COMPETÊNCIAS DO ENGENHEIRO DE COMPUTAÇÃO EM 2030
Por Robiudison de Siqueira Marques | 05/10/2017 | Engenharia“Não há nada como o sonho para criar o futuro.
Utopia hoje, carne e osso amanhã.”
(Victor Hugo – Pagnerre, 1862)
INTRODUÇÃO
Dentre todas as competências levantadas no trabalho realizado pelo Sr. Paulo Mói, superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), “INOVAÇÃO NA EDUCAÇÃO EM ENGENHARIA”, produzido para o “VII fórum de Gestores das Instituições de Engenharia – 2017”, destaco abaixo algumas que considero importantíssimas para o segmento de Engenharia de Computação, especialmente relacionadas às desmandas futuras, como por exemplo, em agendas como a da ONU, que estabelece 17 objetivos à serem alcançados pela humanidade até 2030, promovendo a mudança do mundo através de um “desenvolvimento sustentável”.
A pesquisa estabelece dois tipos de competências: Técnicas e Comportamentais.
COMPETÊNCIAS TÉCNICAS
► Capacidade de desenvolver e gerir projetos (Engenharia de sistemas, DFX);
► Capacidade de modelar e simular;
►Capacidade de desenvolver software básico e aplicativos em ambientes diversos;
► Habilidades de projeto necessárias para decomposição de problemas, projeto de interfaces e gerenciamento da complexidade;
Ilustração 1: "Clusters tecnológicos investigados (Projeto Empresas 2027)"
Ilustração 2: Refere-se à crescente velocidade relacionada ao devenvolvimento de novas tecnologias
COMPETÊNCIAS COMPORTAMENTAIS
► Criatividade;
► Facilidade de comunicação e expressão;
► Capacidade de trabalhar em equipe;
► Habilidades de liderança, negociação e empreendedorismo;
► Capacidade para “navegar a incerteza”;
“No mundo atual, não basta ser inteligente, esperto e preparado para competir. É preciso ter calma e empatia e persistir diante das frustrações para conseguir viver bem no amor, ser feliz com a família e vencer no mercado de trabalho.” (Daniel Goleman - autor do best-seller “Inteligência Emocional”)
“As empresas além de habilidades técnicas e performance acadêmica, querem graduados com habilidades interpessoais.” (Paul Wiseman - escreve sobre economia na Associated Press).
“...De acordo com Paul Wiseman, as empresas também querem licenciados com competências soft. As principais são:
- Trabalhar bem em equipe.
“Como um executivo uma vez disse a um consultor da McKinsey, “Nunca despedi um engenheiro por mau desempenho na engenharia, mas já despedi engenheiros por falta de trabalho em equipe." - Comunicação clara e eficiente.
“Isto requer uma forte empatia cognitiva, ou seja, uma capacidade para compreender como a outra pessoa pensa. Claro que uma boa capacidade para ouvir é também importante.” - Adaptar-se bem à mudança.
“Tal flexibilidade é sinónimo de uma boa autogestão, de boas interações com uma grande variedade de pessoas. Isto pode incluir clientes e colegas de trabalho de grupos ou culturas diferentes.” - Pensar com clareza e resolver problemas sob pressão.
“Uma combinação de autoconsciência, de foco e de recuperação rápida do stress traduz-se num cérebro em ótimo estado para qualquer competência cognitiva necessária. ”
OPINIÃO PESSOAL
Muitos dirão que não há maior incerteza que o futuro, porém, nunca um profissional de engenharia!
Profissionais que deveriam agradecer à mestres como Victor Hugo, que em sua grande obra “Les Miserábles”, escrita há mais de 150 anos, fez a afirmação utilizada na introdução deste artigo.
Entendo que esta genial afirmação pode facilmente ser associada a um profissional de engenharia. Podemos dizer que estes profissionais são aqueles que sonham transformar hoje, o amanhã! Creio eu que esta característica, a capacidade de “sonhar” vinda diretamente do “desejo de consertar o mundo”, seja uma das chaves para explicar o fato de que muitas das “utopias” dantes sonhadas, hoje sejam a mais pura realidade.
CONCLUSÃO
O FUTURO ESTÁ AI (Não, ele já está...)
Aqui!
Para a Engenharia de Computação o "futuro" é sempre "agora". Um setor que pensa e planeja anos à frente necessita compreender que a formação dos futuros engenheiros passa, efetivamente, pelo desenvolvimento das competências citadas acima, HOJE!.
Trabalhos como o do Sr. Paulo Mói, entre outros, mostram que há real necessidade em evoluir as diretrizes educacionais da área.
A agenda da ONU, entre outras, projeta uma mudança significativa para o cenário mundial, onde o profissional que atua nessa área terá um papel de destaque cada vez maior, cabendo a ele pensar, planejar e executar diversos projetos que convergirão diretamente com as agendas estabelecidas, a fim de superar os grandes desafios propostos.
Ilustração3: Agenda da ONU para 2030
“Ao gerir o imponderável o engenheiro
fabríca a realidade! ”
(Robiúdison de S Marques)
Aluno de Engenharia de Computação UNIVESP
1º Bimestre