CONCEPÇÕES E TENDÊNCIAS QUE PERMEIAM AS PRÁTICAS DE ENSINAR

Por Jesualda da Silva Kropiwiec | 03/11/2017 | Educação

                  No Brasil essas tendências se desdobram em dois grupos: as de cunho liberal que são: pedagogia tradicional, pedagogia renovada e tecnicismo educacional; as de cunho progressista, pedagogia libertadora, pedagogia histórica crítica e pedagogia crítico-social dos conteúdos. Embora, entre elas existem outras correntes vinculadas, porém essas são as mais conhecidas.

                  Na pedagogia tradicional a atividade de ensinar é centrada no professor que exige receptividade do aluno, o meio de ensinar é através de exposições e demonstrações verbais das matérias ou por meio de modelos. Os conteúdos são valores sociais acumulados através dos tempos e repassados aos alunos como verdades absolutas. A aprendizagem é receptiva e mecânica, sem se considerar as características próprias de cada idade, o aluno é assim um recebedor da matéria e sua tarefa é decorá-la. O papel da escola é a preparação intelectual e moral dos alunos para assumir seu papel na sociedade.

                  A didática tradicional ainda prevalece em muitas escolas, é comum a tarefa de mera transmissão de conhecimentos feita pelo professor, sobrecarregando o aluno de conhecimentos sem que esse possa fazer um questionamento, apenas decora os conteúdos e faz exercícios de repetição. Está prática escolar empobrece as boas intenções da Pedagogia Tradicional, que prendendia com seus métodos a formação do raciocínio, o treino da mente, da vontade e a transmissão da cultura geral.

                  A Pedagogia renovada inclui várias correntes: a progressivista, que se baseia na teoria educacional de John Dewey, que defendia a democracia e a liberdade intelectual para os alunos, e o pensamento como instrumento para a maturação emocional e intelectual. Não diretiva, baseia-se em Carl Rogers (1902-1987), para ele o mais importante é a relação professor aluno e a busca dos conhecimentos pelos próprios alunos, não se preocupou em definir práticas. Acreditava ser impossível a transmissão do conhecimento diretamente de outra pessoa. Para ele os alunos só aprendem o que lhes interessa e a relação professor – aluno tem que ser de confiança e sem hierarquia. A ativista-espiritualista (de orientação católica), a culturalista ainda pouco conhecida, traz uma proposta em que o professor é auxiliador no desenvolvimento livre da criança. Nela a aprendizagem é baseada na motivação e na estimulação de problemas. Os conteúdos são estabelecidos através das experiências vividas pelos alunos e a escola deve se adequar às necessidades dos alunos ao meio social.A piagetiana, a montessoriana entre outras correntes.

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