Conquistas e vitórias pela ótica da fé

Por Israel I Pacifico | 03/04/2015 | Religião

Conquistas e vitórias pela ótica da fé

A forma que se entende a palavra definirá entre sucesso e fracasso.


 Israel Izidoro Pacifico[1]

 Introdução

 O mundo atual tem experimentado uma convivência com trechos, relatos e versículos bíblicos que muitas vezes são tomados de forma isolada do texto e contexto bíblico, fazendo com que muitas pessoas assumam posturas erradas no que se diz respeito à questão da fé, principalmente no que se tange a uma melhor aproximação da vontade de Deus fundamentada nas revelações bíblica. 

 Este artigo visa trazer uma contribuição para que o leitor tenha um bom parâmetro reflexivo, a partir de uma narrativa do evangelho, aonde o Senhor Jesus traz a tona à necessidade do cuidado com o risco de se tomar a palavra de Deus a partir de um entendimento equivocado.

 Como se esta entendendo a palavra de Deus?

 16 E ninguém, acendendo uma candeia, a cobre com algum vaso, ou a põe debaixo da cama; mas põe-na no velador, para que os que entram vejam a luz.

17 Porque não há coisa oculta que não haja de manifestar-se, nem escondida que não haja de saber-se e vir à luz.

18 Vede, pois, como ouvis; porque a qualquer que tiver lhe será dado, e a qualquer que não tiver até o que parece ter lhe será tirado (Lucas 8.16 a 18).

 Ao se examinar este trecho bíblico, se é confrontado com três aspectos básicos que apontam na direção de comportamentos que ao serem observados produzira uma melhor aproximação do nosso pensamento, com a vontade de Deus, sendo que tal vontade e a chave para se ter a garantia de sua presença e manifestação as quais podem conduzir ao que crê de vitória em vitória (João 8.29).

 Aspecto da responsabilidade com a integridade humana

 Vivemos num mundo repleto de jogo de interesses, onde o orgulho, enganos e desamor estão entre outros males comportamentais que denigrem “o ser” como humano e criado a imagem e semelhança de Deus, o fazendo muitas vezes pior que muitas criaturas irracionais; sendo que tal fato nos reforça a entender responsabilidade daquele que se aproxima de Deus para pedir suas misericórdias; de se refletir esta misericórdia.

 Uma lâmpada não tem energia própria, sendo esta vinda de uma fonte, e em se tratando dos dias de Jesus, esta fonte de energia era o azeite, o qual nos dias atual pode-ser considerado como um símbolo da unção do Espírito Santo, que nos leva pela graça de Deus a sermos como luz, visto que pela sua obra de vitória em nós nos torna exemplo e testemunhas de sua bondade, sendo que diante disto não podemos nos ocultar aos outros, nem negar-nos a irradiar a luz de Deus que brilha em nós.

 Aspecto do que si é de fato

 A verdadeira identidade ou realidade dos fatos, mais cedo ou mais tarde sempre vem à tona. Fato este que se precisa ter em mente ao se deparar com a palavra de Deus, podendo-se com base neste raciocínio entender a que a afirmação de Jesus: “não a há coisa oculta que não haja de manifestar-se”, pode-se tratar de uma advertência, a não se querer esconder as verdadeiras intenções ou objetivos, camuflando-os com pretextos que às vezes envolvem até a palavra de Deus.

 Aspecto do sentido da palavra comunicada

 Em um tom de advertência Jesus diz: “Vede, pois, como ouvis”, alertando para o fato do risco de se tomar a palavra de Deus em sentidos equivocados, pois sendo o ser humano autônomo em seus pensamentos, e o pensamento um produtor de sentidos, fica a evidente o risco de se conceber um sentido que represente equívocos bem contrários ao que a palavra comunicada quis enunciar.

 O correspondente grego original do verbo “estais ouvindo ou ouvis” usado por Jesus é: akouo, um verbo que carrega o sentido de; “prestar atenção, entender e aprender um ensinamento”, apontando para o fato de que ao se ser comunicado a respeito da palavra de Deus, deve-se ter o extremo cuidado de estar entendendo o sentido correto no qual a palavra esta sendo comunicado.

 Neste ponto pode-se entender residir à diferença entre se ver cumprida as promessas da palavra de Deus aos que por ela se tornaram vitoriosos, e o não cumprimento da mesma pelo fato de se ter tomado uma compreensão equivocada, e, portanto ao invés de respostas, se teve frustração.

 Conclusão

 Pode-se entender que as questões bíblicas são cheias de mistérios, porem temos a promessa do Senhor Jesus de que o Espírito Santo nos guiaria em toda a verdade (João 16.13), sendo ainda tal promessa um diferencial entre aqueles que ao estarem em contato com as verdades bíblicas, o fazem com a ajuda do Espírito, e aqueles que só contam com seu entendimento tendo muitas vezes uma compreensão equivocada.

 Pode-se entender que a chave da vitória em questões de fé, reside em uma correta compreensão do que se houve a respeito da palavra de Deus.

 Referências bibliográficas

 Almeida, João Ferreira de. Bíblia Sagrada: São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1995.



[1] Pastor, Teólogo graduado pela UMESP São Bernardo do Campo e Pesquisador.