COMPORTAMENTO HISTÓRICO DOS INDICADORES DE INFLAÇÃO COMPARATIVAMENTE ÀS TAXAS DE JUROS DE CURTO E LONGO PRAZO NO BRASIL
Por Antônio Robson do Nascimento | 21/11/2019 | AdmRESUMO
Este artigo trata de um estudo sobre os indicadores de inflação comparando com as taxas de juros do mercado interno brasileiro, tais indicadores são geridos por fundações ou instituições como IBGE ou FGV (Fundação Getúlio Vargas) que ficam responsável por calcular e divulgar, cada qual com suas particularidades. Estes indexadores que são IGP-M, IGP-DI, INPC e IPCA servem como norteamento para reajustes de preços relativos ao varejo, alugueis e até mesmo reajustes salariais, os indexadores paralelamente com as taxas de juros são organizados para que a inflação controle a economia, afim de não gerar demanda ou oferta excessiva consequentemente agravando uma crise econômica. O objetivo deste estudo saber como os indexadores comportam e como sua relação com as taxas de juros pode influenciar o mercado. Através de um estudo bibliográfico percebe-se que os aumentos de preços estão diretamente ligados aos indicadores e que os mesmos não tendem a ter certa relação com as taxas de juros, pois as taxas servem para que a inflação seja controlada. Palavras-chave: Indexadores de Inflação. Taxa de Juros. Economia Brasileira.
INTRODUÇÃO
Carmo (2017) define que inflação é o aumento geral dos preços sendo fenômeno de longo prazo e ocasionando a diminuição da capacidade de compra da moeda corrente gerada pela inflação monetária, inflação de demanda e inflação de custos. Para Assaf Neto e Lima (2011) afim controlar a inflação foi instaurado um sistema de meta que no caso regido pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) define um objetivo ser atingido pelo Banco Central utilizando o IPCA como a referência de metas e há também a taxa Selic conhecida como taxa básica de juros da economia brasileira sendo aplicada como piso de juros no país tanto para empréstimo e financiamentos e controla a inflação por meio de aumento ou queda da inflação, assim, favorecendo ou desestimulando o consumo, ressaltando que a inflação é baseada em índices gerais de preços, assim, a taxa de inflação e conhecida pelo percentual médio do aumento de um produto ou serviço.
No Brasil podemos observar a existência de vários índices de preços, cada qual com suas particularidades a fim de balizar o mercado, tendo os demais tipos de segmentos, produtos ou serviços como inferência, para Assaf Neto e Lima (2011) o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) pode ser usado como o indicador oficial das metas inflacionarias tendo em base o custo de vida e a renda mensal das famílias considerando o gasto com alimentação, saúde entre outros, e ainda o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) cujo objetivo é medir a disparidade dos preços no varejo e reajustes salariais, assim, o custo de vida populacional. O Portal Brasil (2017) ressalta que o IGP-M (Índices Geral de Preços do Mercado) taxa as variações no preço de bens e serviços finais sendo capaz de reajustar tarifas públicas ou alugueis e o IGP-DI mede o comportamento de preços em geral da economia, igualmente o IGP-M porem calculado de forma totalmente diferente. Salienta Assaf Neto (2011) a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) é fixada pelo CMN aplicada em linhas de financiamento geridas pelo BNDES, recursos do fundo de amparo do trabalhador (FAT) e determinada por fatores básicos, como taxa de juro real internacional, prêmio pelo risco do Brasil e meta de inflação dos doze meses seguintes ao mês de vigência da taxa, também reforça a respeito da taxa básica de juros (taxa SELIC) apresentando o menor risco no mercado financeiro e influenciando diversos indicadores. As taxas de juros são influenciadas pela inflação, pois estão ligados aos índices de preços e consequentemente estes indicadores que ditam à inflação variando a alta ou baixa dos juros, portanto, existe relação com significância estatística entre os indicadores de inflação no Brasil comparativamente as taxas de juros de curto e longo prazo no Brasil? Analisando os dados do Portal Brasil (2017) podemos aferir que no início do governo lula no ano de 2003 para os dias atuais percebemos oscilações dos indicadores de inflação, alternando entre altos e baixos durantes estes anos, mas algo que constatamos é que no período de 2002 para 2003 quando houve a transição do governo de Fernando Henrique Cardoso ao de Luiz Inácio Lula da Silva “Lula” os indicadores tais como IGP-M, IGP-DI, IPCA e INPC apresentaram uma queda percentual significativa em relação ao período anterior. Em relação a troca de governo no ano de 2009 para 2010 quando estava no fim do último mandato de Lula observamos um comportamento diferente por partes de alguns índices, no qual tiveram aumento de percentual relativo ao ano anterior. A taxa de juros é uma variável, por ter o objetivo de equilibrar a inflação que tem um comportamento oscilante, a ponto de obter altos e baixos no decorrer do período. A taxa de juros a longo prazo apresenta maior estabilidade observando que quando ocorre a alta dos juros consequentemente os índices abaixam, assim, até que nível a relação entre índices inflacionários e taxa de juros. Tendo como objetivo geral verificar e analisar, as mudanças e variações ocorridas na inflação mediante aos cenários criados pelo inconstante aumento geral dos preços sendo fenômeno de longo prazo, gerador de queda do poder de compra da moeda corrente, influenciados por três motivos relacionados a inflação monetária, de demanda e de custos. A partir do objetivo geral, vários objetivos específicos foram desenvolvidos gerando diversos subprojetos, o que possibilitou estudos mais aprofundados em torno dessa problemática, que vieram originar e subsidiar essa pesquisa sobre o comportamento de tais indicadores, relacionados a linha de pesquisa da Inflação com relação as taxas de Juros Curta e a Longo prazo, que tem sido controlado por um sistema de meta que no caso regido pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). Tais objetivos específicos são: • Analisar o comportamento dos indicadores de inflação a partir de ano de 2003. Baseando se nos principais como IPCA, INPC, IGP-M e IGP-DI. • Analisar o comportamento das taxas de juros Selic e TJLP, também a partir de 2003, afim de saber qual a correlação entre as mesmas e o que as afeta. • Identificar se existe um padrão de comportamento entre os índices de inflação com as taxas de juros, estudando os números de cada um e os comparando. • Analisar se há diferença com significância estatística entre o desempenho dos referidos índices, por meio de tabelas e gráficos. No Brasil tem sido nítido verificar a existência de vários índices de preços, cada qual com suas particularidades a fim de balizar o mercado, tendo os demais tipos de segmentos, produtos ou serviços como inferência, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) usado como o indicador oficial das metas inflacionarias tendo em base o custo de vida e a renda mensal das famílias considerando o gasto com alimentação, saúde entre outros. Conforme Paschoal (2002, pag.697) “a inflação se faz através de números índices, sendo que tais têm objetivos e níveis de abrangência setorial ou espacial diferente” No Brasil há diversos indicadores de inflação tais como IGP-DI, IGP-M, IPCA e INPC que são medidos e divulgados por órgãos responsáveis com o objetivo final de atingir o mercado. (ASSAF NETO, 2011). [...]