CONHECIMENTOS DA SALA DE AULA E PRÁTICAS SOCIAIS.
Por MARIA VANDERLY SILVINO | 15/06/2015 | EducaçãoCONHECIMENTOS DA SALA DE AULA E PRÁTICAS SOCIAIS: UM CASAMENTO QUE DAR CERTO.
Maria Vanderly Silvino¹
Vanderly.pb@hotmail.com
A educação abrange toda pessoa humana, e ao manter se em contato com o semelhante, o indivíduo está em processo de aprendizagem, daí pode se dizer que prática educativa não é exclusividade da escola, pois na vida social o processo de aprendizagem pela e cultural e os costumes se dar através dos grupos , não atrelando ao formalismo dos programas e nem se faz somente na escola , mas de alguma forma toda pessoa humana esta socialmente envolvida na educação , é possível identificar dimensões em que realiza o processo educativo, de forma que ‘’ninguém escapa da educação ‘’( BRANDAO 1988 é p.07)
Para Brandão, a educação está em toda parte, pode haver redes e estruturas sociais de transferência de saber de uma geração a outra. A evolução da cultura humana levou o ser humano a transmitir conhecimento, criando situações sociais. Essas situações são necessárias quando percebemos que “a socialização é responsável pela transmissão do saber”.
Um homem para ser intelectual criador ,precisa não apenas do conhecimento acadêmico ,mas da capacidade de desenvolver sua própria visão do mundo em que ele é capaz politicamente pela classe ( GRANSCI 1996).
O Brasil faz parte educação formal compreenderia instâncias de formação, escolares ou não, onde há objetivos educativos explícitos e uma ação intencional institucionalizada, estruturada, sistemática. (LIBANEO, 2005, p.31).
A necessidade de garantir a construção, o acúmulo e a transmissão dos conhecimentos produzidos são características constitutivas da raça humana. Eis a fundamental importância do papel da Educação para a Humanidade, pois se deduz que a educação não formal é alternativa de modo sistematizado, entretanto não e parte de um sistema oficial que não obedece a normas e regras inflexíveis é transmitida assistemático conhecimento e sua efetivação e constante, ou seja, onde houver relações humanas o conhecimento é transmitido.
Concordando com Ausubel, (1980)
A aprendizagem significativa tem mais possibilidades de ocorrer quanto maior a diversidades de relação com os alunos possa estabelecer entre seus conhecimentos prévios e os novos conteúdos de ensino e aprendizagem. (AUSUBEL 1980.)
Segundo especialista “A educação, qualquer que seja o nível em que se de se fará mais verdadeiramente quanto mais estimule o desenvolvimento da necessidade radical dos seres humanos e da expressividade (FREIRE 1984
Os efeitos da crise econômica globalizada e a rapidez das mudanças na era da informação levaram a questão social para o primeiro plano, e com ela o processo da exclusão social, que já não se limita à categoria das camadas populares. (GOHN, 2001, p.09)
A educação brasileira sempre se viu a importantes temas, relacionado ao aprendizagem adquiridos através dos bancos escolares, o conhecimento cientifico sempre foi de fundamental importância, mas não se pode mais partir deste ponto sem pensar no cotidiano, no conhecimento adquirido nos espaços não escolares.
A escola tem o papel de preparar o indivíduo para assumir sua cidadania lutar por seus direitos e cumprir com seu deveres, porem vale salientar que pessoas e organizações como :MST Movimento dos Sem Terra, Sindicatos, CEBS Comunidade Eclesial de Base e outras Organizações não governamentais tem dando exemplos na prática, assumindo o protagonismo, a luta pelo direito cobrando seus direitos assumindo assim uma educação não bancaria aprendida na escola.
De fato, vem se acentuando o poder pedagógico de vários agentes educativos formais e não-formais. Ocorrem ações pedagógicas não apenas na família, na escola, mas também nos meios de comunicação, nos movimentos sociais e outros grupos humanos organizados, em instituições não-escolares. Há intervenção pedagógica na televisão, no rádio, nos jornais, nas revistas, nos quadrinhos, na produção de material informativo, tais como livros didáticos e paradidáticos, enciclopédias, guias de turismo, mapas, vídeos e, também, na criação e elaboração de jogos, brinquedos ambiente. (LIBÂNEO, 2005, p. 27). |
Desta forma conclui se que a educação extra sala de sala não pode ser desconsiderada, deixar de ver estes exemplos e explorar como conhecimento e práticas educativas é centralizar os saberes e impedir que o conhecimento teórico se case com a pratica.
Pois é de acordo com a teoria a prática educativa desenvolvida nos bancos escolares condize se nos namores da educação informal tendo como base teórica as ideias de Paulo freire, que por sua vez fundamenta a sua concepção educativa da tendência progressista libertadora.
Referencias
AUSUBEL, D. F. Psicologia Educacional, São Paulo Saraiva: 1980.
BRANDÃO, C. R. O que é educação. São Paulo: Abril Cultura; Brasiliense, 1985
FREIRE, Paulo A ação cultural para liberdade 7 0 ed Rio de Janeiro, Paz e terra 1984
GOHN, M. G. M. Movimentos Sociais e Redes de Mobilizações no Brasil
GRAMSCI, A. (1976) Quaderni del Carcere. Ed. Valentino Gerratana. Turim, Einaudi, 4 v.
Contemporâneo. 1. ed. Petrópolis: Vozes, 2010. v. 1. 192 p.
LIBÂNEO, J. C. Pedagogia e Pedagogos, para quê. São Paulo, Cortez, 2005.