CONSCIÊNCIA E PECADO
Por Bárbara Araújo Elias | 23/09/2011 | BíbliaDisciplina-Teologia Moral
Assunto- Consciência e Pecado
Data-13-09-2011
2.1-Consciência - é liberdade junto à estrutura ética do comportamento e dos conceitos bíblicos, sendo que a consciência se situa entre a opção fundamental e as decisões concretas, tanto que se pode observar no AT e no NT uma valorização da consciência diante das escolhas. Mas ainda assim esta pode estar sujeita a influências às vezes determinantes como fatores genéticos, biológicos, familiares educacionais, sócio políticos e econômicos que podem comprometer o juízo perfeito, como também pode ser vítima de manipulações e direcionamentos sofridos por intermédio de outrem.
Em âmbito geral, consciência significa o pensar com, compreender com. Dentro da teoria moral, consciência é uma função que permite ao ser humano distinguir entre o que é bom e o que é mal.
A consciência, presente no íntimo da pessoa, é um juízo da razão, que, no momento oportuno, ordena ao homem que pratique o bem e evite o mal. Graças a ela, a pessoa humana percebe a qualidade moral dum ato a realizar ou já realizado, permitindo-lhe assumir a responsabilidade. Quando escuta consciência moral, o homem prudente pode ouvir a voz de Deus que lhe fala.
2.2 Consciência como "o centro mais secreto do homem, o santuário onde ele está sozinho com Deus e onde a Sua voz se faz ouvir"
Pela fidelidade à voz da consciência, os cristãos estão unidos aos demais homens no dever de buscar a verdade e por meio dela resolver problemas sociais que surgem na vida individual e social.Estas expressões centro secreto e santuário é onde a consciência inclui a percepção dos princípios da moralidade, sua aplicação às circunsctâncias em questão, o discernimento .
No fundo da própria consciência, o homem descobre uma lei que não se impôs a si mesmo, mas à qual deve obedecer; essa voz, que sempre o está a chamar ao amor do bem e fuga do mal, soa no momento oportuno, na intimidade do seu coração: faze isto, evita aquilo. O homem tem no coração uma lei escrita pelo próprio Deus; a sua dignidade está em obedecer-lhe, e por ela é que será julgado
É esta consciência que pode ajudar cada homem a orientar-se para o bem. Para isso, é necessário escutá-la. É preciso também iluminá-la, formá-la, através do hábito de praticar boas ações (virtudes), através da inspiração do Espírito Santo na oração
2.3-Os quatros momentos da consciência são :
-A percepção dos princípios da moralidade-A consciência como desejo e conhecimento do bem.
-O discernimento a respeito de uma questão particular-o segundo momento da consciência é aquele em que se " discerne o bem, numa dada situação"
-O Julgamento-É o momento em que é preciso efetuar o julgamento acerca do que fazer e do que evitar.
-Consciência enquanto avaliação-É o momento em que avaliamos como certo ou errado o que já foi feito.Elogia ou recrimina.
2.4-Pecado
A realidade do pecado é aquela que se opõe à realidade da graça. Todo pecado tem o seu paradigma no pecado original. A tentação de "ser como Deus", isto é, auto-suficiente, não dependendo de ninguém.
2.5-O Pecado mortal destrói o amor em nossos corações que, no Catecismo é chamada de graça santificadora. Afasta-nos de Deus, que é o nosso fim último, e, em conseqüência, afasta-nos da felicidade eterna. Que são cometidos quando "há matéria grave [...] e deliberado consentimento". Ao afastarem o Homem da caridade e da graça santificante, eles "conduz-nos à morte eterna do Inferno, se deles não nos arrependermos" sinceramente;
O pecado mortal é o pecado em que o objeto da ação é de matéria grave, cometido com pleno conhecimento dessa matéria e com plena liberdade, sem coação. O Catecismo da Igreja Católica, n. 1858, identifica a matéria grave pelos Dez Mandamentos
Pecados veniais, que são cometidos "sem pleno consentimento" ou "se trata de matéria leve". Eles, apesar de afetar o nosso caminho de santificação, merece apenas "penas purificatórias temporais", nomeadamente no Purgatório. Compromete e enfraquece a caridade em nossos corações.Tamém enfraquece as virtudes, mas não nos afasta do nosso Deus.
2.6-Pecado Social-O pecado de cada pessoa afeta, de alguma maneira, todas as outras e, nessa medida, o pecado é social.O pecado social se torna mais óbvio quando cometidos contra os direitos básicos das comunidades. Num nível mais elevado temos as estruturas sociais pecaminosas, que são instituições que oprimem as pessoas, violam sua dignidade humana, sufocam a liberdade e promovem as desigualdades.
2.7-Conversão-Embora seja de natureza pessoal e misteriosa, a conversão é , basicamente, a experiência de viver sem restrições uma relação de amor com Deus. Assim que esse amor for aceito, vemos a vida por uma luz diferente, temos uma nova visão e agimos de forma diferente.Não é produto do esforço humano e sim trabalho da graça divina, do amor de Deus com que o Espírito Santo nos inunda o coração.É pura dádiva de Deus.A conversão é a luta constante para nos tornar "mortos para o pecado e vivos para o Deus, em Cristo Jesus ".
2.8-Os sacramentos da Igreja são momentos especiais dessa conversão, pois é quando, como comunidade de fé, encontramos o poder de cura de Cristo.A graça do Espírito Santo, por intermédio do batismo, no sacramento da reconciliação buscamos a conversão e a reconciliação com Deus.Na Eucaristia a presença real de Deus.
2.9-Consciência e pecado-Pecado é tudo aquilo que fazemos contra a nossa consciência, desde que nossa consciência ainda seja sã. Uma consciência sã é aquela que ainda consegue de alguma forma olhar o mundo pela ótica do amor, portanto consciência e pecado estão interligados. Precisamos ser sensíveis ao Espírito de Deus que, habitando em nós, nos faz perceber a presença do erro e a consciência do pecado, devemos arrepender-nos dele e colocar-nos, com fé, nas mãos do Senhor.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bíblia Sagrada
Apostilas e livros de História Antiga
CIC (Catecismo da Igreja Católica)
www.paginaoriente.com
www.vivos.com.br
www.veritatis.com.br/apologética/imagens-santos