrimônio, todos abordavam o patrimônio em uma forma inconsciente, mas atribuíram à contabilidade, outros objetos que não fossem os seus, conscientemente.

Conclui-se então que a filosofia foi muito importante no desenvolvimento da contabilidade e seus métodos, pois esta incentivou no desenvolvimento, explicando a lógica da doutrina contábil a fim de alcançar o seu fim, o de estudar o fenômeno patrimonial a fim de verificar e promover sua eficácia.

7 CONCLUSÃO

No estudo feito neste trabalho sobre vários temas é notável a relação entre várias disciplinas com a Contabilidade, observado também no desenvolvimento do trabalho como é a contribuição dessas matérias na formação e atuação do profissional contábil.

Na disciplina de Direito estudou-se três ramos do direito, o Direito Trabalho e Previdenciário, o Direito Tributário e o Direito ambiental.

Em Direito do Trabalho e Previdenciário, estudou-se sobre alguns procedimentos feitos pelo contador dentro de sua empresa, como planejamento salarial, elaboração da folha de pagamento e as rotinas trabalhistas nas empresas.

O direito tributário em que estudou-se o planejamento tributário e sobre todos os tributos federais, estaduais e municipais além das rotinas fiscais que devem ser seguidas pelo contador.

No Direito Ambiental identificou-se a responsabilidade das empresas diante da defesa e preservação do meio ambiente.

Observou-se a interlocução da Administração com a Contabilidade como um instrumento de análise, gerência e decisão. Utiliza-se de suas demonstrações para o gerenciamento e planejamento estratégico, para informar aos administradores a situação econômico - financeira da empresa, de modo a auxiliar na tomada de decisões. Esses subsídios são imprescindíveis para que o administrador atue com competência na execução da atividade operacional.

As Ciências Econômicas têm por objeto de estudo analisar os problemas econômicos e formular soluções para resolvê-los, de forma a melhorar nossa qualidade de vida. Dessa forma foram feitas entrevistas com contadores que constaram a importância da economia para o cotidiano de um contador e para qualquer pessoa, observou-se também a importância das questões macroeconômicas na rotina de uma empresa.

Na filosofia constata-se as diferenças existentes entre a informação e conhecimento e que ciência contábil sempre acompanhou o homem no correto uso da riqueza dos empreendimentos. E a interlocução da filosofia com a contabilidade.

Durante as pesquisas feitas na matéria de estatística, com o levantamento de questões sobre as rotinas de um contador dentro da empresa, observou-se a importância deste na mesma e que todas as decisões que ocorrem dentro do ambiente de trabalho, passa direta ou indiretamente pelo contador.

Enfim, neste trabalho analisou-se as relações de todas as disciplinas cursadas com a contabilidade é notável que seja de grande contribuição este trabalho para a formação de um profissional contábil e tais relações foram de grande valia para o esclarecimento de dúvidas sobre a profissão e a vivência na contabilidade.

REFERÊNCIAS

AMARAL, Líria Silvia ZoegaTognoli. Folha de pagamento. Disponível em: <http://www.ncnet.com.br/contabil/artigos/folhadepgto.html> Acesso em 15 out. 2012.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: Meio Ambiente. Disponível em: <http://www.silex.com.br/leis/constituicaofederal.htm>. Acesso em: 15 out. 2012.

BRASIL. Decreto – L           EI nº 5.452, de 1 de maio de 1943. Institui o Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho. Diário Oficial da União, Brasília, 1 maio 1943. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm> Acesso em: 15 out. 2012.

CHIAVENATO, Idalberto. Teoria geral da administração. 6. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. p 05 - 50.

DALCUL, Ane Lise; GLUER , Laura et al. Gestão transdisciplinar: a gestão como competência profissional, Acesso em: 20 mar.2012.

GARCIA, Manuel Enriquez; VASCONCELLOS, Marco Antônio Sandoval de. Fundamentos  de economia. São Paulo: Saraiva, 2002.

GOMES, Elizeu Domingues. Rotinas Trabalhistas e Previdenciárias. São Paulo: Líder, 2012. p. 37-129.

IUDÍCIBUS, Sérgio de e MARTINS, Eliseu. Contabilidade: uma visão crítica e o caminho para o futuro. São Paulo: CRCSP, 1990. p. 7.

MAGALHÂES, Hamilton. O que é Direito Ambiental. Disponível em:<http://www.direitoambiental.adv.br/ambiental.qps/Ref/PAIA-6S9TNQ> Acesso em 16 out. 2012.

MARION, José Carlos. Contabilidade. In: MARION, José Carlos. Contabilidade básica. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2009. Cap. 1, p. 23-29-46.

MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Tabalho. São Paulo: Atlas, 2012. p. 33 – 200.

NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: Atlas, 2004. p. 23.

NASI, Antônio Carlos, Globalização da Economia e as Novas Tendências da Profissão Contábil no Século XXI. Trabalho apresentado no Seminário Regional Interamericano de Contabilidade, 1998.

SÁ, Antônio Lopes de. Teoria da Contabilidade. 3 . ed. São Paulo: Atlas, 2002.

SANTOS, Manoel da Silva. A grande Caminhada, o homem, a contabilidade e o computador – da pré-história à historia contemporânea. Revista Mineira de Contabilidade, Belo Horizonte, MG, nº 04, 3. Trim. CRC-MG, 2001. 

TAFNER, José; SILVA, Antônio César da; WEIDUSCHAT, Iris. Normas para apresentação de trabalhos acadêmicos. 3. ed. Indaial: ASSELVI, 2004.

VASCONCELOS, Marco Antonio Sandoval de. Fundamentos da economia. São Paulo: Saraiva; 2002.