Competindo pelo futuro
Por Miguel Cristovao | 12/02/2009 | AdmA propósito dos tempos conturbados que vivemos, revisitei e reli, um livro de referência em Estratégia de Empresas e que, pelo sua actualidade, aqui faço um resumo. Falo do livro "Competing for the Future" de C.K.Prahalad e Gary Hamel que, no essencial, sugere uma competição pelo futuro em três estágios :
Estágio 1: competição pela liderança intelectual, pelo desenvolvimento de uma previsão do futuro do sector , pela elaboração de uma arquitectura estratégica e de uma intenção estratégica;
Estágio 2: competição pela definição dos caminhos de migração, desenvolvendo previamente competências-chave, explorando conceitos alternativos de produtos-chave e reconfigurando a ligação com o consumidor;
Estágio 3: competição pela posição e participação no mercado, criando uma rede mundial de fornecedores, elaborando uma estratégia apropriada de posicionamento.
De acordo com os autores, haverá também uma competição pela competência que ocorre em 4 níveis:
Nível 1: desenvolvimento e acesso a habilidades e tecnologias;
Nível 2: competição pela síntese de competências;
Nível 3: competição pela maximização do segmento do produto-chave da organização;
Nível 4: competição pela maximização do segmento da fatia do produto final (marca própria + OEM)
Para identificar as competências-chave, os autores definem uma agenda de aquisição de competências-chave através da Matriz competência-chave versus mercado:
Como ferramenta essencial à competição pelo futuro, os autores definem o conceito de Marketing Expedicionário como instrumento que corrige a direcção, que permite aprender mais rápido do que os concorrentes e mais barato.
No último estágio da competição pelo futuro, os autores propõe aos gestores o conceito de percepção global, que tal como o marketing tem 4 "p's" mas vai mais longe:
-percepção global;
-proximidade;
-predisposição;
-propagação.
Em conclusão, o livro de Prahalad e Hamel propõe:
-mais construção do que downsizing;
-mais crescimento orgânico do que acordos de negócios;
-mais redefinição do sector do que reengenharia;
-mais possibilidades a longo prazo do que viabilidade a curto prazo;
-mais alavancagem de recursos do que alocação.
Assim sendo, a questão para os autores é fazer a diferença:
-excedendo as maiores expectativas dos clientes;
-criando produtos e serviços inimaginados;
-abrindo caminho para a contribuição pessoal dos colaboradores;
-inventando um novo espaço competivo.
Tenta-se de seguida, neste breve contributo, reunir os conceitos expressos pelos autores num "modelo de síntese" :