Como Usar A Tag 'nofollow'
Por Alexis Kauffmann | 18/02/2008 | TecnologiaPubliquei recentemente um artigo no site Artigonal e tive a surpresa de encontrá-lo com os links externos marcados com a tag "nofollow".
Essa constatação irritou-me pois o e-mail promocional da Artigonal mencionava especificamente que "Publicar artigos no nosso site inclui seu perfil completo e link ao seu site, o que lhe dá... a vantagem de links externos para o seu site o que aumenta sua popularidade nos sites de busca".
Entrei em contato com a Artigonal,
que prontamente corrigiu o erro e explicou que a decisão, errônea no
meu caso, havia sido resultados de problemas com o Google após a
publicação de alguns artigos submetidos por autores que conteriam links
para sites "ruins".
Eu já gostaria de ter abordado essa questão
do nofollow há algum tempo, aproveitei a oportunidade para compilar na
resposta à Artigonal minhas principais constatações e pesquisas sobre o
assunto e reproduzir o e-mail nesta postagem.
Aproveito para agradecer a Ronit Rozen, que em nome da Artigonal resolveu a questão de forma rápida e eficiente. Segue o e-mail:
"Ronit,
A
providência necessária é apagar os artigos com links para sites
"furados" e, em caso de reincidência, banir o autor do sistema.
Acompanhei
toda a discussão sobre o "nofollow" desde o começo, no site oficial do
Google e os intermináveis bate-bocas no blog do Matt Cutts.
Essa
tag - Matt Cutts e o time do Google chamam-na de "tag", embora admitam
que não é - foi criada com o objetivo específico de evitar que certos
conteúdos fossem indexados pelos buscadores. O exemplo típico são
páginas para acesso exclusivo de usuários cadastrados.
Criou-se
um cavalo de batalha em torno do dessa "tag" porque Mr. Cutts resolveu
definir como "spam" os links patrocinados que "transmitem page-rank" do
site de origem para o site do patrocinador, e exigiu que os webmasters
informassem ao Google usando a tag "nofollow" nesses links.
Veio
a atualização de page-rank de outubro de 2007 e meio-mundo atribuiu as
quedas no "page-rank de barra de ferramentas" a supostas penalizações
por links patrocinados.
E aí, começou a paranóia. Todo mundo adicionando nofollow a todos os links, indiscriminadamente.
Acontece que os fatos disseram outra coisa:
1
- O Google não admitiu oficialmente que as mudanças de page-rank tenham
sido conseqüência da ausência de nofollow em links patrocinados. Aliás,
o Google não admite oficialmente coisa alguma que possa dar um pista
sobre seu precioso algoritmo. Isso foi inferência da imprensa
especializada diante da reação histérica da indústria de SEO;
2 - A revisão de Page-Rank de janeiro restituiu muitos dos valores anteriores à revisão de outubro;
3
- Todos os meus blogs e sites tiveram aumento de Page-Rank em ambas as
revisões, sem apresentar mudanças significativas nos links in e
outbound;
4 - Esse
aumento de page-rank não provocou crescimento de audiência fora dos
padrão que os sites já vinham apresentando. O caso mais peculiar foi o
do blog SEO Notícias e Artigos,
lançado em dezembro/2007, cujo page-rank saltou de n/a para 5 com menos
de um mês de vida! A média de visitas diárias a esse site, porém,
permanece estagnada em 4!
5
- Também não houve mudanças siginficativas nas posições de meus sites
nas páginas de resultados para as palavras-chaves que defino como alvos.
É, portanto, uma grande bobagem, um mito supersticioso sem fundamento, essa epidemia de "nofollow" que contamina a web.
O fato é que a web é uma teia indexada por robôs que rastejam através de sua estrutura de links.
Se
todo mundo começar a adicionar "nofollow" preventivamente a todos os
links externos de seus sites, por medo de "perder page-rank", em breve
não haverá o que indexar. A web voltaria a ser um grande diretório em
que a navegação só seria possível via Google AdSense.
Isso é bobagem, um tiro nos pés.
Ninguém deve adicionar um link para um site pornô ou de softwares piratas e vírus e esperar boas posições em sites de busca.
Fora esse caso, a "democratic nature of the web" exige que os webmasters adicionem links para conteúdos de que gostam e em que confiam.
E o Page-Rank, que não é tão estúpido quanto pensa a indústria do SEO, reflete exatamente isso.