Como pensar no letramento e alfabetização na Educação Infantil? Quais atividades são prioridade para o pleno desenvolvimento da crianças?
Por Neide Rossi Luciana Rossi Nascimento | 04/12/2018 | EducaçãoNeide Rossi
Betriz Lindomar de OLiveira
Luciana Rossi Nascimento.
Segundo o filosofo e educador austríaco do início do século XX Rudolf Steiner, as crianças até os 7 anos tem que brincar e pronto! Essa é o compromisso da escola. O sentimento da autoconfiança estimuladas durante as atividades físicas e motoras são exercícios da linguagem corporal. Essas capacidades são complementadas pelo desenvolvimento neurológico e sensorial que vão garantir o controle corporal, a linguagem oral e a ampliação da inteligência. Para Steiner, a educação da primeira infância focada no brincar conquista mais resultados futuros do que começar a ler o próprio nome.
Bem como Vigostski, na mesma época, formou-se nessa linha. O aprendizado da escrita é progressivo e deve ter início na primeira infância através do fazer simbólico das atividades referentes a essa faixa etária. Para o psicólogo, as atividades metódicas de leitura e escrita atrapalham a maturidade porque forçam etapas do desenvolvimento. De outra forma, a brincadeiras garante asseguram os pilares para a construção relevante da linguagem.
Portanto gradual, lúdica e significativa parecem a solução para pensar os conteúdos que colaboram com o amadurecimento neuropsíquico da criança, que a movera ao domínio do sistema de símbolos da leitura e escrita na alfabetização.
E a escolarização antecipada leva o professor a destinar tempo e esforço em conteúdo que não são próprios à primeira infância.
Podemos aguçar o interesse dos pequenos e estimular a percepção sobre a língua escrita apresentando situações reais e cheias de significados. E assim trabalhamos o letramento. As aprendizagem comunicativas que acontecem nas atividades sociais do dia a dia são áreas de pesquisa e interesse dos pequenos. Dessa maneira, a leitura e a escrita não formais tem significado e fazem parte da vida deles.
Na pratica como é isso? Uma sugestão é a utilização de cartazes, pois são significativos quando produzidos com conteúdo da vivencia em imagens e textos, fixos na sala e utilizados durante a rotina. Por exemplo ao iniciar uma atividade de cozinha, fazer bolo, podemos planejar uma conversa com as crianças e registrar com ilustrações e texto, os ingredientes, suas quantidades e modo de preparo? O que acha de depois da receita feita adicionar as fotos da crianças durante o preparo e a degustação do bolo pronto?
Outra sugestão a ser feita pode ser o cartaz da chamada, diariamente, por meio de fotos das crianças ou desenhos feitos por elas, essas representações são utilizadas pelos pequenos que comprovam seu comparecimento no dia colocando o símbolo no cartaz. Os símbolos são consecutivamente acompanhados do nome escrito em letra bastão. Inúmeras podem ser as ideias a serem utilizadas em sala : calendários, registros de histórias infantis, experiências cientificas ilustradas entre outras. Mas você deve star se perguntando para que escrever nos cartaz se os pequenos não leem?
Sim os pequenos leem, mas não do mesmo modo que os alfabetizados! Por que compreendem que existem símbolos naquela produção que retratam pensamentos e informações. As imagens escolhidas contam, com o reconhecimento rápido as crianças que naquela altura já conhecem as histórias e suas ilustrações. A combinação dessas imagens com o texto asseguram a memória do que foi construído com significado. A assimilação do “desenho” das “letras” sinaliza e desperta para uma jornada gradativa e lúdica ao caminho do letramento e, finalmente, à alfabetização.