Como funciona a gravidade?
Por Barão de Joe Suyennes | 06/07/2010 | ArteO motivo de estarmos presos sobre a Terra, a Lua orbitá-la e os planetas girarem em torno do Sol é um só: Gravidade. A gravidade é uma força que existe entre dois corpos com massa quaisquer, mas é evidenciada mais facilmente em corpos com grandes massas como estrelas e planetas.
A gravidade, espacialmente, pode ser compreendida como uma deformação da ?malha? do espaço tempo. Imagine o espaço como uma cama elástica. Sobre essa cama é colocada uma bola de boliche. O quê acontece? A bola deforma a malha. Agora coloque uma bola de gude em uma das extremidades. O quê ocorre? A bolinha rola na direção da bola de boliche. Esse é basicamente o conceito de gravidade e o motivo pelo qual estamos girando em torno do Sol nesse exato momento. Esse conceito formulado por Einstein conhecido como relatividade geral foi comprovado em uma expedição ao Brasil no início do século XX durante um eclipse total do Sol. A teoria foi comprovada da seguinte forma:
Em condições normais não podemos visualizar as estrelas durante o dia. Porém durante um eclipse do Sol por alguns momentos elas se tornam visíveis. Segundo cálculos podemos prever a posição de uma estrela com precisão, isso durante a noite quando estamos numa parte do planeta apontada para o cosmos, sem que o Sol (um corpo de grande massa que causa distorção no espaço tempo) esteja na frente. Porém, num eclipse total poderíamos verificar a posição de uma estrela durante o dia. Segundo a previsão da equipe de Einstein a estrela deveria estar em uma posição "X":
Porém esses cálculos somente seriam válidos para uma situação sem o Sol na frente. Com esse fator a mais, se Einstein estivesse correto, a luz que provinha da estrela sofreria uma alteração pelo campo gravitacional do Sol, dando a idéia de que estava em outra posição, e isso é o que ocorre, confirmando as teorias de Einstein.
A força da gravidade pode ser medida segundo a equação:
Onde:
F = força gravitacional entre dois objectos
m1 = massa do primeiro objeto
m2 = massa do segundo objeto
r = distância entre os centros de massa dos objetos
G = constante universal da gravitação de Newton
O conceito de relatividade restrita afirma que todo o movimento (seja pelo espaço ou pelo tempo) é dado com relação a um referencial. Nesse exato momento nós estamos parados ou não? A resposta é simples. Isso é relativo. Em relação a um referencial também dito ?parado? dentro do planeta, eu estou parado. Mas se adotarmos o Sol como o referencial? Nesse caso eu estou me movendo. Segundo essa teoria nenhum lugar no universo é totalmente estático, logo não há um lugar no qual possamos nos basear para analisar outros locais em movimento.
O primeiro postulado da teoria baseado na afirmação anterior é: "As leis da física são verdadeiras para todos os referenciais". Em outras palavras, se fizermos um carro colidir com outro, vamos descobrir que a energia foi conservada na colisão, independente de estarmos em um dos carros ou parados na calçada. A conservação da energia é uma lei da física e por isso deve ser igual em todos os referenciais.
O segundo postulado diz: "a velocidade da luz é medida como uma constante em todos os referenciais". Ou seja, se estivermos em um foguete ou andando na rua a velocidade da luz será a mesma nos dois casos, pois a distância que estaríamos usando seria usada de forma diferente pela luz. Isso é explicado por outro conceito que diz que todo objeto com massa em movimento, tende a encolher seu comprimento na direção do próprio movimento. Claro que em velocidades como a que estamos acostumados isso não é nem de longe perceptível, mas conforme nos aproximássemos da velocidade da luz nosso comprimento encolheria (pra um observador externo) até que ao alcançarmos a velocidade máxima teríamos nosso tamanho reduzido a zero no sentido do movimento. Para um observador dentro do carro esse efeito não seria perceptível, pois tudo estaria encolhendo junto com ele. Isso explica o segundo postulado, pois devemos perceber que a luz viajando em sua velocidade possui uma percepção de comprimentos muito diferente das nossas.
Os efeitos da velocidade da luz não acabam por aqui. Se estendem pelo tempo, que se torna mais lento com o movimento. Esse efeito da dilatação temporal só seria perceptível para um observador externo, já que para um observador interno de uma nave na velocidade da luz, os efeitos do tempo afetariam os relógios a bordo. Para comprovar essa idéia, dois relógios precisos foram ajustados igualmente. Um permaneceu no solo enquanto o outro foi a bordo de um avião com altas velocidades. O relógio a bordo registrou um tempo ligeiramente menor, com o atraso condizente ao previsto nas equações de Einstein.
Por fim, mas não menos importante veio a famosa equação, talvez a mais conhecida no mundo:
E= m c²
Onde:
E = energia
m = massa
c = a velocidade da luz no vácuo
Podemos compreender a equação da seguinte maneira: Um aumento da massa representa um aumento na energia e vice-versa.
Por "c" ser um número extremamente grande (ainda mais elevado ao quadrado), podemos entender a natureza das bombas atômicas. Pelo processo de fissão nuclear, temos a mínima massa de uma partícula elementar envolvida, mas a energia resultante é catastrófica. Esse fato é explicado por essa equação.