COMO PROTEGER NOSSOS FILHOS DO USO INAPROPRIADO DA INTERNET?

        Queridos pais

        Queremos convidá-los mais uma vez, a conhecer alguns pontos importantes sobre a interação dos nossos filhos com a tecnologia. Eles muitas vezes conhecem mais do que nós sobre esses assuntos e isso nos deixa cada vez mais preocupados com os seus hábitos digitais.

        Sabemos que a internet pode ser maravilhosa para as crianças e os adolescentes, com a facilidade de usá-la para pesquisas, participação de jogos interativos, produção de relatórios escolares, comunicação com professores e outros alunos da turma. Mas não podemos fechar os olhos para as inúmeras notícias alarmantes sobre crimes que acontecem no mundo virtual que causam perigos a tantas crianças e jovens. Precisamos cada vez mais estar presentes nos ambientes que nossos filhos participam, compartilhar com eles esses espaços e assim estar cientes do que veem e ouvem em suas navegações, observar quem eles conhecem, com quem conversam e o que eles compartilham sobre si mesmos. Isso tudo é fundamental para protegê-los.

        Pensem comigo, vocês deixariam seus filhos saírem de férias acompanhados de outra família que não conhecem, sem antes verificar os seus antecedentes? Daria as chaves do seu carro sem antes ensiná-los a dirigir? Permitiriam que eles mexessem no fogão sem alcançar corretamente as panelas contendo alimentos e óleo ferventes?

        Com o mundo virtual não pode ser diferente! Devemos participar e incentivar nossos filhos a utilizar adequadamente os espaços que a internet proporciona, conhecendo as suas plataformas de jogos, participando de suas redes de mídias, ter acesso as suas contas e senhas, assumindo o compromisso de não espiar e sim verificar caso haja necessidade, lembrando que mais importante que proibir é orientar para o uso seguro e responsável.

        Estabelecer regras como: não postar ou trocar imagens e informações pessoais, como número de telefone, nome da escola ou local, não marcar encontros com pessoas que tenham conhecido no mundo virtual, não adicionar pessoas que não façam parte da sua convivência, como por exemplo, amigos de amigos, jamais responder a e-mails ameaçadores, enfim, orientá-los a utilizar essa ferramenta de forma segura e consciente para ampliar seus conhecimentos.

        Com carinho e atenção abriremos um canal de comunicação sincera com nossos filhos, esse é o caminho para que eles não se sintam pressionados. Nos diálogos devemos mostrar a eles como essa ferramenta é incrível, mas que existem inúmeros casos que demonstram problemas ocasionados por pessoas de má índole que se aproveitam para utilizar imagens e informações pessoais dos internautas, que incentivam a pornografia infantil e adulta, além de publicarem vídeos nocivos que influenciam erroneamente no comportamento de nossas crianças e jovens.

        Quanto mais participamos da vida de nossos filhos, mais intensificamos nossos laços de confiança, e mais consciência eles terão para conhecer e explorar esse mundo virtual.

        É incrível como a maioria das crianças e adolescentes sabem o perigo de falar com um estranho no mundo físico, mas perdem totalmente a noção no mundo digital. Muitas vezes eles aceitam os convites de pessoas que nem conhecem, simplesmente para não serem indelicados. Em sua imaginação ingênua todas as pessoas que navegam pela internet são boas.

        As influências, tanto positivas quanto negativas, crescem consideravelmente nesses espaços. É importante cuidarmos das impressões que nossos filhos têm sobre o que veem. Se permitirmos que eles entrem em salas de bate papos, devemos nos certificar que são amigos reais.

        Talvez a parte mais difícil em supervisionar o uso da Internet ocorra depois que estabelecermos as regras, pois teremos que nos dedicar a isso, principalmente quando nos sentimos sobrecarregados depois de um dia cheio de atividades. É como perseguir um trem-bala! Isso mesmo, a internet é um trem-bala que avança mais e mais. Por isso devemos estar cientes sobre quais plataformas nossos filhos estão usando, e conversar com frequência sobre segurança e de que forma eles utilizam esses espaços.

        Sabemos que quanto mais as crianças crescem, fica mais complicado monitorar o tempo gasto online. Quando chega a adolescência, querem um pouco mais de privacidade, isso é normal, neste caso mais do que nunca devemos ter um papel ativo em suas atividades na internet. Desta forma garantiremos que eles sejam beneficiados sem estarem expostos aos perigos potenciais.

        Lembre-se que podemos proteger nossos filhos sem pressão, apenas com interação!

 

Com muito carinho,

Equipe LIM

www.lim.net.br