CONFLITOS CONJUGAIS

Por PRISCILA MOURA VASCONCELOS | 17/09/2016 | Psicologia

CONFLITOS CONJUGAIS: RISCOS PARA O COMPORTAMENTO DA CRIANÇA

O presente artigo se justifica mediante a uma constante discussão entre os adultos sobre o envolvimento da criança na separação conjugal dos pais e quais as consequências que a separação pode trazer para os filhos. Partindo-se de um estudo bibliográfico e a campo, busca-se observar as consequências trazidas para as crianças pela separação conjugal dos pais e suas imaturidades diante de uma separação, onde a criança passa a ser envolvida no processo, sendo alvo do descontrole emocional do casal. E assim fazer uma comparação com as literaturas. 

No desenvolvimento da criança os pais têm uma função de espelho, na qual os filhos imitam sua fala, seus gestos e comportamentos e é por isso que é tão importante a presença dos pais no ambiente escolar para o desenvolvimento comportamental e educacional da criança. Mas, em muitos casos, a realidade é contraditória a esta recomendação. Há um desajuste conjugal, onde os pais se separam e os filhos, muitas vezes, passam por algum problema devido à falta de aceitação, mudança de casa, de rotina ou disputa de cuidados e carinhos por parte de algum dos membros do casal.

Diante de tantos problemas sobre o desenvolvimento humano que acometem as pessoas nos dias atuais, fica difícil classificar ou mesmo identificar as causas reais desses problemas. Como o casamento, nos dias atuais, também tem vida mais curta, é colocado em seu fracasso, o insucesso na educação e no desenvolvimento das crianças. 

Com as pesquisas bibliográficas realizadas é possível observar que a separação conjugal é dolorosa para a criança e que suas consequências são visíveis no comportamento dela, principalmente no contexto escolar, já que há um atraso diante dos conteúdos, uma agressividade e uma quebra de regras. Em alguns casos, ao se relacionar com os colegas, filhos de pais com união conjugal, sentem desfavorecidos diante da situação. Como não sabem lidar com a dor que nem mesmo eles sabem explicar, preferem burlar as regras sociais e de convivência.

Sendo assim, conclui-se que a separação conjugal deve ser cautelosamente pensada, embora seja um momento de crise de relacionamento entre os adultos, a criança faz parte da família e precisa compartilhar das alegrias e também ser respeitadas em sua dor para que assim ela seja amenizada e seus impactos diminuídos.

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