Conjecturas.
Por Edjar Dias de Vasconcelos | 08/11/2012 | LiteraturaConjecturas.
Lágrimas nos olhos.
Também no coração.
A inexpugnável imaginação.
Uma história descoberta.
Que fascinou a minha intuição.
Silenciou a minha alma.
Paralisou a minha razão.
Uma descoberta gloriosa.
Totalmente irracional.
Exatamente por esse preceito.
Cheio de lógica.
O velho Einstein perguntou.
Estava ou não previsto.
Para o universo existir.
Exatamente do nada.
É uma preposição absurda.
O nada infinitamente antecedeu o nada.
De maneira absoluta sem substancia ou forma.
Consecutivamente, sem retroceder, apenas como sinal.
E qual seria esse sinal a não ser a verdadeira anti-matéria.
Um milagre metafísico, inexaurível a predeterminação.
Nada mais, menos do que a ausência de qualquer tipo de átomo.
Exatamente dessa maneira surgiu o universo.
Einstein? Einstein? Porque perguntastes.
A mais irracional das respostas.
Sendo que apenas uma intuição sábia.
Pudesse entender o signo do desejo por derivação de uma metafísica empírica.
A resposta surgiu por puro pensamento, não epistemológico.
A mas sábia explicação destinada a uma não razão.
Naturalmente que o cosmo estava previsto para surgir.
Sem que Deus tivesse que existir.
Exatamente por esse motivo ele é completamente desnecessário.
Idiossincrático a sua natureza não descritível ao próprio fundamento.
O mundo existiria de qualquer forma.
Não foi preciso Deus para sua existência.
Seria exatamente da forma em que está sendo.
O mundo não é um mistério.
Muito menos a existência do homem.
O que está sendo, sempre fora.
Eternamente será, mesmo quando acabar.
Porque a origem da matéria tem uma lógica de retorno.
Bilhões e bilhões de vezes, isso aqui vai repetindo.
Como se fosse tudo exatamente normal.
Sem tempo histórico, porque o tempo não existe.
Nem mesmo a formulação da linguagem.
A fala existe como definição dos mundos ideológicos.
Quase tudo é ideologia, o mundo é magnífico.
Mas não tem sentido, não existe finalidade.
A imbecilidade reina na cabeça dos comuns.
Igual ao sol que escurece por trás das montanhas.
A única coisa que me encanta.
Com certo delírio peremptório.
Devo dizer a ciclicidade do nada.
A exaustão indelével das partículas.
Adoro a exuberância da genialidade.
O grandevo de cada molécula.
Isso aqui existe por existir.
Por que o sol brilha, mas não será eterno.
A impostoria imprecativa a cada destino.
Implexo a solidão imanente.
Imiscível ingênito à precariedade natural.
Edjar Dias de Vasconcelos.