Conteúdo é Moeda Valiosa Na Web
Por Géssica Hellmann | 05/06/2008 | TecnologiaNo Brasil existem muito sites de notícias despreparados para a WEB 2.0.
Pois a maioria desses serviços não permite ou dificultam o diálogo,
utilizando a antiga tática do monólogo: empurrando várias notícias
garganta a baixo de seus leitores. Disponibilizam “formulários para
contato com limitações de caracteres”, e-mails para contato em páginas
escondidas. Isso é o cúmulo! O que deixa claro que esses serviços de
notícias não querem e não estão nem um pouco interessados em conhecer a
opinião de seus leitores.
Bons profissionais de jornalismo deveriam se manter informados sobre o que acontece no mundo, em mídias como o Jornal The Times, New York Times,
Yahoo News, Google News entre outros. E digo ainda mais, os empresários
das mídias brasileiras deveriam além de se manter informados, procurar
conhecer a estratégia adotada pelos grandes jornais mundiais para
conquistar e tornar fiéis seus leitores: Manter e promover o diálogo!
O
The Times além de disponibilizar todos os seus contatos de e-mail,
permitem que seus leitores interajam com a notícia publicada:
Os empresários por trás dos maiores jornais
mundiais sabem a importância de promover o diálogo, conhecer as idéias
e opiniões de seus clientes.
Limitar
“conteúdo livre” (acessado só para assinantes do jornal) como faz o
Estado de São Paulo é dar um tiro no próprio pé. Conteúdo é uma das
moedas mais valiosas da web: Se você não oferece o seu concorrente o
faz em seu lugar!
Se você possuí e promove um conteúdo de qualidade, consistente, feito por bons profissionais é
do seu interesse que ele tenha a maior visibilidade possível. Seus
leitores estão cansados de pessoas que sobem em "palanques e fazem
monólogos intermináveis". Com o advento da web, da criação crescente de
blogs, um fato é notável: as pessoas também querem ser ouvidas e participar desse diálogo.
O
diálogo em mídia social tem objetivo de conquistar amigos (clientes
fiéis) e influenciar pessoas, trocar idéias, experiências, independente
de sua nacionalidade, religião. A Web não tem fronteiras.
Essa é
a estratégia dos mais populares jornais americanos e europeus. O que os
sites de notícias e de conteúdo brasileiros estão esperando para adotar
essa estratégia? Ou talvez a pergunta deveria ser: porque será que eles
"temem" o diálogo?
Publicado originalmente em: Mídia Social